domingo, 29 de julho de 2018

22/07/2017

Por que será que paro de escrever? 
Preguiça? Acomodação? Por achar que não tenho nada a dizer? 
Tenho tantas vozes sussurrando precisando ser ouvidas! 
Que dizem coisas importantes... Não posso negligenciá-las; 
confiar na minha mão e no que ela pode fazer por mim 
ao transcrever tudo isso.

- trecho do meu diário

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Lágrima

Eu seguro,
engulo
tudo tão maior que eu.
Ergo um muro
em que só eu pulo
para ver o que aconteceu.

Às vezes cai
e escorre
a prova do porre.
Outras, fica na beira
e entrega de outra maneira
sem saber para onde vai.

É puro,
casulo
que não aguentou e se rompeu.
Quer um futuro
que eu calculo
mais fácil que o de Odisseu.

Mas não pisca,
respira
por baixo da ira...
Por mais que uma fraqueza
tenha beleza,
não deixa morderem a isca.

27/07/2018

quarta-feira, 25 de julho de 2018

25/07/2018

(...)

Quase parece com os poemas que não escrevi na hora e acabei esquecendo os versos; ou com ideias como a que tenho agora, que chegam, mas teimam em não poder serem expressas no papel. Tomara que a minha vida e este poema cheguem em apenas uma questão de tempo.

Não posso me culpar ainda por me alimentar dos meus sonhos, quando é neles que tudo faz mais sentido e existe a certo nível, mesmo que não possa ser tocado. Sem eles, com certeza eu realmente não seria nada.

- trecho do meu diário

terça-feira, 24 de julho de 2018

Epitaph

Once I rise
and conquer the world that is my mind
and either they hear me from my pages
or I rest forgotten throughout the ages,
those smart enough shall find
here and there, a few names
that freed me from the games
and the worst sort of demise.

24/07/2018

segunda-feira, 9 de julho de 2018

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Dos amores

Talvez a falta de amor por si mesmo tenha mesmo a ver com a dificuldade em não entender que o amor dos outros não é algo que se tem por meritocracia. Não só o amor verdadeiro deve ser dado de graça, sem esperar retorno, como ele não existe por escolha... É construído com o tempo e com tudo o que isso traz ele evolui, mas acima de tudo continua sendo simplesmente o que é.

E por conta disso, por mais que seja algo que queiramos, acontece, mesmo que inconscientemente, uma espécie de dificuldade de aceitar que sim, somos amados de verdade, e por tudo aquilo que somos. A sensação de que aquilo é gostoso demais para estar realmente acontecendo. Que só pode ser um sonho. Será que é isso que faz essa sensação, esse sentimento, esse momento ainda mais bonito?

Talvez isso valha também para quando estamos no processo de conhecer as outras facetas das pessoas. Aceitando que elas são também vulneráveis, humanas, que podem melhorar se tentarem, que como o amor são como são, e apreciá-las não APESAR dos aspectos ruins, mas COM eles. Por mais que o processo nunca seja fácil, muitas vezes podemos achar o outro muito mais fácil de amar do que nós próprios.

Mesmo que muitas vezes eles acabem servindo como espelhos das nossas falhas; que possamos ver nossas partes obscuras nos olhos deles. Então talvez seja por isso que precisamos viver em comunidade, afinal. Para aprender uns com os outros. O interessante é exatamente o fato de sermos todos cinza por dentro.

Será que aceitar o amor dos outros é parte do caminho para amar a si mesmo e então retribuir o que se recebe ainda melhor? Será que temos medo de ser amados por medo de que seja sempre tudo mentira? Será que por não conseguir me amar eu não estou amando os outros de forma verdadeira?

06/07/2018

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Do que se faz pela felicidade

Talvez a felicidade seja mesmo sagrada... E o seja por ser tão única para cada um, e parecer a um só tempo algo que só pode ser idealizado e algo que está perto o suficiente para ser tocado; possivelmente até óbvio para os olhos e nem sabíamos disso. E, será que quem atinge o que considera como felicidade segue querendo mais, ou vive quietinho sem buscar mais nada?

Será que este é um dos casos em que o que conta mais é a busca do que o resultado? Mas e como vive quem não o consegue – mesmo que seja personificado em algo considerado pequeno? Valeu viver apesar de tudo isso?

Cada vez mais acho que o que me mantém viva seja a minha vontade de ter como pessoa mais do que tenho hoje. Porque eu mereço, simplesmente, e se eu posso ser melhor, por que não ser? Pelos outros, e principalmente por mim. Seja a vontade de fazer algo no qual possa me reconhecer; olhar para mim mesma e saber que sou tudo o que posso ser. E para isso preciso trabalhar duro de muitas maneiras, eu sei...

Sei quando dou tudo de mim no que faço; sei quando poderia ter feito mais, mesmo não tendo acontecido. Em especial quando a “hora da verdade” chegar para mim e eu ter que dar minha cara a tapa me virando sozinha porque não haverá outra opção, quero poder encontrar o equilíbrio. Fazer o que precisa ser feito com o melhor de mim, mas sem me cobrar demais. Apesar de e com tudo o que me falta, confiar em mim mesma... E também não ter medo de pedir ajuda de vez em quando.

Talvez a felicidade para mim seja olhar para o que quer que eu conquiste e me sentir preenchida. Não só porque o mundo exigiu aquilo de mim de um modo ou outro, mas porque foi algo que eu desejei. Se não vem de mim, não tem a mesma graça. E por mais que me doa, não posso ficar pensando no que perdi. Não vai me ajudar em nada! Seja o tempo, seja alguém, seja uma sensação. Só o que me resta é o que ainda pode e merece vir; com a ajuda da vida e também do meu trabalho.

Talvez o tanto que eu queira, precise e mereça na verdade tenha a proporção de muito pouco, mas pareça grande aos meus olhos pelo seu significado. E são coisas que tanta gente também quer...

Talvez tudo isso, que não deixará de ser um bolo enorme de coisas diferentes que (tomara) só aumentará, seja a fagulha que ilumina tudo e dá o sentido. E esse pequeno grande bolo aumentará porque ainda sou curiosa; sem curiosidade não se vai atrás de nada novo, mesmo que seja daquilo que mais se deseja e que se conhece tão bem. Mesmo que seja por um método novo de se chegar onde queremos.

Que bom que ainda me resta isso.

Talvez felicidade seja tudo o que me deixa confortável, e também desconfortável num bom sentido. Seja tudo o que me permite ser tudo o que sei que sou e que talvez ainda nem saiba que seja. Tudo o que me faz vulnerável e ao mesmo tempo forte, que me faz mais humana e não apenas um pedaço de carne que ocupa espaço e tem a sensação de que incomoda os outros, de que algum pedaço de si está faltando.

05/07/2018

terça-feira, 3 de julho de 2018

Cruzadas

Se ele te achasse
na luz mais negra
ou no sol dos dias,
tu saberias?

Se ele te chamasse
e inventasse uma nova regra
em que não há tanto segredo
tu terias medo?

Se ele te desse o passe
não fosse duro como pedra,
esquecesse as manias,
tu virias?

Se ele queimasse,
abandonasse tudo o que nega
quanto tocasse o teu,
qual seria o meu troféu?

03/07/2018

Resting assured

Do tell, please do, that I can count on you, that I am doing well. Tell me, when the mind feels tough, that I shouldn't be sorry for I a...