segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Eu sou minha poesia

O eu que estou descobrindo aos poucos
Que talvez seja o que realmente sou
O que fui, poderei ser ou mesmo deseje
Está nas minhas palavras.

Está nos rios de tinta
Ora calma, ora revolta
Que percorrem a palidez
De subsolos de papel
E às vezes se tornam ondas
No mar da poesia.

Tentando nomear o que não consigo entender
E o que preciso entender.
Busque meus velhos diários espalhados,
Livros lidos, canções ouvidas
E forme sua opinião sobre mim
No final de tudo.

Se estiver disposto,
Ande pelos mesmos caminhos que um dia
Estiveram sob meus pés,
Navegue nas mesmas águas turvas
Que me afogam
E quem sabe veja com clareza
O que hoje luto para vislumbrar
Por estar no meu âmago...

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