quinta-feira, 30 de julho de 2009

MINHAS ASAS CORTADAS


Silenciosamente
Deixo a chuva lavar
O sangue de minhas asas cortadas
E doloridas,
Junto com minhas lágrimas...
Me surpreendo com a imobilidade
Em que me encontro
Dentro das obviedades que já fiz,
As inutilidades que já disse
Que se repetem com insistência.
Meus pulsos estão cortados,
Mas onde estão minhas veias?
Não me sinto vivo,
Estou apenas perdido entre
Meus medos,
Vagando sem ter onde chegar,
Esperando que a morte me leve
E eu possa descansar
Minhas pobres asas cortadas
Que já perderam as penas...

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