of this wretched world
terça-feira, 12 de agosto de 2025
Offering
of this wretched world
sábado, 9 de agosto de 2025
Subtleties
09/08/2025
sexta-feira, 8 de agosto de 2025
Manifestação
sábado, 17 de maio de 2025
Musings
when so little of life goes the way I want...
And when so much of my story
can be defined and changed by an instant...
I wish my heart wasn't in such a hurry
to get the things it wants but tries to avoid
and my mind didn't sound so melancholy
or repetitive, or closed, or annoyed...
If only life wasn't such a brute fight
who knows if I'll even win.
I just hope my heart ends up as light
as his touch upon my skin...
Something might happen if I accept
that flying high and moving like air
is seeing all I did and everyone I met
was not even a test, but a straight stare...
segunda-feira, 12 de maio de 2025
Minotaur's maze
domingo, 11 de maio de 2025
Longing
segunda-feira, 5 de maio de 2025
Não sou tão difícil de agradar porque não quero muita coisa
Me acho ambiciosa e exigente. Mas, se eu olhar direito para os meus desejos, eles na verdade não são tão maiores assim do que a minha realidade. E gosto de pensar que, mesmo que nem tudo se realize e seja exatamente como eu imagino, ainda poderei me sentir contente e orgulhosa.
Sei perfeitamente que quero mais do que o que se apresenta para mim hoje. Mas será que é tão mais do que o que qualquer pessoa merece? Será que é tão absurdo e impossível de se querer e alcançar?
Eu quero independência e autonomia. Me responsabilizar pelas minhas escolhas, poder decidir e fazer por mim mesma tudo o que me for possível. Ser forte e me reconhecer como tal sem precisar parecê-lo. Me reconhecer como um ser humano legítimo e todas as emoções que isso envolve.
Quero amar a pessoa que sou. Tirar das sombras as partes de partes de mim que merecem se expressar em vez de ficar escondidas... Mesmo que elas não estejam alinhadas com as expectativas que desenharam para mim e com as quais eu acabo ainda concordando. Quero um lar verdadeiro, onde eu tenha lugar e voz, onde eu seja vista como uma pessoa e não só mais um item de decoração.
Quero que o meu corpo e ambiente não sejam empecilho para que eu possa fazer as menores coisas sozinha. Quero não ter esse medo de dizer a verdade disfarçado de tentar ter uma visão mais otimista da vida. Não mais fugir daquilo que mais desejo e da transformação que vem junto disso. Conhecer lugares e coisas novas e permitir que isso me mude para melhor. Buscar ser cada vez melhor onde for possível, sempre honrando meu eu mais sincero e imperfeito.
Quero encontrar meus pares. Gente com quem eu possa realmente compartilhar meu coração e minha mente. Com quem eu aprenda dentro do que nos difere, mas em cujas similaridades eu me sinta mais à vontade para ser eu mesma. Um jardim para cuidar, talvez. Alguém que eu ame de todo o coração pela pessoa que é, e que possa me amar assim, um dia de cada vez.
maio de 2025
segunda-feira, 28 de abril de 2025
Ninguém é uma florzinha de pessoa e tudo bem
É fácil me martirizar e gritar aos quatro ventos que sou humana. Que sou imperfeita, que tenho defeitos. Hoje eu consigo reconhecer parte desses defeitos, assim como sei que existem partes de mim que permanecem guardadas, esperando serem aceitas e por uma oportunidade de se manifestarem livremente. Partes que não são necessariamente ruins.
O difícil parece ser aceitar essa minha humanidade e imperfeição no ser e fazer. Encontrar o equilíbrio entre a busca por melhorar cada vez mais enquanto pessoa decente e que vive seu tempo e acabar se matando por não poder nunca chegar num lugar que nem existe.
É complicado não me assustar quando não me mostro agradável, sensata e correta. Que, não importando se por pura irritação, tristeza, reflexo de defesa ou de modo proposital, eu posso realmente magoar alguém. Que minhas falhas de caráter são reais e na verdade estarão comigo para sempre.
Ainda tenho dificuldade de entender que, não importa o quanto eu queira e busque melhorar, até isso tem um limite. Que eu posso e mereço existir sendo tudo o que sou, inclusive aquilo que não é tão bonito assim. Que quem mais precisa ver, entender e aceitar sem fugir de tudo aquilo que sou, deve ser eu mesma.
Entender que minha capacidade para o mal é real, mas que ela não anula minhas escolhas genuínas em direção à bondade para com o mundo. Que aquilo de bonito que há em mim também é verdadeiro, quanto mais naturalmente (e também por escolha consciente) se manifestar. Que eu mereço gentileza, amor e acolhimento como todo mundo, mesmo com as minhas falhas. Que eu me devo muito disso tudo.
A verdade é que todo mundo é uma flor com espinhos – inclusive eu. Às vezes mais pétalas, às vezes mais espinhos. E tudo bem. Todas têm seu lugar no mundo, porque assim teve de ser. Ora embelezam mais, ora espetam mais. Mas estar ali já é mais que suficiente.
abril de 2025
segunda-feira, 21 de abril de 2025
Tristeza particular
O
passado tem dessas coisas. Prega peças aleatórias para nos fazer lembrar quem
fomos um dia... E do quanto esse eu de outro tempo ainda resta em nós – para o
bem ou para o mal.
Age de forma repentina, mas de um jeito que torna rememorar o detalhe grande ou pequeno a coisa mais fácil do mundo. Repete uma mesma informação com outra imagem como uma forma de provocação e até mesmo de teste.
Pode ser que ele nos pegue num passeio de carro pelo centro da cidade. Já é noite, então nós e nossa companhia decidimos comer um cachorro-quente da van estacionada na rua principal. A outra pessoa fica de sair para pedir e pegar a comida, e não nos importamos de esperar.
Do banco da frente, a gente espera. Espera e, como é de nosso feitio, observa. A luz forte que ilumina a vitrine apesar de a loja estar fechada há várias horas. As pessoas que passam, seja naquela calçada ou querendo atravessar para o outro lado. As que perdem definição ao passarem, por conta daquela luz. As crianças e o que elas parecem estar querendo.
E inesperadamente, no espaço de apenas alguns segundos, o passado se mostra. Ainda estamos sozinhos no carro, então não há como evitar o confronto nem fingir que aquilo nunca aconteceu. O passado decide assumir nome e sobrenome e no fazer duvidar dos nossos próprios olhos por um momento. Mas, antes de ser possível ver o rosto, já sabemos de quem se trata.
Bem diante de nós, ele se mostra e acontece outra vez. Surge perto o bastante para que possamos discernir seu tamanho e seus traços primários, por tecnicamente ter se virado na direção em que estamos... E é justamente isso que nos surpreende. Tantos anos depois, aquele instante mais parece uma provocação, e é quase difícil de acreditar, por ser tão improvável. Mas a vida confirma.
“Será que... Ah, é sim.”
Exatamente como na memória e na experiência o passado olha para onde estamos, mas não para nós. Olha logo acima da nossa cabeça, depois para o outro lado, com o mesmo olhar focado e ao mesmo tempo perdido em si mesmo... E passa, atravessando a rua em passo firme. Um estar dentro de um carro escuro e o outro na rua não altera quase nada.
Esse passado que nunca nos amou, e que sempre soubemos que nunca nos amaria. Fizemos as pazes com isso desde o começo. Esse passado nos machucou muito, é verdade. Mas aquilo foi há muito tempo. A outra parte da surpresa é percebermos que não sentimos mágoa do que vemos. Apenas lembramos o quanto aquilo foi importante, e não conseguimos não pensar no que teríamos feito.
Mas, felizmente, o pensamento não permanece. Assim como o passado, ele vem e passa... Naquele rosto que achávamos que tínhamos esquecido, mas que se parecia exatamente como naquela época. Um segundo ou dois, apenas, mas aconteceu. E lembramos. E sentimos. Sabendo que até aquele fragmento do passado não é mais o mesmo, ainda pudemos reconhecê-lo, como que em câmera lenta.
Não muito depois, a parceria volta com os cachorros-quentes. Estão gostosos. A vida segue, como ele seguiu. E, por incrível que pareça, não contamos sobre o que vimos para a pessoa ao lado. Por mais natural e até automático que seja fazer isso, achamos melhor guardarmos aquilo conosco. Um fragmento banal se torna algo raro ao nosso feitio... Uma tristeza particular.
21/04/2025
segunda-feira, 14 de abril de 2025
A arte de se justificar deveria cair em desuso
Devido à natureza social do ser humano, cada vez mais duas coisas me impressionam. De um lado, a distância a que tantos chegam com o objetivo de se encaixar em algum lugar, não importando qual ele seja. De outro, a coragem que uns poucos parecem ter de não tentar. De simplesmente existir e construir um contexto de pertencimento.
Justamente por isso, ainda me entristece perceber o que o desejo por amor e pertencimento pode fazer com alguém. Me entristece perceber que estou entre essas pessoas e que, por conta disso, ainda acabo me colocando em situações e entre pessoas que de um modo ou outro são constrangedoras e nada enriquecedoras tanto para as emoções quanto para o intelecto.
Ao mesmo tempo em que estou entendendo melhor que muito provavelmente muitos contextos não me trazem aquilo que desejo e preciso, ainda me vejo tentando me encaixar. Ainda me vejo me podando, me moldando a algo que no fim das contas vai me encolher. Porque me dói demais saber que meu lugar ali seja nulo ou extremamente reduzido.
Mesmo agindo sob o princípio de que não devo implorar pelo afeto de ninguém... Ainda me vejo abaixando a cabeça diante de amores cujas condições não parecem enxergar e abraçar tudo o que sou. Diante da perspectiva de por algum motivo ser menos para certas pessoas, eu ainda hesito, ainda me calo, ainda tento ocupar menos espaço. Enfim, ser menos de modo geral.
No fundo, isso é uma forma de se justificar. Assim como explicar sentimentos, escolhas e atitudes em contextos onde isso provavelmente é desnecessário. Conversar sobre sentimentos é bom. Ter noção do que norteia nossas ações e colocar outros envolvidos a par disso é muito correto e maduro. Mas fazer isso simplesmente para parecer agradável e amenizar todo e qualquer desconforto não tem sentido nenhum.
A verdade é que a gente precisa entender que nem todo mundo vai nos entender. Que nem todo mundo precisa nos entender. Que, no fundo, a nossa obrigação é encontrar ou criar o lugar onde poderemos ser nós mesmos de verdade. Que mesmo esse lugar nunca será perfeito. Que o único lugar igualmente imperfeito onde devemos buscar nos encaixar o máximo possível é dentro de nós mesmos.
A verdade é que a gente precisa se lembrar que se justificar vem da vontade de agradar. Da vontade de ser amado e de não assustar ninguém. De fazer com que a ideia que os outros têm de nós seja específica, reduzida e necessariamente benéfica. Fazemos disso uma arte que no fim não nos serve de nada. A verdade é que eu quero ficar ruim nisso. O preço de sermos nós mesmos é caro e assustador, mas só nos torna mais ricos.
abril de 2025
domingo, 13 de abril de 2025
Terra incognita ou Mar Morto
talvez haja mesmo
algo
de vago
caro
e raro
no mal
necessário
do esmo
feito do sal
ário
à cuja guisa
de busca
como parte do caminho se torna
terra e rusga
em inferno repetido
no oásis que me foi descrito
mais de uma vez em verso -
só muda a língua,
só muda o tempo
e permanece o ar conquistado
já que afinal
é nele que está resto
preço
e história
com pouca glória
e em cuja queda
ainda meço
a milha continental
da perda
para a qual
vez por outra
ainda que torta
de novo me atrevo
a olhar.
13/04/2025
segunda-feira, 24 de março de 2025
Às vezes a gente usa máscaras e nem percebe
Às vezes a gente só quer se sentir forte. Quer ser levado a sério, evitar ser passado para trás. Tratar os assuntos sérios ou mais complicados com a naturalidade devida. Ficar à vontade com o que talvez ainda cause vergonha. Tirar das mãos dos outros o tanto da nossa vida que ainda está lá.
Às vezes só queremos seguir lembrando que, no fim, só temos a nós mesmos. Queremos nos proteger. Queremos focar na luz e beleza das coisas ao redor. Queremos nos sentir bem dentro da própria pele. Enxergar e viver de verdade a grandeza que nos pertence. Amar aquilo que vemos no espelho antes de dormir.
Muitas vezes, a pessoa só quer se entregar para a vida, apesar do medo. Sair do lugar que é mais cômodo, por mais doloroso que seja. Quer fazer as escolhas mais certas possível… Não só para o coração, mas para a consciência. Não quer desistir de si mesmo, nem de seguir a própria intuição.
Às vezes, só está procurando as palavras certas. Só se está tentando trilhar um caminho que dê num bom lugar no final. Só estamos fazendo o possível para nos sentirmos pessoas. Só queremos ter a sensação de que sabemos nos defender e cuidar de nós mesmos. Sentir que estamos realmente crescendo. Mostrar uma face diferente e conseguir se apropriar dela.
Mas talvez, só talvez, aquela pessoa esteja certa em algum nível… E no fim isso seja só mais uma máscara. Uma máscara que ainda não virou pele.
março de 2025
segunda-feira, 17 de março de 2025
Algumas pílulas são difíceis de engolir mas são um santo remédio
O mundo te fará esquecer quem você é de verdade. O mundo te fará pensar que você é apenas um aspecto de si mesmo. O mundo te fará achar que todas as coisas permanecerão como estão, principalmente as ruins. O mundo te dará a entender que seu valor está naquilo que você faz.
O mundo te dirá que você não é o suficiente. O mundo te cobrará, muitas vezes, por mais do que aquilo que você pode dar. O mundo te gritará que você não tem escolhas. O mundo te induzirá a se distanciar do que te faz humano. O mundo não te deixará enxergar o que está diante dos seus olhos.
O mundo te contará mentiras, e pode ser que você acredite nelas. O mundo te convencerá de que apenas uma verdade existe. O mundo te encherá de um medo que pode te privar daquilo que você mais deseja. O mundo te fará confundir esforço por excelência com vício em perfeição.
O mundo te tornará pequeno, para evitar que você lembre da própria grandeza. O mundo te direcionará a buscar lá fora muito do que está dentro de você. O mundo tentará esconder de você aquilo que você tem de mais frágil, honesto e sincero. O mundo te nomeará soldado e general das mais árduas batalhas, e nelas você perecerá.
O mundo te apresentará a culpa e a vontade de culpar. O mundo te manipulará para odiar tudo o que menos merece ódio. O mundo te voltará contra você mesmo. O mundo te sussurrará que, antes do que você imagina, seu tempo terá acabado. O mundo berrará que o destino importa mais que o caminho.
O mundo te dirá, a um só tempo, que tudo é muito fácil e muito difícil. O mundo colocará um espelho diante de você, e você desviará os olhos. O mundo gozará que alguns obstáculos são intransponíveis. O mundo te testará até o último segundo, e você falhará. O mundo te colocará em lugares onde você não pertence…
Apenas se você deixar.
março de 2025
segunda-feira, 10 de março de 2025
Tu não te moves de ti
Uma das partes mais complicadas e dolorosas do amadurecimento e do autoconhecimento é se olhar. Se olhar e se enxergar de verdade.
Muito poucos conseguem parar para refletir sobre as escolhas que fizeram na vida até bem mais tarde, e talvez nunca. Outros, quando conseguem, acham que não têm mais tempo de modificar a própria postura, o próprio entorno. Outros, ainda, realmente o fazem tarde demais.
Em algumas ocasiões, é a própria vida que te faz parar tudo e questionar onde se está; o que se fez ou deixou de fazer. E, quanto mais a gente se deixa levar e adia o inadiável, mais doloroso se torna esse movimento. Machuca quem o nega e também quem toma parte nele, mas apenas um deles tem a chance de sair dali realmente transformado.
Com sorte, este não é um caminho que se percorre apenas uma vez. Isso porque, ao mesmo tempo em que é curta por natureza, a vida vem ficando cada vez mais longa para o ser humano. E, se as únicas certezas são a mudança e a morte, quem acorda da noite escura da alma precisa ficar atento para não voltar a dormir.
Estar acordado para reconhecer quem fomos, quem somos e tentar desenhar quem queremos ser. Saber nomear o que nos foi dado e permanece conosco; tudo o que não mais nos serve de modo geral; tudo o que sempre foi nosso e não há quem nos tire.
Afinal, não há mão que nos salve como a nossa própria. Não há caminho mais longo que aquele que ninguém pode trilhar por nós. Não há companhia mais leal e constante do que de alguém consigo mesmo. Não há sombra que dê mais medo do que a que tem o nosso contorno.
março de 2025
domingo, 9 de março de 2025
Feitoria
sábado, 1 de março de 2025
Deep fear II
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
Serenata
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
domingo, 9 de fevereiro de 2025
Deep fear I
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
Fibromialgia II
O quanto eu quero amar.
Como dói
o quanto eu quero viver!
Muito me dói
e me corrói
E com isso dói
o tanto que ainda hei de chorar
e, no que seria, sofrer!
Porque me destrói
E já que não sou nenhum herói,
pior de tudo, a menor meiguice!
Offering
My beautiful muse, my brightest dream. My shyest excuse, my sweetest sin! Be it a man's heart in a dinner knife or all the diamond and...
-
As pessoas Veem umas às outras Como querem, E o que sobra é a verdade Sem termos muito o que fazer. A aparência aos olhos desses...
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Eu tenho medo de te magoar, de te afastar, de ser cruel contigo, como sou com os outros…
-
I don't even know why I worry when so little of life goes the way I want... And when so much of my story can be defined and changed by a...