Não consigo dar menos que fogo,
mas olhando para a minha alma
tão grande que cabe na calma,
conheço o outro dado do jogo.
Dá para viver com frieza,
embora poucos aguentem a chama.
Quem sabe onde pisa não reclama
e a paixão permanece ilesa.
Não consigo ser menos que devota
porque sem isso, quem sou eu?
Tudo de mim é sempre todo o teu
e nosso até a última gota.
Coração gelado feito as mãos
sujas deste sangue sempre quente
que sabe o que quer, o que lhe é urgente,
o que preenche todos os vãos.
24/02/2018
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
quinta-feira, 8 de março de 2018
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