Como outras tantas,
quem me dera
a quimera
de ser o ser que tu cantas.
Que aos teus olhos eu seja tão vaga
mas tão forte
quanto a chama que não se apaga
nem mesmo à onda de maior porte.
E se não puder sê-la,
um dia encontrá-la em mim
ou talvez conhecê-la no fim de uma ruela
que não parece ter fim.
Para que minha alma devota
aprenda uma nova oração
deixada na ponteira de uma bota
para o fim do sermão.
04/04/2019
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
sexta-feira, 5 de abril de 2019
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