domingo, 6 de setembro de 2015

XI

Oi, meu querido.

A noite passada foi outra na qual me rendi às lágrimas. Fazia certo tempo que não chorava assim, mas acho que foi bom, me fez bem. Me senti estranha o dia todo, com muitas coisas guardadas. Precisava botá-las para fora de algum jeito.

Uma vez tu me disseste que as lágrimas são sentimentos líquidos; tão intensos que palavras não conseguem expressar. Posso dizer que, a cada dia que se vai, mais acredito nisso. Talvez essa seja a razão de eu ser tão sensível e chorar mesmo em situações alegres.

Sei que logo de cara percebeste esse lado meu. E que hoje, por mais que te doa, já estás acostumado e entendes as razões que estão lá. Entre elas, o fato de me fazeres tão feliz e acalmar meu coração como ninguém. E eu sou tão grata por isso!

Contigo eu aprendi que o amor verdadeiro é e merece ser dado de graça; e que nem todas as lágrimas sinceras são de tristeza. Às vezes, elas podem vir acompanhadas de um abraço, de saudade, de um sorriso. Me sinto tão livre, não preciso explicar nada...

Obrigada por me dar a mão quando o labirinto ficou escuro. Hoje já não dói tanto, porque passei a entender melhor. Eu te amo!

Da tua irmã, tua manteiga derretida.

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