quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Esparramada

Faz sentido que as minhas verdades mais fundas estejam espalhadas em pedaços aleatórios de papel e pelos mais diversos cadernos. É quase como estar bêbado e desabafar no primeiro ombro que se encontra, exceto que os do meu caso são sempre do tipo confiável (ou pelo menos é como eu os vejo).

Faz sentido porque a honestidade pedida para ocasiões como esta obriga-me a de certa forma montar um quebra-cabeças com as palavras certas e do jeito certo, para que o importante possa ser entendido. Os textos estão espalhados porque os próprios pensamentos estão.

Eu sei que o amor é algo que mereço como todo mundo e que sei que quero para mim, mesmo que diga que não... Só não quero que desejar ou mesmo ter isso me faça esquecer quem sou.

Às vezes olho à minha volta e parece que isso não vai acontecer... Claro que deve ser a dupla Solidão e Idealização sussurrando bobagens, mas, cara, se acontecer não pode ser só para preencher um vazio. Amar assim é crueldade e falsidade com todas as partes.

Parece que tenho mesmo que aprender a ser sozinha e me conhecer antes de estar com alguém, para que tudo aconteça pelas razões certas.

21/12/2018

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