sexta-feira, 31 de julho de 2020

Escriturado

Teu contrato
sem papel
assinado a unha,
suspiro e mel
me é tão barato
talvez por ser mero consumado,
lua e sol do meio em testemunha
de até antes desse querer
eu já ser tua
e bendita seja a água
debaixo da tua língua
e daquele
pelo que me fere
a fazer
e dizer
que, espero, acaba em dobro prazer.

19/07/2020

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Ouroboros

Primeiro, volta-se para o novo
que na verdade é velho,
ainda com peças faltando,
parafusos fora do lugar...
E o desespero de manter o mínimo
ainda ao alcance da mão.

Dentro do começo,
um final que se vira do avesso,
cheio de promessas
e de uma voz conhecida
mesmo com prazeres que acabam tão rápido...
Talvez pelas páginas viradas.

Falta de descanso perturba uns
e ninguém parece ouvir o aviso da sereia,
porque de repente se veem sem ar,
trancados aos gritos,
experimentando uma solidão
que para alguns é quase amante
em saturações baixas e específicas.

No começo parece fácil porque nada mudou -
as poucas razões se esfarelam diante de grandes medos,
mas ainda restam as canções
e orações vindas de outras mãos
que lembram de para onde não se deve olhar
e mostram um lar
que não sabia que poderia ser meu...

Até que, com o tempo,
se esquece do tempo,
ou talvez se percebe
que só o viu de relance
mas ainda pode sentir
comprovado nos nomes que se pergunta,
num verão que não foi vivido
e num inverno que abraça apertado
fazendo feridas.

Olha-se no rosto da verdade
em cada poça de lágrimas,
em cada lembrança de sol,
nas conversas retomadas,
nas que não se tem
e em cada ânsia que não se faz negar
valendo-se delas
e de dias de verso escolhido
em boca amada
para lembrar-se que está vivo.

A vida e a morte
resumidas em cores,
retorcidas em egoísmos e distâncias
e motivos (antes e talvez ainda)
desconhecidos
para os silêncios da dor
e dos galos que cantam para a lua,
mas, quem sabe, em linhas espelhadas,
cartas e na borra de mel do café.

18/07/2020

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Essencial

Na casa
nem um pouco rasa
em que o futuro pisa
em cama,
mesa
e banho
como o ditado proclama
as três partes da baliza
da certeza,
não querendo que soe tacanho,
são a brancura,
a lonjura
e do sutil a leitura
e, por mais que pareça louco
e que a vida esteja jogada às traças,
não importa a quem eu dê graças
por ter disso, agora,
mesmo com a demora,
pelo menos um pouco.

17/07/2020

terça-feira, 28 de julho de 2020

Homilia

Tão fácil parir filhos
poéticos
olhando nos teus olhos...
Versos
que não são para lábios
de homem,
mas que nos teus, meu bem,
como outros
tantos,
se transcendem...

17/07/2020

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Metodismo

Perdoa
se soa
como alarme,
mas não dorme
comigo
a menos que queira,
entre uma e outra besteira,
poesia perto do ouvido.

17/07/2020

domingo, 26 de julho de 2020

Languidness

I may sound mad
as if there was only Friday,
but I can say that if I could
spend the rest of life in bed
feeding you honey,
sure I would.

16/07/2020

sábado, 25 de julho de 2020

Mise en place

I wonder if you are really aware
of how photography gets timeless
at the falling of your hair
in its elegant brown mess
or how your hands are poems
of death and life and love and folly
like an ode by Keats or a song of Cohen's
touching the dirty and making it holy
in front of my naive eye,
deep into my every bone,
cause of this sigh
that the night hears, us both alone.

14/07/2020

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Makeover

You know me well
enough to smell
when the screen
shows the usual scene
of how easy
to the point of cheesy
I am to read,
to get enamoured,
what is my creed;
and it only serves to reinforce
that you coming into my life's course
along with them
and him
are the marrow, the bones, the muscle,
the old and new hustle,
grace
and face
of my poetry
and if that isn't artistry,
then all else is a sin.

13/07/2020

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Esparrame

Corpo em si que não se contém
de ardil
e amor que não se mede em mil,
muito menos em cem...
Só cama larga recebe bem.

12/07/2020

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Resumo

Tudo pela tua boca... Tudo.
Eu bem sei que certas palavras
podem e merecem ser ditas,
bem como soam,
em pelo menos duas línguas
e que, com elas, se conquista o mundo.

12/07/2020

terça-feira, 21 de julho de 2020

Pose

Lábios
e garganta
que tivessem sempre a mesma voz
sensual, decidida e elegantemente atroz
que, carregada entre palma e dedos,
assim, contrafeita,
te ama, insiste e espanta
tanta gente.

12/07/2020

segunda-feira, 20 de julho de 2020

A queda e sua montanha

No esforço de não repetir outras falas
como leitura de borra,
o que tento
dizer que não temo
não é que eu morra
quando for meu tempo
e sim por dentro,
sem sustento,
das mesmas desgraças
de tantos outros poetas...

10/07/2020

domingo, 19 de julho de 2020

Neo-Renaissance

Da Vinci would die
for your hands
in his next masterpiece
just like you could kill me with these
and I
would gladly go.
How do I know?
Love, there are things only the heart understands.

10/07/2020

sábado, 18 de julho de 2020

Meia-luz

Gosto do escuro
pelo bem dos sentidos
de lábios em apuro
e dedos perdidos
a quem não se pode culpar
quando tocar-se
é uma catarse
para lembrar
que estamos vivos
e da tua mão na minha coxa,
ainda que me faça parecer trouxa.

07/07/2020

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Jornada do equilíbrio VI - Corpo-casa

Movimentos retardados,
desajeitados,
tentando ser delicados,
sem coordenação
de quem se move feito peça
tensa à beça
e no fundo tem mesmo pressa
por mais que jargão
e esquece que foi na quietude
em que ninguém espera que o mundo mude
que me vi e senti amiúde,
até o bater do meu próprio coração.

07/07/2020

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Verso de bilhete que escrevi

É, guri,
tenho saudade de ti,
de te contar das crianças que pari,
do vinho de mão e abraço vindo daí,
saber como está o mundo dentro em si,
porque não, eu não sumi,
mas me assusta o que li
e de nós eu não esqueci
então, quando quiser, estou aqui.

06/07/2020

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Names make a being

If we ever meet,
you and I,
call me the name you know me by,
for it is easier to say
and the one my soul chose
in a distant summer day
and also the one you gave
not for me to keep a pose
but maybe shine from under the wave.

06/07/2020

terça-feira, 14 de julho de 2020

Feito no campo II

Quem sabe deitar na grama
como se fosse cama,
de olhos fechados...

E tirar a roupa,
mera casca que mostra a polpa
nos avessos...

O negror da terra a segurar o corpo
que, ao virar-se de pouco em pouco,
o verde lhe lambe os seios...

Na mesma sensação tão bela
que devem ter flores quando da janela
recebem do sol os beijos...

06/07/2020

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Natural habitat

I much love the feeling
of your mouth's real breeze
where you don't have to try
to alter its core timing
just to please,
even if it's rather dry.

05/07/2020

domingo, 12 de julho de 2020

Jornada do equilíbrio V

É sempre bom ouvir o que o outro tem a propor, mesmo num caminho similar. O que me foi proposto refletir sobre nesses dias são coisas que eu venho trabalhando e é bom olhar para isso de novo com sugestão de outra pessoa, porque é um processo constante. Me fez perceber no que eu já evoluí também e o que eu ainda preciso fazer.
Acho que o meu maior problema com os meus defeitos agora é contorná-los e me perdoar pelo que eu ainda de certa forma faço só pra agradar os outros. Venho absorvendo que isso são micro (e às vezes macro) agressões contra nós mesmes e talvez justamente isso facilite a sensação de que a gente não sabe o que quer. Lidar com o mundo não apesar deles, mas com eles – a gente é assim e pronto, mas não pode esquecer do dano que causa. É fácil perceber que não se é perfeito, mas se acomodar nisso; por isso eu gosto de situações como a que eu vivi hoje porque elas me mostram isso, mas não de um jeito agressivo. Para mim é mais fácil contornar quando é assim.
Todas as relações pedem um nível de vulnerabilidade, não adianta. Se se quer ajudar o outro na dor dele tem-se que dizer olha, tá aqui a minha feridinha também. Comigo não falta isso... Mais em como lidar com o que vem do outro; o impacto que eu causo no outro. Eu tinha medo de falhar. Depois tive medo de mim, me assustei comigo. E agora tenho medo mais que tudo de falhar com os outros de uma maneira que não consiga arrumar, nas minhas relações com o outro. Sei bem o que é tentar fazer por si num processo de ganhar uma voz verdadeira e o quanto isso é importante. Mas isso se consegue se entendendo a mão para quem está ao lado, certo?

04/07/2020

sábado, 11 de julho de 2020

Jornada do equilíbrio IV

Há um tempo abracei a minha Sombra e, dentro dela, a minha impulsividade. É doido mesmo como a gente não tem controle sobre como os outros recebem aquilo que a gente faz e diz, não importam as nossas intenções. Venho tentando não passar a mão na minha própria cabeça, o que inclui reconhecer a toxicidade dentro daquilo que as pessoas fazem comigo e do que eu faço por elas. Considerando o momento atual, acho que sei quem eu veria, quem me entregaria a mensagem... Ou pelo menos quem eu gostaria que me entregasse... Que me lembrasse disso. Porque, para dizer a verdade, eu já comecei a absorver a afirmação.
Considerando isso, experiências recentes só me provaram que isso também se aplica a mim. A pessoa não encarou o que eu fiz como algo ruim quando poderia e foi só depois que eu disse o que eu ia fazer e a pessoa não se importou que eu percebi que o que eu estava fazendo tinha um lado ruim e poderia ser encarado dessa forma. E como não foi visto assim aquilo me emocionou; chorei mesmo. Porque a princípio eu devia ter guardado para mim porque poderia dar errado – eu percebi depois que já tinha dito. Eu tirando vantagem da dor de outra pessoa. Mas a pessoa não encarar assim e até ver como curativo me comoveu. Se fosse outra pessoa, poderia ter ficado com raiva de mim e com razão, mas não foi o caso.
Claro que eu a princípio fiz de impulso uma coisa que eu depois vi que talvez não deveria ter feito, mas tenho abertura com essa pessoa para fazer o que fiz e se não tivesse gostado me falaria, mas depois de feito eu percebi que nem sempre aconteceria de receberem aquilo tão bem e foi a reação legal que me surpreendeu. Me fizeram chorar, mas porque foram legais demais comigo. Até estou meio dividida com isso porque fiz algo bom, mas ao mesmo tempo tem essa parte. Acho que nesse caso daria certo de qualquer forma, tivesse ele gostado ou não, porque tenho essa abertura. Mas foi naquela hora que eu me senti mal que percebi que não vale para todo mundo. Talvez essa sensação de divisão seja eu refletindo sobre o que eu fiz, de verdade. Talvez... Isso seja eu perceber que essa abertura não existe com todo mundo para eu ter feito o que eu fiz, qualquer que fosse a resposta; por isso a própria resposta positiva me surpreendeu... E tudo isso me serve de alerta.

04/07/2020

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Magnifying glass

There's a bit of a struggle in life
when one hand is a crooked paw
and both are seen as blades to a knife
with nothing but evil claws
for pain and inception,
but I carry my cross -
are you willing to change your perception?

04/07/2020

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Hell of repetition

She escaped from me like sand
and now I suppose mine is the burden
to be yet another man
tying himself to the ship's pole
not to jump out with the pain
from and into the salty hole
which is her voice... That siren.

04/07/2020

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Laments on what never was

Love is love, I guess,
inside the heart,
even in war,
like a ribbon bow does its best
to hold neat together a raven tress
one sees only from afar
and might end up on the ground,
stepped on, torn apart,
and, by another soldier, maybe found
and returned...
If it's really the end,
maybe a wave of bad luck,
does it matter that much
whose is the fault?

03/07/2020

terça-feira, 7 de julho de 2020

Intentions

If I never get to see you, then
may I feel god
through a worthy man
who strikes me just as awed.

Either that or...

Your taste in sweet fruit that I eat,
your touch in certain breaths of wind.
Your kiss from the sun and the rain
that I go back to time and again.

And if I never lay on the forest floor,
may I find another way to still adore.

03/07/2020

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Cantadora

deixa-me deitar no teu colo,
me aquecer na tua pele,
dar à luz no teu solo
e conceber outra vez nele.

seja pai desses meus filhos,
faça-os comigo...
filhos em versos
e rostos ambíguos.

assiste-me nos meus partos,
ampara essas cabeças
nas tuas mãos santas
de meninas altas, espertas
e meninos às vezes minguados
sempre alimentados em seios fartos.

é meu destino ser essa mãe e cantar
como o senhor também é pai,
mesmo que puxando outro ar
em outra dor, mas... ai!

crias do éter,
do vento e do fogo,
tantas, com ânsia de chegar logo,
cheias de amor e prazer
e também no tempo que tem que ser.

outra bruxa que se abre,
quem sabe,
entre aquelas que o senhor queira
e nelas deixe bosque em carne.

mas talvez nesta era,
com esta serva,
seja diversa a primavera -
mais sutil,
mas não menos fértil.

02/07/2020

domingo, 5 de julho de 2020

Roleta russa

O universo
parece gostar de brincadeira
de tortura
por nos dar verso
e tremedeira
na secura
e colocar no processo
mais que simples fronteira
que fácil se fura
quando se quer nem que seja un beso
e não nos importa dar bandeira
da quentura...

02/07/2020

sábado, 4 de julho de 2020

Jornada do equilíbrio III

No inverno, o frio nos força a nos cobrirmos para reter o calor; em nos fazer em mais camadas exteriores do que já possuímos numa situação geral e até ideal. Também nos induz, ou pelo menos induzia, a ficarmos mais perto uns dos outros, a nos resguardarmos e encontrarmos outras maneiras de sentir o tempo que passa. Dependendo da situação, parece que nenhuma roupa ou coberta consegue aquecer... Nem por fora, e, às vezes, nem por dentro, e honestamente não sei dizer o que é mais triste.
Somos feitos de muitas camadas, tanto no corpo como na psique e, assim como os selkies, conforme se faz necessário ou dita nosso desejo, nos desfazemos temporariamente de alguma ou algumas delas para que outras partes de nós possam ser mostradas. Mas o povo selkie sabe que sua camada talvez menos óbvia é também a mais importante para si e a mais preciosa em si mesma e até como valor de mercado, pois os faz aquilo que são simplesmente sendo, acima de qualquer outra coisa, e também moldada de acordo com o jeito de cada um... E nunca esquece onde a deixou antes de voltar para casa, porque não há como estar em casa sem ser tudo o que se é e escolhe ser – seja essa casa um lugar ou o sagrado templo do corpo.
Mas essa casa também pode não ser onde pensamos que é, ainda que tenha sido por escolha nossa ou falta dela. Escolha de experimentar algo que parece bom e que com o tempo nos mostra que merecemos mais... Ou uma mais inconsciente, talvez, e eu diria dormente, de ficar onde não há a luz estalada do fogo em conjunto porque dizem que certas peles bastam... Ainda que ela não seja a nossa pele em primeiro lugar, talvez nos escondendo de nós mesmos e do mundo. Que não seja a do animal que vive em cada um. Da foca que uma linda moça e rapaz selkie nunca deixa de ser.
Nos vestem seja com o que está ao alcance, com o que acham que nos convém... E a gente acredita naquilo, seja a vida toda, seja só por um tempo, porque, querendo ou não, contanto que nos cubra, não mostre aquilo que temos ou julgamos ruim (ou mesmo que os outros julgam assim) e cumpra sua função mínima no inverno e verão, não nos importamos muito ou de jeito nenhum. Mesmo que fique talvez mais largo ou apertado do que deveria, seja de uma cor que não exatamente gostamos ou nos favoreça e/ou seja de um tecido que incomode de alguma forma – coisa que muitos demoram ou nunca chegam a perceber e em alguns casos percebem, porém não modificam, por medo da mágoa do outro.
Mas tem coisa melhor do que estar em casa? A casa que se tem, a casa que se fez, a casa que se é? Com tudo o que se gosta, com tudo o que se sabe, quer e precisa? Olhando pra si, no corpo e na psique, e nos reconhecendo na beleza serena talvez não das nossas imperfeições em si, mas no fato de elas estarem ali por serem normais. E nos reconhecer na nossa forma debaixo de qualquer camada – seja na pele exposta pelo verão que nos descasca e quando nos vestimos de céu quem sabe em mais de um sentido perante o divino e o amor verdadeiro, seja na que temos de que às vezes só a lua sabe, seja a nível ainda mais profundo... E uma roupa que reflita por fora, de verdade, um pouquinho do que somos por dentro. Que nos caia bem, que valorize o que nos foi dado, que não nos aprisione. Às vezes tudo começa por aí, e todos merecem essa chance. Eu bem espero pela minha.

01/07/2020

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Retrato antigo

Como vieste,
tu ficarás,
o gesto é justo,
este
que não te deixa para trás,
no tempo parada
e enterrada
no escuro
e sim onde o olho alcança
como ao teu e o eu criança
e a minha última lembrança
com seu custo
e se foi honra dourada
que me deste
mesmo tão pequenina
contra a parede,
que tu, mão olguina
permaneça onde estás,
até onde se estende
o que fizeste.

01/07/2020

quinta-feira, 2 de julho de 2020

As it should be

I would rather bleed into the earth
having you sing to me like a bird.

I would rather be wrapped in your furs,
on your lap, a kitten that just purrs.

I would rather be shown my real pelt,
as free as the child me had never felt.

I would rather be a bee inside a flower
than a maiden locked up in a broken tower.

01/07/2020

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Allowance

I love hands
and what they can do...

Yours during nows and thens
in the enough I know...

Maybe keys to a spell
birthing storms anew...

Out of which beauties burst
like a fruit...

Always treated as the first
and last things to ever be touched and built...

Oh well.
There's no such thing as mercy with you...

30/06/2020

Rocha

Deixo a luz do sol bater um pouco a cada vez sobre as várias faces e ranhuras lapidadas por tempo e destino para que ilumine e penetre a gra...