quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

CHUVA


Gosto dos dias de chuva
Depois do calor do sol ardente
A chuva molha as janelas
E lavam minha pútrida alma
Elas me ferem, mas não sinto dor.
Quando chove, os anjos choram
Perdidos na escuridão das
Pessoas as quais protegem...
O barulho dos trovões estridentes
Me assusta, mas sei bem que são
Apenas gritos de desespero,
À espera de alguém que possa ouví-los.
O vento me traz o suave perfume
Das flores regadas pelas gotas,
Junto com a liberdade que sempre desejei
Apesar de minha óbvia solidão.
Chuva que destrói as folhas secas
Tendo a vida completa em seu avesso
Me traz a plena certeza de que
A paz existe em pequenas coisas como
A poesia e o crepúsculo
Que logo chega
Em notas simples do piano
E o relógio que não sabe retroceder.

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