Quem não sabe se logo
descubro que muito antes dos meus pais
algum dos meus verdadeiros ancestrais
da minha adormecida memória
também não se fez contando história
e curando
e morrendo
do mesmo fogo?
E quem sabe se não sou
ciclo que se quebra
pelo menos um pouco
de filhos só de carne
e mulher submissa
em neta que no fundo não segue a premissa,
sabe do errado o certo
e forja e forjou
com as mesmas unhas
compridas
e senso de ferida aberta
milhares de crias do intelecto
para cura
feitas de palavras
como quem escolheu linha de costura
e sabe do açúcar a medida?
07/06/2020
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Rocha
Deixo a luz do sol bater um pouco a cada vez sobre as várias faces e ranhuras lapidadas por tempo e destino para que ilumine e penetre a gra...
-
Olá, meu anjo. Que saudade… Um dia, quero perceber que o silêncio é o bastante para nós. Talvez já seja, não sei. Mas quanto isso, a gente...
-
Então, gente... Sou MEI agora! Faz um tempo que estou para contar que na finaleira do ano passado abri meu CNPJ como redatora, desde que a ...
-
Uma coisa que com o tempo percebi ser muito peculiar é a de que, no contexto em que vivo, existe muito contato físico. Como ainda preciso de...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo feedback!