É difícil sentir falta
do que não se conhece,
então por que me entristece
o que deixa uns e a outros mata?
Quem ainda sou eu
com o que é meu e não está mais aqui
e sim perdido no pó do breu
que me separa de ti?
Como seria essa outra face
em que tantos se enxergam,
não importa quanto tempo passe -
a quem tantas verdades se entregam?
Seríamos nós como o sol e a lua
no tal cerco, no tal ciúme
daquela mágica tão crua
de quem tão poucos sabem o perfume?
Seria isso uma inveja
e sinal do meu vazio
indo comigo onde quer que eu esteja
só para assustar, dar arrepio?
08/06/2018
sábado, 9 de junho de 2018
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