Meu coração literalmente se aquece quando eu noto que a primavera está se aproximando, mesmo que eu só raramente saia de casa.
É só quando agosto está terminando e setembro vem que eu me lembro que esta cidade está cheia de ipês espalhados pelas ruas. Porque durante metade do ano eles estão despidos e parecem as árvores que a gente vê nos filmes de terror, já que elas ficam sem folhas ou flores para deixar a luz passar durante o inverno.
Só me lembro do que elas realmente são uma vez que as vejo desabrochar. Com certeza como prova de que, apesar da nudez dos galhos, a vida ainda está pulsando, mesmo que adormecida. E é amarela, rosa, vermelha, roxa, branca, com duas cores...
Preciso mesmo olhar mais à minha volta e também para o céu; principalmente agora que há de ficar mais azul. E talvez guardar comigo o tecido das flores... Apesar de tudo o que no fundo ainda sangrará sem ser curado totalmente.
19/09/2018
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
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