Olá, meu querido.
É bom te escrever outra vez. Às vezes esqueço-me do poder que as palavras têm de dar corpo e sentido às coisas mais etéreas, como os sentimentos. Como a saudade.
Por mais que na maior parte das vezes estejamos longe um do outro, acho muito bonito e interessante que tenhamos conseguido formar e manter um contato mais profundo, apesar dessa distância, mesmo ela não sendo muito grande.
Eu sei o quanto te preocupas comigo e o quanto queres que eu fique bem. Sei o quanto pensas em mim e anseias para que nos vejamos de novo. Sinto exatamente o mesmo. E até acho que consigo senti-lo perto de mim quando a solidão aperta.
Um dia me falaste da melancolia que carregas. Talvez tenham sido a solidão e a melancolia que tenham nos aproximado primordialmente; porque independentemente das diferenças que possuímos e sobre as quais com o tempo entenderemos melhor, creio que somos duas almas alquebradas pelo tempo e pela vida, mesmo ainda tão jovens.
Almas que compartilham o mesmo labirinto, as mesmas paixões, o mesmo olhar que percebe o que ninguém mais vê, que buscam ao mesmo tempo o frescor do novo e o conforto do conhecido.
Sinto isso desde que pegaste da minha mão e começamos a buscar aquela saída juntos Desde que olhaste para mim e viste algo que ninguém jamais viu, bem lá dentro de mim.
Quero poder merecer tudo isso e ser para ti o que és para mim. Poder devolver-te esse amor e essa paz.
Cada vez que bebo um gole de vinho, lembro-me de ti. Não só por ser doce e aquecer o corpo e o coração como quando nos abraçamos, mas porque recordo daquela vez em que estiveste aqui, nesta casa.
Depois de beber quase todo o cálice, me ofereceste o último gole. Acho que de certa forma ele simboliza aquilo que somos um para o outro e aquilo que compartilhamos. As partes de nós que escolhemos desvelar.
Espero que possamos nos ver logo. Perdões pela longa missiva, mas sabes como me deixo levar. Obrigada pelo amor e transparência de sempre. É um prazer tê-lo em minha vida.
Da tua irmã, tua amiga.
terça-feira, 7 de julho de 2015
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