O que tenho de mais valioso são minhas memórias e minhas palavras. São elas que talvez me façam existir para além das minhas tristezas e frustrações.
Outra coisa que me faz questionar o sentido de se viver é que, querendo ou não, depois que a gente se vai, também se vão justamente nossas recordações e sonhos.
Eu tenho medo de ser esquecida e que tenha sido só outra pessoa que ocupou esses lugares só por ocupar. Por mais dolorosas que sejam muitas das lembranças que carrego, são elas que fazem de mim quem quer que eu seja.
Por isso tenho vontade de transformar o que ainda é etéreo em coisas concretas. Encontrar razões para seguir em busca de um destino.
Criar novas memórias e torná-las eternas com as palavras. Que nesses momentos eu veja mais sentido em tudo. Que os maiores livros que eu escreva sejam estes diários bagunçados. Que eu tenha espaço e tempo para viver o que não vivi, e se isso não for possível, que pelo menos possa entender o que muda.
O tempo está passando e eu cresço rápido demais…
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
07/04/2015
Eu me pergunto se as coisas fazem sentido. Ou se um dia conseguirei dar sentido para minha vida. Se o que sinto e o que acontece à minha volta não é apenas um monte de ilusões.
Me pergunto se os sentimentos também não são apenas algo inventado e se a consciência que o ser humano tem de si e do resto é um presente ou uma maldição. Se estamos aqui apenas para agir como máquinas reprodutoras de ações e sensações.
De qualquer forma, com o tempo acho que conseguirei encontrar algo que não me faça sentir tão perdida e estranha.
Me pergunto se os sentimentos também não são apenas algo inventado e se a consciência que o ser humano tem de si e do resto é um presente ou uma maldição. Se estamos aqui apenas para agir como máquinas reprodutoras de ações e sensações.
De qualquer forma, com o tempo acho que conseguirei encontrar algo que não me faça sentir tão perdida e estranha.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
5 de abril de 2015
Não posso ficar me torturando ou não conseguirei fazer mais nada. Tenho que dar o meu melhor e pronto, em quantas tentativas forem necessárias. Não preciso provar nada para ninguém. Não sou perfeita.
Talvez eu me exija tanto porque, embora eu não tenha certeza de nada, tenho que arriscar em alguma coisa para ir atrás da independência e liberdade que quero e preciso. Mesmo que depois mude de ideia de novo.
Cada vez mais sinto que tenho que prestar atenção e pensar em mim. Eu só queria ter tempo de saber o que realmente quero. Quero morrer com a certeza de que vivi de verdade, fiz algo de útil e não fui esquecida. Nem que seja com papel e tinta espalhados pelos cantos.
Talvez eu me exija tanto porque, embora eu não tenha certeza de nada, tenho que arriscar em alguma coisa para ir atrás da independência e liberdade que quero e preciso. Mesmo que depois mude de ideia de novo.
Cada vez mais sinto que tenho que prestar atenção e pensar em mim. Eu só queria ter tempo de saber o que realmente quero. Quero morrer com a certeza de que vivi de verdade, fiz algo de útil e não fui esquecida. Nem que seja com papel e tinta espalhados pelos cantos.
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
28/01/2015
Tenho uma relação muito peculiar com Deus. Fui criada numa família católica que se diz praticante, mas hoje isto pouco significa para mim. Talvez por não gostar de dogmas e das pessoas que usam sua pseudo-fé para se fazerem donos da verdade e não respeitarem os outros. Talvez porque eu esteja tentando abrir minha cabeça para outras maneiras de ver o mundo. Talvez porque eu não tenha certeza de mais nada. Talvez porque acredite mais em bondade e respeito sem esperar recompensa nenhuma de ninguém.
Acho até que as circunstâncias me fizeram perder a fé que eu tinha. Se por um lado me fizeram ter uma visão mais realista e concreta das coisas, por outro me deram um aspecto espiritual que independe de religiões. Mas sinto que posso ter perdido a maior de todas as fés, que acho ser a que realmente existe e importa, acima de qualquer rótulo.
Se é que existe Deus e no fundo está dentro de cada um, principalmente porque temos de ter fé em nós mesmos, acho que foi isso o que eu perdi. Perdi minhas forças interiores e capacidade de controlar meus pensamentos, de me reerguer sozinha. Perdi a confiança e fé em mim mesma… Só agora eu entendo que talvez sempre tenha precisado de ajuda.
Preciso fazer alguma coisa por mim antes que fique completamente louca. Preciso de alguma coisa que me dê as respostas que existirem para minhas questões, algo que me dê esperança de que a dor vai passar e as coisas poderão melhorar de verdade. Para que eu não me sinta mais tão insatisfeita pelo que creio que me falta e mais grata pelo que já conquistei. Qualquer coisa.
Acho até que as circunstâncias me fizeram perder a fé que eu tinha. Se por um lado me fizeram ter uma visão mais realista e concreta das coisas, por outro me deram um aspecto espiritual que independe de religiões. Mas sinto que posso ter perdido a maior de todas as fés, que acho ser a que realmente existe e importa, acima de qualquer rótulo.
Se é que existe Deus e no fundo está dentro de cada um, principalmente porque temos de ter fé em nós mesmos, acho que foi isso o que eu perdi. Perdi minhas forças interiores e capacidade de controlar meus pensamentos, de me reerguer sozinha. Perdi a confiança e fé em mim mesma… Só agora eu entendo que talvez sempre tenha precisado de ajuda.
Preciso fazer alguma coisa por mim antes que fique completamente louca. Preciso de alguma coisa que me dê as respostas que existirem para minhas questões, algo que me dê esperança de que a dor vai passar e as coisas poderão melhorar de verdade. Para que eu não me sinta mais tão insatisfeita pelo que creio que me falta e mais grata pelo que já conquistei. Qualquer coisa.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
domingo, 13 de dezembro de 2015
Sei que sou cruel
Às vezes olho para minhas falhas e o quanto tem sido difícil conviver com elas e chego ao extremo de pensar se não seria melhor se o mundo fosse utópico e eu não precisasse conviver com ninguém. Assim eu não machucaria ninguém. Não me sentiria só no meio da multidão e ao mesmo tempo não me acharia tão carente e até mesmo chata. Justamente algumas das coisas que um dia achei que uma pessoa deveria mudar para as minhas conveniências.
Se eu não pretendo mudar por ninguém, por que um dia quis cobrar isso de alguém? Como sou dúbia e ridícula.
Certa vez alguém me disse que gostaria que as pessoas não tivessem família. Que nascêssemos por simples brotamento, como algumas espécies de plantas, e saíssemos a descobrir o mundo por nós mesmos. Seríamos simplesmente nós e nossas opiniões andando por este mundo gigante; que sem dúvida faria de nós o que somos. Num mundo assim, não herdaríamos modos de pensar, viver e agir de ninguém, sejam eles virtudes ou preconceitos. Eles seriam simplesmente algo que desenvolveríamos e praticaríamos com os outros membros da sociedade.
Concordo com ela. É por isso que fico imaginando quão louco deve ser ter filhos. Duas pessoas completamente diferentes tentando impor visões de vida a outro ser igualmente distinto que com o tempo decidirá o que fazer com tudo isso. O que me faz questionar se eu seria uma boa mãe…
Ninguém é uma ilha e muito menos igual aos outros. Por isso, não queria que meus aspectos ruins me incomodassem até mais que os deles, que na verdade só servem de espelho.
Se eu não pretendo mudar por ninguém, por que um dia quis cobrar isso de alguém? Como sou dúbia e ridícula.
Certa vez alguém me disse que gostaria que as pessoas não tivessem família. Que nascêssemos por simples brotamento, como algumas espécies de plantas, e saíssemos a descobrir o mundo por nós mesmos. Seríamos simplesmente nós e nossas opiniões andando por este mundo gigante; que sem dúvida faria de nós o que somos. Num mundo assim, não herdaríamos modos de pensar, viver e agir de ninguém, sejam eles virtudes ou preconceitos. Eles seriam simplesmente algo que desenvolveríamos e praticaríamos com os outros membros da sociedade.
Concordo com ela. É por isso que fico imaginando quão louco deve ser ter filhos. Duas pessoas completamente diferentes tentando impor visões de vida a outro ser igualmente distinto que com o tempo decidirá o que fazer com tudo isso. O que me faz questionar se eu seria uma boa mãe…
Ninguém é uma ilha e muito menos igual aos outros. Por isso, não queria que meus aspectos ruins me incomodassem até mais que os deles, que na verdade só servem de espelho.
sábado, 12 de dezembro de 2015
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
Embora ache que no fim das contas as coisas acontecerão quando e como tiverem de acontecer e esteja tentando viver mais o hoje, pois ele nunca voltará, ainda faço meus planos, redireciono minhas decisões. Dou um empurrão no destino, por assim dizer. Algumas delas me deixam otimista de que realmente posso modificar minha história; de que ainda não desisti de mim mesma, apesar da ansiedade que vem junto se saberei lidar com tudo.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
Perdi-me de mim
Sabe quando tu sentes que perdeu o controle da própria mente? Que tudo de ruim que tu acumulaste na vida resolveu explodir e te enlouquecer, e por isso qualquer coisa te apavora, te deixa com raiva e uma culpa que certamente não existe? É isso.
É incrível como um único pensamento obscuro pode te levar à beira da loucura em segundos.
Quando chega a noite e tudo silencia, meus fantasmas internos vêm me assustar. Enganei a mim mesma ao pensar que poderia lidar com tudo sozinha… Há anos me faço perguntas para as quais tenho medo de nunca achar respostas. O que me consola é que eu consigo dizer o que sinto, mesmo que não entenda.
O que tenho sentido pode ser classificado em adjetivos, muitos deles. Os piores que se possa imaginar. O problema é com os substantivos. É difícil tentar dar nome a algo tão complexo. Mas eu tento, porque quem sabe eu possa chamar isso pelo nome e finalmente mandar embora um dia.
Minha mente é uma armadilha da qual tenho medo de não conseguir sair. Eu só quero vencer esses traumas e demônios e seguir em frente. A verdade é que quanto mais velha fico, menos certezas tenho.
É incrível como um único pensamento obscuro pode te levar à beira da loucura em segundos.
Quando chega a noite e tudo silencia, meus fantasmas internos vêm me assustar. Enganei a mim mesma ao pensar que poderia lidar com tudo sozinha… Há anos me faço perguntas para as quais tenho medo de nunca achar respostas. O que me consola é que eu consigo dizer o que sinto, mesmo que não entenda.
O que tenho sentido pode ser classificado em adjetivos, muitos deles. Os piores que se possa imaginar. O problema é com os substantivos. É difícil tentar dar nome a algo tão complexo. Mas eu tento, porque quem sabe eu possa chamar isso pelo nome e finalmente mandar embora um dia.
Minha mente é uma armadilha da qual tenho medo de não conseguir sair. Eu só quero vencer esses traumas e demônios e seguir em frente. A verdade é que quanto mais velha fico, menos certezas tenho.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Tu podes achar que não, mas faz sentido eu achar que teu amor me é suficiente no fim das contas. Porque mesmo não podendo envolver meu coração de todas as formas, por já estar nele, muito daquilo que temos será e é o que busco nas outras formas de amor. Porque eu nunca senti algo tão grande, tão puro, e nunca pensei que ser amada desta mesma forma aconteceria de forma tão repentina, e no entanto, tão natural.
domingo, 6 de dezembro de 2015
13/02/2015
Se dinheiro não fosse um problema, eu faria muita coisa. Compraria muitos livros, viajaria a vários lugares. Construiria minha própria casa, com uma grande biblioteca e um escritório só para mim. Teria várias obras de arte nas paredes.
Além disso, compraria roupas novas, que tenham mais a ver com a minha personalidade, ou qualquer coisa assim. Acho até que estudaria no exterior. Aprenderia línguas novas e suas culturas. Publicaria todos os meus livros em grandes editoras nacionais e estrangeiras.
Iria a shows de boa música; compraria flores para mim mesma toda semana e teria empregados para me ajudar a cuidar da minha casa. Teria um jardim cheio de rosas e outras flores bonitas. Comeria muita comida japonesa!
Embora o dinheiro não compre a felicidade, eu o usaria para conseguir pelo menos um pouco dela.
Além disso, compraria roupas novas, que tenham mais a ver com a minha personalidade, ou qualquer coisa assim. Acho até que estudaria no exterior. Aprenderia línguas novas e suas culturas. Publicaria todos os meus livros em grandes editoras nacionais e estrangeiras.
Iria a shows de boa música; compraria flores para mim mesma toda semana e teria empregados para me ajudar a cuidar da minha casa. Teria um jardim cheio de rosas e outras flores bonitas. Comeria muita comida japonesa!
Embora o dinheiro não compre a felicidade, eu o usaria para conseguir pelo menos um pouco dela.
sábado, 5 de dezembro de 2015
Não desistirei de arranhar as grades e fazer a rédea soltar. Até porque não me refiro a nada que fuja da minha consciência. Não que eu não goste de conviver com as pessoas mais velhas, mas sinto que me fará bem encontrar mais com gente da minha idade, com quem eu me sinta mais à vontade. Para rejuvenescer esta alma velha e desgastada.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Filha da madrugada
Tantas coisas acontecem na madrugada… Ela é intrigante, encantadora. Na escuridão do céu pode se ver o anúncio de um novo dia, de uma nova vida. Durante esse tempo, são prometidas juras de amor, canções são escritas, muitos pensamentos passam pela mente de muita gente.
É para a madrugada que segredos são revelados, medos são confessados e, às vezes sonhos construídos e inacabados. Palavras são silenciadas. Amo a madrugada por sua beleza e por acolher minhas lágrimas, dores, segredos e poesia.
É para a madrugada que segredos são revelados, medos são confessados e, às vezes sonhos construídos e inacabados. Palavras são silenciadas. Amo a madrugada por sua beleza e por acolher minhas lágrimas, dores, segredos e poesia.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
Alma velha
Meu corpo ainda é jovem e forte, mas sinto que minha alma certamente é frágil e delicada. Às vezes acho que não pertenço a este lugar e muito menos a esta época… Que muito de mim vive um tempo que não vivi, em alguma paragem bem longe de onde estou agora. Olho para mim mesma aqui, tentando me colocar em palavras, trancada dentro de minha mente e de uma casa que nunca saberei se é realmente minha.
E me pego imaginando o que há lá fora, neste mundo tão grande, e o que ele tem a me oferecer. Se um dia poderei chegar perto de entender o que a vida quer de mim e o que posso fazer com ela. Esperando não perder uma das minhas maiores características: a minha esperança e capacidade de ver a beleza das pequenas coisas. O que é que fará com que eu me sinta completa mesmo quando estiver sozinha…
Talvez minha alma seja antiga porque eu preste atenção naquilo que ninguém percebe, dê importância a coisas que poucos ou nenhuma pessoa sequer conhece, fique abismada com a grandeza do universo e insignificância da raça humana. Porque queira deixar um rastro onde passo, nem que seja através das palavras. Por apreciar os instantes de silêncio para ouvir o que meu coração deseja.
E me pego imaginando o que há lá fora, neste mundo tão grande, e o que ele tem a me oferecer. Se um dia poderei chegar perto de entender o que a vida quer de mim e o que posso fazer com ela. Esperando não perder uma das minhas maiores características: a minha esperança e capacidade de ver a beleza das pequenas coisas. O que é que fará com que eu me sinta completa mesmo quando estiver sozinha…
Talvez minha alma seja antiga porque eu preste atenção naquilo que ninguém percebe, dê importância a coisas que poucos ou nenhuma pessoa sequer conhece, fique abismada com a grandeza do universo e insignificância da raça humana. Porque queira deixar um rastro onde passo, nem que seja através das palavras. Por apreciar os instantes de silêncio para ouvir o que meu coração deseja.
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Livro aberto
Da próxima vez que eu conhecer alguém, vou tentar ser mais misteriosa, não sair contando montes de coisas logo de cara. Mas principalmente, se por acaso houver sinais de que teremos um contato mais prolongado, vou fazer a seguinte pergunta…
Tu estás brincando com fogo ao interagir comigo; tens certeza de que quer mesmo correr esse risco?
Digo isso porque embora no momento eu esteja basicamente em brasa por causa de todas as questões mal resolvidas, me considero uma labareda, me considero fogo. Isso por ter uma personalidade forte e difícil, bem como um arrebatador desejo de viver.
Sou intensa. Sou feita de vontades, de doação, de lealdade. Sou feita de paixão e tudo de mais profundo, seja bom ou ruim. Provavelmente quem conviver comigo reclamará de excessos, mas jamais de falta de algo. Tenho muito a oferecer; só espero encontrar gente que esteja disposta a receber do jeito que viver.
Algumas pessoas serão só memórias, outras permanecerão. Mais do que qualquer coisa, eu preciso me aceitar, me amar e não me entregar à dor.
Tu estás brincando com fogo ao interagir comigo; tens certeza de que quer mesmo correr esse risco?
Digo isso porque embora no momento eu esteja basicamente em brasa por causa de todas as questões mal resolvidas, me considero uma labareda, me considero fogo. Isso por ter uma personalidade forte e difícil, bem como um arrebatador desejo de viver.
Sou intensa. Sou feita de vontades, de doação, de lealdade. Sou feita de paixão e tudo de mais profundo, seja bom ou ruim. Provavelmente quem conviver comigo reclamará de excessos, mas jamais de falta de algo. Tenho muito a oferecer; só espero encontrar gente que esteja disposta a receber do jeito que viver.
Algumas pessoas serão só memórias, outras permanecerão. Mais do que qualquer coisa, eu preciso me aceitar, me amar e não me entregar à dor.
domingo, 29 de novembro de 2015
Pedido
Olhe-me
como quem
aceita o
meu coração;
meu amor.
Abraça-me
como se
no mundo
ou agora
não houvesse
mais ninguém.
Se quiser
fazer elogio,
seja sucinto
e sincero
e diga
como se
só eu
pudesse ouvi-lo.
Leia-me,
decifra-me
devora-me
a alma,
os sentidos.
Ensina-me
a andar
teu caminho
de pedras
contigo.
como quem
aceita o
meu coração;
meu amor.
Abraça-me
como se
no mundo
ou agora
não houvesse
mais ninguém.
Se quiser
fazer elogio,
seja sucinto
e sincero
e diga
como se
só eu
pudesse ouvi-lo.
Leia-me,
decifra-me
devora-me
a alma,
os sentidos.
Ensina-me
a andar
teu caminho
de pedras
contigo.
sábado, 28 de novembro de 2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Emoção
Emoção menina
tão minha
que flutua
em bem
poucas certezas.
Sem querer
soando condescendente
tentando entender
os outros
e eu.
Corpo jovem,
alma velha.
coração judiado,
com medo
de crescer.
Emoção frágil,
mar revolto
que conduz-me
aonde minhas
pernas falham.
Emoção intensa,
estranha, incontida
que transborda
de mim
até aqui.
Que acaba
encontrando morada
na palavra,
na poesia,
bela quietude.
Que tenta
viver, aprender,
mudar, aceitar
e permanecer.
Emoção que
tenta se
preencher, assim,
no tempo
que passa.
tão minha
que flutua
em bem
poucas certezas.
Sem querer
soando condescendente
tentando entender
os outros
e eu.
Corpo jovem,
alma velha.
coração judiado,
com medo
de crescer.
Emoção frágil,
mar revolto
que conduz-me
aonde minhas
pernas falham.
Emoção intensa,
estranha, incontida
que transborda
de mim
até aqui.
Que acaba
encontrando morada
na palavra,
na poesia,
bela quietude.
Que tenta
viver, aprender,
mudar, aceitar
e permanecer.
Emoção que
tenta se
preencher, assim,
no tempo
que passa.
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
O medo que mais dói
Por que
sinto que
posso ter
medo do
teu amor?
Por que?
Se olhar
nos olhos
é forma
de intimidade
e aceitação
entre pessoas...
Por que
tua alma
segue distante
pois não
ouso tocá-la
embora queira
talvez alcançá-la?
Medo de
aceitar o
amor que
está em
teus olhos,
teus gestos...
Mesmo sendo
meu, sendo
nosso, sendo
real, próximo
e sólido...
Será medo?
Será timidez?
Só quero
me abrir
e aproveitar
a beleza.
A beleza
dos teus
olhos castanhos,
do afeto
que traduzem.
Usufruir plenamente
do amor
que me
é dado
e que
também sinto.
Tão inesperado,
tão bonito,
tão bom.
Como posso
ter medo
de algo
que me
alegra e
me preenche?
Isso me entristece.
sinto que
posso ter
medo do
teu amor?
Por que?
Se olhar
nos olhos
é forma
de intimidade
e aceitação
entre pessoas...
Por que
tua alma
segue distante
pois não
ouso tocá-la
embora queira
talvez alcançá-la?
Medo de
aceitar o
amor que
está em
teus olhos,
teus gestos...
Mesmo sendo
meu, sendo
nosso, sendo
real, próximo
e sólido...
Será medo?
Será timidez?
Só quero
me abrir
e aproveitar
a beleza.
A beleza
dos teus
olhos castanhos,
do afeto
que traduzem.
Usufruir plenamente
do amor
que me
é dado
e que
também sinto.
Tão inesperado,
tão bonito,
tão bom.
Como posso
ter medo
de algo
que me
alegra e
me preenche?
Isso me entristece.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
domingo, 22 de novembro de 2015
Minha hora favorita do dia é o pôr do sol. A luz é boa para pintar paisagens com o sol deitando… Eu gostava dessa hora para fazer os deveres do colégio e gosto de escrever assim também, porque a luz é natural e fica na medida. Será que só quem é artista como nós nota isso? Será que temos uma sensibilidade a mais? Talvez a gente tenha um modo peculiar de ver as coisas e de expressar essa visão… A graça da vida pode estar nos detalhes que só nós enxergamos e os outros não. E nossa função pode ser ensinar os outros a ver essas pequenas coisas.
Letícia B. Silva e Darso A. Blanco
sábado, 21 de novembro de 2015
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Inábil
Tudo bem não
conseguir escrever versos,
não pintar quadros
ou tocar violão...
Os traços e notas
tampouco me pertencem,
embora as palavras
surjam à vontade...
Se quiser escrever,
que cada rabisco
seja pedaço teu
e meu também.
Se não puder...
Dê-me as palavras
de maior carinho
e eu trarei
as nossas estrofes.
Se quiser pintar,
usa a cor
que teu coração
achar que deve.
Se não puder...
Misturemos nossos tons
nos traços tortos
de vida imperfeita,
mas vivida juntos.
Se quiser tocar,
deixa tua alma
escapar no dedilhar
das cordas gentis.
Se não puder...
Ponha os acordes
dos teus segredos
junto dos meus
e fazemos música.
De qualquer jeito...
Que tudo venha
só de ti,
que seja sincero,
chuva de verão.
E no fim,
apenas me ame
com tudo o
que tens e
o resto vem.
conseguir escrever versos,
não pintar quadros
ou tocar violão...
Os traços e notas
tampouco me pertencem,
embora as palavras
surjam à vontade...
Se quiser escrever,
que cada rabisco
seja pedaço teu
e meu também.
Se não puder...
Dê-me as palavras
de maior carinho
e eu trarei
as nossas estrofes.
Se quiser pintar,
usa a cor
que teu coração
achar que deve.
Se não puder...
Misturemos nossos tons
nos traços tortos
de vida imperfeita,
mas vivida juntos.
Se quiser tocar,
deixa tua alma
escapar no dedilhar
das cordas gentis.
Se não puder...
Ponha os acordes
dos teus segredos
junto dos meus
e fazemos música.
De qualquer jeito...
Que tudo venha
só de ti,
que seja sincero,
chuva de verão.
E no fim,
apenas me ame
com tudo o
que tens e
o resto vem.
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Uma coisa que eu aprendi pintando é que a natureza é perfeita. Tudo é cores. Andando no banco da frente do carro, eu via o verde, o cinza, as nuvens e as pedras… E tem ser humano que não dá a mínima. Até um dia nublado é bonito se tu olhas e vês. As cores se casam com o céu e tudo vira paisagem.
— Letícia B. Silva e Darso A. Blanco
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
domingo, 15 de novembro de 2015
Do que sou feito
O tempo
trouxe dúvidas
mas também
me mostrou
quem sou.
Assim, me
fez voltar
para o
mais simples,
a família,
o campo.
Agora sou
mais feliz
por poder
ver cor
e graça
no bucólico...
Sentir o
tempo passar
bem devagar
e descobrir
que tenho
alma antiga.
O silêncio,
o cantar
dos pássaros,
a beira
do fogo...
velho triste.
Sol poente,
vida diária,
um chimarrão,
o pulsar
do coração.
Em cada
folha que
cai, uma
parte de
mim que
aqui permanece.
trouxe dúvidas
mas também
me mostrou
quem sou.
Assim, me
fez voltar
para o
mais simples,
a família,
o campo.
Agora sou
mais feliz
por poder
ver cor
e graça
no bucólico...
Sentir o
tempo passar
bem devagar
e descobrir
que tenho
alma antiga.
O silêncio,
o cantar
dos pássaros,
a beira
do fogo...
velho triste.
Sol poente,
vida diária,
um chimarrão,
o pulsar
do coração.
Em cada
folha que
cai, uma
parte de
mim que
aqui permanece.
sábado, 14 de novembro de 2015
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Dor no pé
Meus pequenos pés
andam tão cansados,
como se tivessem
percorrido longas distâncias...
Pés que nunca
puderam andar sozinhos,
que nem sei
se ainda podem
aqui me sustentar...
Que parecem feridos
pelas pedras cruéis
de caminhos que
ainda sonham percorrer...
Será?
Às vezes doloridos
por algum passo
dado em falso,
dor da alma...
Castigados pelo frio
de cada inverno
que parece penetrar
em meu coração
e meus ossos...
Pés que preferem
abster-se de sapatos
para poderem sentir
que ainda estão vivos...
Será?
Talvez.
andam tão cansados,
como se tivessem
percorrido longas distâncias...
Pés que nunca
puderam andar sozinhos,
que nem sei
se ainda podem
aqui me sustentar...
Que parecem feridos
pelas pedras cruéis
de caminhos que
ainda sonham percorrer...
Será?
Às vezes doloridos
por algum passo
dado em falso,
dor da alma...
Castigados pelo frio
de cada inverno
que parece penetrar
em meu coração
e meus ossos...
Pés que preferem
abster-se de sapatos
para poderem sentir
que ainda estão vivos...
Será?
Talvez.
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Não sou escritor
Escrevo
porque é meu destino.
Escrevo
para não morrer.
Escrevo
para me transcender.
Escrevo
por ser uma mentira
que fala a verdade:
a mesma verdade
que minha alma sussurra,
que está em meus
olhos escuros
que meus cabelos escondem.
Escrevo
porque meu coração
é selvagem
e meu sangue,
de tinta.
Escrevo
porque sinto
mais do que
consigo expressar.
porque é meu destino.
Escrevo
para não morrer.
Escrevo
para me transcender.
Escrevo
por ser uma mentira
que fala a verdade:
a mesma verdade
que minha alma sussurra,
que está em meus
olhos escuros
que meus cabelos escondem.
Escrevo
porque meu coração
é selvagem
e meu sangue,
de tinta.
Escrevo
porque sinto
mais do que
consigo expressar.
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
Eu e a depressão
O que antes parecia apenas apenas uma palavra de impacto e cujas dimensões eu podia apenas imaginar, um dia se tornou realidade para mim. O que de certa forma não me surpreendeu.
Por mais medo que eu tivesse de perceber que ela tinha chegado e de admitir isso a mim mesma, notei que a tal depressão podia ser invisível, mas tão sólida e pesada quanto uma parede de tijolos.
O mais peculiar é que o buraco negro no qual a depressão me meteu - ao mesmo tempo em que me engoliu e desesperou - ajudou-me a compreender partes de mim mesma de forma quase absoluta e aos poucos aprender a abraçá-las.
Foi vivendo a depressão que entendi que ela é uma mão delicada, sorrateira e morna que aos poucos esmaga o coração e o espírito de quem atinge com um aperto frio e forte o suficiente para que a tristeza se torne um simples e grande vazio que te tira do controle de si mesmo e alimenta seus hábitos mais destrutivos.
Um vazio que dói e tira a esperança.
Foi quando a depressão chegou na minha vida que eu compreendi o quanto é difícil e o quanto qualquer conselho de quem não viveu o mesmo parece não ter nenhum significado, por mais bem intencionado, a menos que aja ação concreta na ajuda. E que tal ajuda deve ser aceita.
Percebi que ela possui muitas faces e disfarces, até o momento em que revela quem realmente é. A depressão conta mentiras, usa nomes falsos e se aproveita das nossas fraquezas.
O que nos resta, por mais complicado que seja, é ter coragem de olhá-la nos olhos e vê-la pelo que é de verdade. Seu rosto varia, mas é igualmente feio em todas as visões. Não é bela, graciosa e bucólica como muitos pensam.
A depressão precisa ser enfrentada a todo momento, com todo recurso possível, para que não nos tire a esperança, alegria, amor-próprio e a paixão pelas coisas. Que não nos impeça de nos sentirmos vivos.
Por mais medo que eu tivesse de perceber que ela tinha chegado e de admitir isso a mim mesma, notei que a tal depressão podia ser invisível, mas tão sólida e pesada quanto uma parede de tijolos.
O mais peculiar é que o buraco negro no qual a depressão me meteu - ao mesmo tempo em que me engoliu e desesperou - ajudou-me a compreender partes de mim mesma de forma quase absoluta e aos poucos aprender a abraçá-las.
Foi vivendo a depressão que entendi que ela é uma mão delicada, sorrateira e morna que aos poucos esmaga o coração e o espírito de quem atinge com um aperto frio e forte o suficiente para que a tristeza se torne um simples e grande vazio que te tira do controle de si mesmo e alimenta seus hábitos mais destrutivos.
Um vazio que dói e tira a esperança.
Foi quando a depressão chegou na minha vida que eu compreendi o quanto é difícil e o quanto qualquer conselho de quem não viveu o mesmo parece não ter nenhum significado, por mais bem intencionado, a menos que aja ação concreta na ajuda. E que tal ajuda deve ser aceita.
Percebi que ela possui muitas faces e disfarces, até o momento em que revela quem realmente é. A depressão conta mentiras, usa nomes falsos e se aproveita das nossas fraquezas.
O que nos resta, por mais complicado que seja, é ter coragem de olhá-la nos olhos e vê-la pelo que é de verdade. Seu rosto varia, mas é igualmente feio em todas as visões. Não é bela, graciosa e bucólica como muitos pensam.
A depressão precisa ser enfrentada a todo momento, com todo recurso possível, para que não nos tire a esperança, alegria, amor-próprio e a paixão pelas coisas. Que não nos impeça de nos sentirmos vivos.
domingo, 25 de outubro de 2015
sábado, 24 de outubro de 2015
domingo, 4 de outubro de 2015
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
20/02/2012
Já não me preocupo mais e nem pensei em vingança. Porque tudo o que se faz é recebido de volta. É a lei da física e da vida.
terça-feira, 29 de setembro de 2015
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
04/10/2014
E os pensamentos dela estavam espalhados por todo lugar, marcados a tinta como tatuagens pequenas e grandes, que revelam suas várias faces ao longo do tempo.
domingo, 27 de setembro de 2015
28/02/2012
Depois da tua covardia e do tempo que se passou, é estranho saber que tu estás tão perto, que posso sentir teu calor e teu cheiro que ainda mexe comigo. É estranho ter olhado nos teus olhos, que eu costumava gostar tanto, e saber que neles já não existem as coisas que eu via. Ainda não sei o que sinto direito, mas tu podes ter certeza de que não estou chorando pelos cantos.
sábado, 26 de setembro de 2015
30/01/2012
As leoas são as rainhas
da selva, e não
à toa.
Elas ficam com todo
o trabalho. Caçam, criam
os filhotes.
Mas até a mais forte e
destemida das felinas tem
momentos em
que mais parece uma
gatinha assustada e
com medo,
precisando de um colo, um
carinho. Eu sou uma delas.
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
30/01/2012
Não me culpo mais
por sentir o
que quer que seja.
Sentir com intensidade prova
que sou um ser humano, mesmo
que alguns
não se importem com isso.
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
30/01/2012
Um dia eu vou saber
quem é que "merece"
o meu amor,
quem me faça feliz
de verdade. Você
também vai
sentir se ele (a) for
a pessoa certa.
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Guria, ponha uma coisa na cabeça
Se tu tens pelo menos um amigo sincero, que haja como um homem de verdade, que te faça se sentir única e especial só de estar contigo, com quem tu te sintas protegida, que se importe com aquilo que tu sentes, que esteja ao teu lado quando tu mais precisas; aquele que, quando pega tua mão, afasta tudo o que há de ruim e te faz elogios lindos quando tu menos esperas.
Aquele que encontre uma flor no caminho e se lembre de ti e te deseje bons sonhos todas as noites, antes de dormir. Aquele que sente saudade de ti e aproveita cada segundo ao teu lado, que confia em ti e te faz sentir da mesma forma; que quer te cuidar e te ver feliz. Aquele em cujo abraço tu te sentes acolhida, segura e completa como nunca antes, como se fosse teu anjo da guarda...
Então levante as mãos para o céu, minha cara, porque homens assim são muito raros. Se é o teu caso, com um amigo assim, tu não precisas de um namorado. Pelo menos, não por enquanto.
02/02/2012
Aquele que encontre uma flor no caminho e se lembre de ti e te deseje bons sonhos todas as noites, antes de dormir. Aquele que sente saudade de ti e aproveita cada segundo ao teu lado, que confia em ti e te faz sentir da mesma forma; que quer te cuidar e te ver feliz. Aquele em cujo abraço tu te sentes acolhida, segura e completa como nunca antes, como se fosse teu anjo da guarda...
Então levante as mãos para o céu, minha cara, porque homens assim são muito raros. Se é o teu caso, com um amigo assim, tu não precisas de um namorado. Pelo menos, não por enquanto.
02/02/2012
domingo, 20 de setembro de 2015
28/12/2011
Muitas vezes, para
conseguir começar uma
mudança
dentro de nós,
temos que
começar por fora
primeiro.
sábado, 19 de setembro de 2015
Minha vida não se limita à minha dor
De certa forma eu me sinto, sim, vazia, por causa das circunstâncias e da depressão. É isso que ela faz com as pessoas. Mas é tão triste não ter nada, não sentir nada... Eu costumo dizer para mim mesma que procuro alguma coisa que faça com que eu me sinta viva de verdade. Talvez essas coisas já existam, mas eu ainda não as enxergue.
Talvez elas sejam tudo de bom que ainda existe dentro de mim, embora ultimamente não esteja lhes dando o valor que merecem. Sei que eu não seria humana, uma pessoa completa, se não houvesse a dor, a tristeza, o medo, as falhas. Mas de vez em quando eu me esqueço de que existe mais que isso, assim como existe um mundo inteiro por trás da porta da minha casa.
Existem as minhas memórias, os meus desejos... Memórias que acho que não quero mais encarar só como partes do meu passado, mas também de quem sou no presente. Talvez, por muitas dessas memórias serem tão boas, eu seja tão ligada a um tempo que há muito se passou. De certa forma, a tenra idade e falta de consciência tornava as coisas mais fáceis, por assim dizer, pois elas não eram tão abstratas.
A minha infância, já longínqua, mas ainda presente. Infância que considero que foi tranquila. Saber das minhas limitações e, naquela época, ainda não entender certas coisas como a diferença entre o preconceito, a pena e a simples ignorância de uma criança ou mesmo de um adulto, e ainda assim aproveitá-la, e brincar como qualquer um o faria, percebendo as diferenças entre as pessoas. Usar minha condição como uma ferramenta mais literal que me permita me colocar no lugar dos outros e combater meus próprios receios.
Também as minhas virtudes e capacidades... Minha lealdade, inteligência, generosidade, empatia. Minha habilidade de prestar atenção nos detalhes e valorizá-los. A minha curiosidade. A minha vontade de viver mais devagar, com menos expectativa, e de fazer os outros sorrirem. Como eu não me esqueço do lado bom, mesmo daquilo que é ruim ou que não existe mais.
Talvez elas sejam tudo de bom que ainda existe dentro de mim, embora ultimamente não esteja lhes dando o valor que merecem. Sei que eu não seria humana, uma pessoa completa, se não houvesse a dor, a tristeza, o medo, as falhas. Mas de vez em quando eu me esqueço de que existe mais que isso, assim como existe um mundo inteiro por trás da porta da minha casa.
Existem as minhas memórias, os meus desejos... Memórias que acho que não quero mais encarar só como partes do meu passado, mas também de quem sou no presente. Talvez, por muitas dessas memórias serem tão boas, eu seja tão ligada a um tempo que há muito se passou. De certa forma, a tenra idade e falta de consciência tornava as coisas mais fáceis, por assim dizer, pois elas não eram tão abstratas.
A minha infância, já longínqua, mas ainda presente. Infância que considero que foi tranquila. Saber das minhas limitações e, naquela época, ainda não entender certas coisas como a diferença entre o preconceito, a pena e a simples ignorância de uma criança ou mesmo de um adulto, e ainda assim aproveitá-la, e brincar como qualquer um o faria, percebendo as diferenças entre as pessoas. Usar minha condição como uma ferramenta mais literal que me permita me colocar no lugar dos outros e combater meus próprios receios.
Também as minhas virtudes e capacidades... Minha lealdade, inteligência, generosidade, empatia. Minha habilidade de prestar atenção nos detalhes e valorizá-los. A minha curiosidade. A minha vontade de viver mais devagar, com menos expectativa, e de fazer os outros sorrirem. Como eu não me esqueço do lado bom, mesmo daquilo que é ruim ou que não existe mais.
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
(In)completa busca
Há de chegar
o dia em
que a dor
acabará, por fim.
Em que eu
não mais sentirei
todo esse ódio,
vazio e frustração.
Eu terei coisas
felizes e revigorantes
para te contar,
da nova vida.
Da vida que
será tão minha,
mesmo que jamais
seja sempre rosas.
O dia em
que me sentirei
viva, livre, útil
e sorrirei mais.
Em que dividiremos
as pequenas coisas
que nos fazem
ainda mais felizes.
o dia em
que a dor
acabará, por fim.
Em que eu
não mais sentirei
todo esse ódio,
vazio e frustração.
Eu terei coisas
felizes e revigorantes
para te contar,
da nova vida.
Da vida que
será tão minha,
mesmo que jamais
seja sempre rosas.
O dia em
que me sentirei
viva, livre, útil
e sorrirei mais.
Em que dividiremos
as pequenas coisas
que nos fazem
ainda mais felizes.
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Sigo aqui
Mesmo que agora, neste instante, e na verdade nos últimos tempos, eu venha tentando encontrar algo que me faça sentir viva e útil e falhado, ainda estou aqui. Eu ainda não desisti e nem posso. Porque apesar da culpa que não faz sentido, da ansiedade, da solidão, da sensação de sufocamento, das vezes em que surgem vontades de chorar até derreter, eu ainda estou aqui.
Talvez porque eu felizmente não deixei de achar graça nas menores coisas, mesmo que a maioria dos dias esteja estranha e sem muito propósito. Sem cor. Mas, se eu for bem sincera, tenho um gosto particular por fotografias em preto e branco. Sei lá, me transmitem uma sensação de que o tempo parou de verdade naquele instante. E eu venho aprendendo a ver a beleza dos dias chuvosos e nublados. Às vezes parece que as horas passam só lá fora; ou só dentro de mim.
Talvez porque eu ainda tenha sonhos, e que, apesar de todos os medos aqui dentro, aprendo a conviver com os sentimentos. Que por mais difíceis que certas coisas sejam agora, um dia não serão mais. Tornar-se-ão motivos do meu riso quando eu olhar à minha volta e perceber que fiz o que pude para ser o que quis e viver do modo mais honesto e sincero possível. Que seja algo meu e me preencha e ninguém possa tirar de mim.
Tudo acontece ao seu tempo, e a vida está em cada segundo. Nas palavras que leio e escrevo, numa caneca de café com leite, naquele abraço carinhoso que alivia a saudade, naquela bobagenzinha que desperta um sorriso ou vários. O que tenho e o que quero para mim. Nas vezes em que choro tentando entender o que acontece comigo. No exercício de paciência comigo mesma a cada dia. No concreto que enxergo no etéreo. Em todos os momentos em que me recolho na minha solidão, para poder conversar com ela.
Porque para aprender a sorrir e a viver, tenho que chorar e morrer. Ambos agora, neste instante.
Talvez porque eu felizmente não deixei de achar graça nas menores coisas, mesmo que a maioria dos dias esteja estranha e sem muito propósito. Sem cor. Mas, se eu for bem sincera, tenho um gosto particular por fotografias em preto e branco. Sei lá, me transmitem uma sensação de que o tempo parou de verdade naquele instante. E eu venho aprendendo a ver a beleza dos dias chuvosos e nublados. Às vezes parece que as horas passam só lá fora; ou só dentro de mim.
Talvez porque eu ainda tenha sonhos, e que, apesar de todos os medos aqui dentro, aprendo a conviver com os sentimentos. Que por mais difíceis que certas coisas sejam agora, um dia não serão mais. Tornar-se-ão motivos do meu riso quando eu olhar à minha volta e perceber que fiz o que pude para ser o que quis e viver do modo mais honesto e sincero possível. Que seja algo meu e me preencha e ninguém possa tirar de mim.
Tudo acontece ao seu tempo, e a vida está em cada segundo. Nas palavras que leio e escrevo, numa caneca de café com leite, naquele abraço carinhoso que alivia a saudade, naquela bobagenzinha que desperta um sorriso ou vários. O que tenho e o que quero para mim. Nas vezes em que choro tentando entender o que acontece comigo. No exercício de paciência comigo mesma a cada dia. No concreto que enxergo no etéreo. Em todos os momentos em que me recolho na minha solidão, para poder conversar com ela.
Porque para aprender a sorrir e a viver, tenho que chorar e morrer. Ambos agora, neste instante.
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Desastrada
Minhas mãos
podem não
ser as
mais delicadas
ou quentinhas...
Mas sempre
estarão aqui
para oferecer
um carinho,
um conforto.
Meus braços
podem ser
meio desajeitados,
sem costume
de abraçar...
Mas tu
tens teu
lugar dentro
deles, à
tua espera.
Posso não
me achar
a mais
bela mulher,
entre tantas...
Mas tu
sempre me
lembras das
minhas virtudes,
minha beleza.
Posso ter
certo medo
de encarar
os olhos
dos outros...
Mas sei
que nos
teus encontro
a tranquilidade,
a paz.
podem não
ser as
mais delicadas
ou quentinhas...
Mas sempre
estarão aqui
para oferecer
um carinho,
um conforto.
Meus braços
podem ser
meio desajeitados,
sem costume
de abraçar...
Mas tu
tens teu
lugar dentro
deles, à
tua espera.
Posso não
me achar
a mais
bela mulher,
entre tantas...
Mas tu
sempre me
lembras das
minhas virtudes,
minha beleza.
Posso ter
certo medo
de encarar
os olhos
dos outros...
Mas sei
que nos
teus encontro
a tranquilidade,
a paz.
domingo, 13 de setembro de 2015
Só não some, tá?
Eu olho hoje para aquele texto que te mostrei tempos atrás e percebo que não deveria tê-lo mostrado. Que o que eu disse naquele dia deveria ter ficado comigo. Porque, apesar de válido, foi escrito num momento em que comecei a parar e ser brutalmente honesta comigo e meus sentimentos. A tentar botá-los para fora do jeito que estão para ver do que sou feita, quem eu sou, o que preciso e quero modificar.
A verdade é que naquela hora eu me senti sozinha, esquisita. Odiei o quanto as coisas mudam, o quanto o tempo passa. Mas se a mudança existe mesmo, é para fazer de nós pessoas melhores, não acha? A verdade é que, quando escrevi aquilo, estava sentindo tua falta, justamente porque tanta coisa mudou. Estava e posso dizer que ainda estou com medo de que alguns aspectos tenham se perdido para sempre... Porque não dá para forçar um vínculo que não existe mais, seja lá por que motivo.
Porque é claro que a distância interfere, de um modo ou outro. Cada um segue sua vida, ainda mais no contexto em que estamos. Só espero que não tenha interferido em tudo. Da minha parte, não. Até porque as memórias ajudam nesse sentido. Quanto mais eu vivo, mas aprendo que todos os estágios de distância podem ser benéficos quando sabemos o que fazer quando ela existe e quando não, então não se sinta culpada, certo?
A vida é louca mesmo. Nos bate até absorvermos a lição. Além do mais, eu mesma passo meses sem ver amigas que moram no mesmo lugar que eu e sem nem mandar nem uma mensagem (risos). Todos somos farinhas do mesmo tipo, no fim das contas.
Quando me lembro das vezes em que apontei teus defeitos, lembro dos meus, sobre os quais nunca ouvi uma palavra de ti. Quando recordo das vezes em que fui cruel contigo, também surgem todas as vezes em que tu aceitaste minhas desculpas estranhas. E essas foram só algumas das muitas coisas que aprendi contigo. O que a gente tinha era tão bom e só agora eu noto.
Independentemente do que acontecer amanhã, hoje eu te digo: te agradeço por tudo, tudo mesmo. Só não some de vez, tá? Porque eu ainda estou aqui; só não me deixa essa sensação de fim de festa boa. E se sumir, não se preocupe. Foi porque o mundo girou e teve que ser assim, talvez nem importe a razão. Nem tudo o que é bonito precisa durar para sempre, embora seja um pouco triste. Mas não sou de guardar rancor, tu sabes. O tempo cura e ensina.
A verdade é que naquela hora eu me senti sozinha, esquisita. Odiei o quanto as coisas mudam, o quanto o tempo passa. Mas se a mudança existe mesmo, é para fazer de nós pessoas melhores, não acha? A verdade é que, quando escrevi aquilo, estava sentindo tua falta, justamente porque tanta coisa mudou. Estava e posso dizer que ainda estou com medo de que alguns aspectos tenham se perdido para sempre... Porque não dá para forçar um vínculo que não existe mais, seja lá por que motivo.
Porque é claro que a distância interfere, de um modo ou outro. Cada um segue sua vida, ainda mais no contexto em que estamos. Só espero que não tenha interferido em tudo. Da minha parte, não. Até porque as memórias ajudam nesse sentido. Quanto mais eu vivo, mas aprendo que todos os estágios de distância podem ser benéficos quando sabemos o que fazer quando ela existe e quando não, então não se sinta culpada, certo?
A vida é louca mesmo. Nos bate até absorvermos a lição. Além do mais, eu mesma passo meses sem ver amigas que moram no mesmo lugar que eu e sem nem mandar nem uma mensagem (risos). Todos somos farinhas do mesmo tipo, no fim das contas.
Quando me lembro das vezes em que apontei teus defeitos, lembro dos meus, sobre os quais nunca ouvi uma palavra de ti. Quando recordo das vezes em que fui cruel contigo, também surgem todas as vezes em que tu aceitaste minhas desculpas estranhas. E essas foram só algumas das muitas coisas que aprendi contigo. O que a gente tinha era tão bom e só agora eu noto.
Independentemente do que acontecer amanhã, hoje eu te digo: te agradeço por tudo, tudo mesmo. Só não some de vez, tá? Porque eu ainda estou aqui; só não me deixa essa sensação de fim de festa boa. E se sumir, não se preocupe. Foi porque o mundo girou e teve que ser assim, talvez nem importe a razão. Nem tudo o que é bonito precisa durar para sempre, embora seja um pouco triste. Mas não sou de guardar rancor, tu sabes. O tempo cura e ensina.
sábado, 12 de setembro de 2015
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
09/02/2012
Não tente me testar;
eu gosto de superar limites.
Não cutuque uma
leoa onde não deve.
Eu posso fazer da sua vida
um inferno.
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
04/02/2012
Uma coisa que me
agrada quando
estou sozinha é que
não preciso agradar ninguém
ou fingir que estou satisfeita.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Os meus futuros dias
Não sei se me serve de consolo, mas acho que desde os quinze anos de idade eu finalmente descobri aquilo no qual sou realmente boa e decidi trabalhar com isso: tradução em inglês, já que sempre tive paixão pelas palavras e por idiomas em geral. Acho que mesmo se não tivesse as limitações físicas que tenho, as humanas sempre seriam meu forte (como testemunha está meu professor de matemática por sete anos, da metade do fundamental até o ensino médio).
Eu certamente nunca serviria para ser médica ou engenheira, acreditem em mim.
Por mais certa que esteja disso hoje, um dia já tive dúvidas se era a coisa certa a fazer. De certa forma, ainda tenho, porque faz parte da ansiedade de saber que o mundo te cobra e que a vida adulta é mais longa do que parece. Quero que os anos estudando o que amo não sejam desperdiçados depois. Que a mudança de ares me dê também uma vida nova. Acordar com disposição por saber que pago minhas contas fazendo o que sei de melhor, ou pelo menos o melhor que posso (tradução: não odiar meu emprego).
E no fim do dia, descansar um pouco, ter alguém para quem contar do meu dia, ouvir uma música, tomar um chá... Que as noites não sejam mais tão insones. Saber que consigo me virar. Que as palavras sigam desenhando a vida que tenho, a que tive e a que terei.
Eu certamente nunca serviria para ser médica ou engenheira, acreditem em mim.
Por mais certa que esteja disso hoje, um dia já tive dúvidas se era a coisa certa a fazer. De certa forma, ainda tenho, porque faz parte da ansiedade de saber que o mundo te cobra e que a vida adulta é mais longa do que parece. Quero que os anos estudando o que amo não sejam desperdiçados depois. Que a mudança de ares me dê também uma vida nova. Acordar com disposição por saber que pago minhas contas fazendo o que sei de melhor, ou pelo menos o melhor que posso (tradução: não odiar meu emprego).
E no fim do dia, descansar um pouco, ter alguém para quem contar do meu dia, ouvir uma música, tomar um chá... Que as noites não sejam mais tão insones. Saber que consigo me virar. Que as palavras sigam desenhando a vida que tenho, a que tive e a que terei.
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
domingo, 6 de setembro de 2015
XI
Oi, meu querido.
A noite passada foi outra na qual me rendi às lágrimas. Fazia certo tempo que não chorava assim, mas acho que foi bom, me fez bem. Me senti estranha o dia todo, com muitas coisas guardadas. Precisava botá-las para fora de algum jeito.
Uma vez tu me disseste que as lágrimas são sentimentos líquidos; tão intensos que palavras não conseguem expressar. Posso dizer que, a cada dia que se vai, mais acredito nisso. Talvez essa seja a razão de eu ser tão sensível e chorar mesmo em situações alegres.
Sei que logo de cara percebeste esse lado meu. E que hoje, por mais que te doa, já estás acostumado e entendes as razões que estão lá. Entre elas, o fato de me fazeres tão feliz e acalmar meu coração como ninguém. E eu sou tão grata por isso!
Contigo eu aprendi que o amor verdadeiro é e merece ser dado de graça; e que nem todas as lágrimas sinceras são de tristeza. Às vezes, elas podem vir acompanhadas de um abraço, de saudade, de um sorriso. Me sinto tão livre, não preciso explicar nada...
Obrigada por me dar a mão quando o labirinto ficou escuro. Hoje já não dói tanto, porque passei a entender melhor. Eu te amo!
Da tua irmã, tua manteiga derretida.
A noite passada foi outra na qual me rendi às lágrimas. Fazia certo tempo que não chorava assim, mas acho que foi bom, me fez bem. Me senti estranha o dia todo, com muitas coisas guardadas. Precisava botá-las para fora de algum jeito.
Uma vez tu me disseste que as lágrimas são sentimentos líquidos; tão intensos que palavras não conseguem expressar. Posso dizer que, a cada dia que se vai, mais acredito nisso. Talvez essa seja a razão de eu ser tão sensível e chorar mesmo em situações alegres.
Sei que logo de cara percebeste esse lado meu. E que hoje, por mais que te doa, já estás acostumado e entendes as razões que estão lá. Entre elas, o fato de me fazeres tão feliz e acalmar meu coração como ninguém. E eu sou tão grata por isso!
Contigo eu aprendi que o amor verdadeiro é e merece ser dado de graça; e que nem todas as lágrimas sinceras são de tristeza. Às vezes, elas podem vir acompanhadas de um abraço, de saudade, de um sorriso. Me sinto tão livre, não preciso explicar nada...
Obrigada por me dar a mão quando o labirinto ficou escuro. Hoje já não dói tanto, porque passei a entender melhor. Eu te amo!
Da tua irmã, tua manteiga derretida.
sábado, 5 de setembro de 2015
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
A memória é armadilha
A verdade é que tenho que manejar o lado negativo de ter boa memória e me desapegar um pouco do passado (sem, é claro, ignorar as partes bonitas dele). Tentar viver mais o agora, como o agora em que escrevo estas palavras. Não pensar nos meu planos e sonhos como algo permanente, pois nada o é. Quantas vezes, seja por simples impulso ou dúvida, não mudei de ideia?
Se as pessoas e a vida são feitas de momentos, quero estar mais presente neles, porque o tempo passa e a gente nem repara direito. Justamente por isso, sinto pressa para viver ou pelo menos me sentir viva, mas não é assim que funciona, eu sei. Cada segundo vale, até aqueles que acho que foram desperdiçados.
A questão é eu ter paciência, respirar. Pensar no que importa para mim e no que quero para mim, independentemente do que digam. Tirar proveito da minha solidão e não deixar que meu coração fique vazio de coisas boas e pesado de amargura, tristeza, frustração.
Se as pessoas e a vida são feitas de momentos, quero estar mais presente neles, porque o tempo passa e a gente nem repara direito. Justamente por isso, sinto pressa para viver ou pelo menos me sentir viva, mas não é assim que funciona, eu sei. Cada segundo vale, até aqueles que acho que foram desperdiçados.
A questão é eu ter paciência, respirar. Pensar no que importa para mim e no que quero para mim, independentemente do que digam. Tirar proveito da minha solidão e não deixar que meu coração fique vazio de coisas boas e pesado de amargura, tristeza, frustração.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
terça-feira, 1 de setembro de 2015
O velho caderno
E naquele velho caderno, que há tanto tempo ficou esquecido numa garagem, dentro de uma caixa, há tanto de mim, do meu novo eu. Suas páginas se tornaram a mesa onde deito o alimento da minha nova velha alma.
Nas páginas arrancadas, palavras que não eram minhas, escritas por mão alheia. Mas também várias outras vindas de mim.
Nas que ficaram, anotações de tempos de uma faculdade que não cheguei a terminar. Às vezes na minha melhor letra cursiva, outras na fôrma de quem pouco está se importante. Cartas inacabadas ou não, que nunca chegarão ao destinatário. Versos novos, metrados como jamais foram antes.
Confissões que nunca me imaginei fazendo. Textos inteiros dos quais desisti. Listas de músicas que combinam com realidades que não são minhas. Aquele velho caderno foi e por enquanto ainda é o meu refúgio quando a minha mente resolve gritar.
Sei que preciso aprender a calar mais, a ouvir mais. Então, que a tinta derrame tudo o que a minha voz não disser, assim como meus olhos.
Nas páginas arrancadas, palavras que não eram minhas, escritas por mão alheia. Mas também várias outras vindas de mim.
Nas que ficaram, anotações de tempos de uma faculdade que não cheguei a terminar. Às vezes na minha melhor letra cursiva, outras na fôrma de quem pouco está se importante. Cartas inacabadas ou não, que nunca chegarão ao destinatário. Versos novos, metrados como jamais foram antes.
Confissões que nunca me imaginei fazendo. Textos inteiros dos quais desisti. Listas de músicas que combinam com realidades que não são minhas. Aquele velho caderno foi e por enquanto ainda é o meu refúgio quando a minha mente resolve gritar.
Sei que preciso aprender a calar mais, a ouvir mais. Então, que a tinta derrame tudo o que a minha voz não disser, assim como meus olhos.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Até os sorrisos de dentes podres (ou mesmo ausentes) podem ser bonitos, desde que sejam verdadeiros. Talvez eles comecem pelo coração, viajem até os olhos e descansem numa contração do rosto. E sejam mais do que dentes, mas sentimentos genuínos e indefiníveis, sem sacanagem. Que surjam naturalmente, impossíveis de serem contidos, e façam as marcas do tempo valerem a pena.
domingo, 30 de agosto de 2015
sábado, 29 de agosto de 2015
O contato
Uma coisa que com o tempo percebi ser muito peculiar é a de que, no contexto em que vivo, existe muito contato físico. Como ainda preciso de ajuda para muitas coisas, o tato é muito presente. E, ao mesmo tempo, não sou acostumada com isso.
Claro que fora isso, existem as ocasiões com as demonstrações de afeto dos meus pais, embora eu confesse que não seja a mais carinhosa das filhas ou dessas que consiga dizer “eu te amo” com todas as letras a eles, embora sinta que seja mais fácil com outras pessoas, ou não. Essa questão é muito mais ampla. O que quero dizer é que, desconsiderando essas situações, eu noto que não sou acostumada com contato físico.
Talvez isso tenha feito com que eu ficasse biologicamente mais sensível ao toque em si. É como se eu conseguisse diferenciar uma pessoa da outra e como ela me faz sentir, quando isso acontece. É louco, mas não consigo evitar.
Para se ter uma ideia, tirando os meus pais, que são exceção em tudo, eu consigo perceber quando o toque de alguém é apenas acaso, afobação e/ou necessidade e quando há uma situação diferente envolvida. Quando sinto como se a pessoa quisesse dizer em linguagem não verbal “ei, quero que você saiba que estou aqui, que eu me importo, quero que você sinta isso”. O que também vejo nos olhos desse alguém em grande parte das vezes.
É tão diferente, tão interessante.
Não soube de verdade o quanto um abraço sincero, sem situação forçada e estranha (pelo menos a meu ver) é bom, até que ele me abraçou pela primeira vez, por ser parte do seu jeito de ser e por com isso tentar me agradecer por estar ali com ele. Foi inesperado, mas gostoso, natural. Tanto que acabei pedindo bis, no meio daquela mistura de emoções com as quais espero que ele já esteja acostumado (risos).
E hoje isso é parte do que temos, parte do nosso jeito um com o outro. Automático, sem ser manjado. Simples, leve como uma flor. Ele junta aquele coração gigante com o meu e ficamos assim. Foi depois disso e da paz colossal de um simples aperto de mão que a minha percepção até com as outras pessoas mudou. Notei que havia esses detalhes. E talvez a graça e o segredo da vida estejam justamente nos detalhes.
Suponho que por esse motivo, por mais “acostumada” que eu já seja com a sensação física do carinho daquele moço, ele sempre me despertará algo de novo. Algo de confortável, suave, bonito, bom. Porque eu sei que até mesmo quando não conseguimos ter isso de modo concreto, temos de modo etéreo. O sinto comigo, perto de mim. Quando acontece, sei que é isso que ele quer dizer, mesmo sem precisar dizer nada. E eu tento devolver da melhor maneira que consigo.
Só sei que um aperto de mão, um abraço e um beijo mudaram minha vida. Deram-me esperança.
Claro que fora isso, existem as ocasiões com as demonstrações de afeto dos meus pais, embora eu confesse que não seja a mais carinhosa das filhas ou dessas que consiga dizer “eu te amo” com todas as letras a eles, embora sinta que seja mais fácil com outras pessoas, ou não. Essa questão é muito mais ampla. O que quero dizer é que, desconsiderando essas situações, eu noto que não sou acostumada com contato físico.
Talvez isso tenha feito com que eu ficasse biologicamente mais sensível ao toque em si. É como se eu conseguisse diferenciar uma pessoa da outra e como ela me faz sentir, quando isso acontece. É louco, mas não consigo evitar.
Para se ter uma ideia, tirando os meus pais, que são exceção em tudo, eu consigo perceber quando o toque de alguém é apenas acaso, afobação e/ou necessidade e quando há uma situação diferente envolvida. Quando sinto como se a pessoa quisesse dizer em linguagem não verbal “ei, quero que você saiba que estou aqui, que eu me importo, quero que você sinta isso”. O que também vejo nos olhos desse alguém em grande parte das vezes.
É tão diferente, tão interessante.
Não soube de verdade o quanto um abraço sincero, sem situação forçada e estranha (pelo menos a meu ver) é bom, até que ele me abraçou pela primeira vez, por ser parte do seu jeito de ser e por com isso tentar me agradecer por estar ali com ele. Foi inesperado, mas gostoso, natural. Tanto que acabei pedindo bis, no meio daquela mistura de emoções com as quais espero que ele já esteja acostumado (risos).
E hoje isso é parte do que temos, parte do nosso jeito um com o outro. Automático, sem ser manjado. Simples, leve como uma flor. Ele junta aquele coração gigante com o meu e ficamos assim. Foi depois disso e da paz colossal de um simples aperto de mão que a minha percepção até com as outras pessoas mudou. Notei que havia esses detalhes. E talvez a graça e o segredo da vida estejam justamente nos detalhes.
Suponho que por esse motivo, por mais “acostumada” que eu já seja com a sensação física do carinho daquele moço, ele sempre me despertará algo de novo. Algo de confortável, suave, bonito, bom. Porque eu sei que até mesmo quando não conseguimos ter isso de modo concreto, temos de modo etéreo. O sinto comigo, perto de mim. Quando acontece, sei que é isso que ele quer dizer, mesmo sem precisar dizer nada. E eu tento devolver da melhor maneira que consigo.
Só sei que um aperto de mão, um abraço e um beijo mudaram minha vida. Deram-me esperança.
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
28/08/2015
Com certeza eu sou muito dura comigo mesma. Principalmente quando comecei a perceber minhas falhas. Comecei a achar que sentimentos tratam-se de meritocracia, mesmo que isso seja ridículo, eu sei.
Comecei a achar que não sou boa companhia. Que sou a mais intragável das pessoas, e que não sou capaz de suportá-las também.
Só espero conseguir que a vida faça de mim alguém melhor. Que os outros me ensinem a aceitar a mim mesma e a eles. Que eu não me esqueça de que sou tão vulnerável e vítima do crescimento pessoal quanto qualquer outro.
Não quero ser segura, quero ser normal. Saber conviver. Saber mudar, querendo mudar.
Comecei a achar que não sou boa companhia. Que sou a mais intragável das pessoas, e que não sou capaz de suportá-las também.
Só espero conseguir que a vida faça de mim alguém melhor. Que os outros me ensinem a aceitar a mim mesma e a eles. Que eu não me esqueça de que sou tão vulnerável e vítima do crescimento pessoal quanto qualquer outro.
Não quero ser segura, quero ser normal. Saber conviver. Saber mudar, querendo mudar.
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Diálogos
Sim, entre as muitas coisas que herdei do meu pai, está o fato de que falamos sozinhos. Mas eu juro que não é o tempo todo como ele (risos).
Falo sozinha quando penso alto enquanto estudo matemática, ou qualquer outra coisa, mas em especial matemática. Falo sozinha na cama, enquanto espero o sono chegar, já que minha cabeça demora para descansar por causa da insônia. Quantas páginas de romance, poemas ou textos inteiros eu escrevi ou poderia ter escrito enquanto não dormia?
É impressionante como produzo em escala literária durante a noite, por mais que devesse estar dormindo. É como se meu cérebro aproveitasse a quietude da sala ou do quarto para me fazer repassar minhas pseudoverdades. Na maioria das vezes, é na hora em que o resto do mundo se recolhe que eu começo a viver. Não como uma máquina feita para agradar o sistema, mas para agradar a mim mesma.
Porque não é possível que não haja pelo menos uma vantagem em ter olheiras gigantes e horas de sonolência no dia seguinte.
Talvez eu seja uma pessoa da madrugada mesmo. Digamos que, nesse tempo, eu converse comigo mesma, literal e metaforicamente. Neste exato momento, estou fazendo justamente isso. Eu choro e me consolo. Rio. Me faço cafuné. Tento achar um jeito de preencher a ausência física de um amigo que mora a quilômetros de mim, mas que está sempre no meu coração, como sei que estou no dele. Quando estive apaixonada, me imaginei nos braços de meus objetos de afeição. Eu sou eu, e ao mesmo tempo, quem eu gostaria de ser.
Descubro os detalhes do meu passado. Olho para mim mesma de fora para dentro e de dentro para fora. Tento gostar da solidão. Fico com medo e em alerta, porque os monstros estão sempre à espreita. Tive o segundo maior ataque de pânico da minha vida, não muito tempo atrás.
Enquanto não encontro nada ou ninguém que mude isso, ou melhor, parte disso, já que tenho certeza que o melhor e mais verdadeiro de mim sempre aparecerá de madrugada, eu sigo aqui, nos meus diálogos particulares, ou nem tanto assim.
Falo sozinha quando penso alto enquanto estudo matemática, ou qualquer outra coisa, mas em especial matemática. Falo sozinha na cama, enquanto espero o sono chegar, já que minha cabeça demora para descansar por causa da insônia. Quantas páginas de romance, poemas ou textos inteiros eu escrevi ou poderia ter escrito enquanto não dormia?
É impressionante como produzo em escala literária durante a noite, por mais que devesse estar dormindo. É como se meu cérebro aproveitasse a quietude da sala ou do quarto para me fazer repassar minhas pseudoverdades. Na maioria das vezes, é na hora em que o resto do mundo se recolhe que eu começo a viver. Não como uma máquina feita para agradar o sistema, mas para agradar a mim mesma.
Porque não é possível que não haja pelo menos uma vantagem em ter olheiras gigantes e horas de sonolência no dia seguinte.
Talvez eu seja uma pessoa da madrugada mesmo. Digamos que, nesse tempo, eu converse comigo mesma, literal e metaforicamente. Neste exato momento, estou fazendo justamente isso. Eu choro e me consolo. Rio. Me faço cafuné. Tento achar um jeito de preencher a ausência física de um amigo que mora a quilômetros de mim, mas que está sempre no meu coração, como sei que estou no dele. Quando estive apaixonada, me imaginei nos braços de meus objetos de afeição. Eu sou eu, e ao mesmo tempo, quem eu gostaria de ser.
Descubro os detalhes do meu passado. Olho para mim mesma de fora para dentro e de dentro para fora. Tento gostar da solidão. Fico com medo e em alerta, porque os monstros estão sempre à espreita. Tive o segundo maior ataque de pânico da minha vida, não muito tempo atrás.
Enquanto não encontro nada ou ninguém que mude isso, ou melhor, parte disso, já que tenho certeza que o melhor e mais verdadeiro de mim sempre aparecerá de madrugada, eu sigo aqui, nos meus diálogos particulares, ou nem tanto assim.
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Aceitação
A cada dia me surpreendo comigo mesma. Com o quanto as circunstâncias de ter sintomas de depressão de quando em quando me fez me conhecer melhor, de maneiras que nunca tinha imaginado antes. Fico abismada com - mesmo que muitas vezes eu me sinta diferente dos outros de maneira negativa – o quanto sou humana.
Tenho aprendido a olhar para meus defeitos como se deve e aceitá-los como parte de mim, sem usá-los como desculpa para não assumir minhas responsabilidades. Porque, honestamente, pessoas sem defeito são entediantes. Sejam eles no caráter ou na aparência.
Confesso que fui muito egocêntrica quando criança; dessas de querer que os outros se curvem às suas vontades e opiniões sem pestanejar e de ser a primeira em tudo. De provar pros outros que sou boa no que me disponho a fazer. Embora este defeito talvez nunca desapareça por completo, claro que aprendi como as coisas funcionam. O mundo definitivamente não gira ao meu redor e gosto de pessoas que me mostram isso de modo sutil, de verdade, porque eu juro que hoje o faço sem perceber.
Acho que o que mais me deixa feliz e ao mesmo tempo estranha é que, por mais que o modo como fui criada e o contexto em que vivo tenham me “cobrado” para que eu amadurecesse bem mais cedo que as outras pessoas da minha idade em muitos aspectos, ainda sou uma criança em muitas coisas. Há muito que preciso aprender, e me dar o tempo certo de aprender.
E por trás dessa minha cara de quem sabe que não é melhor ou pior do que ninguém está alguém que está aprendendo a se gostar pra valer. Que só usa maquiagem quando tem alguma festa boa, que gosta do cabelo da cor que é, mesmo que ele seja insano. Que se pergunta se um dia as coisas mudarão, sendo que estão sempre mudando. Que há algum tempo vem se achando gorda e um pouco feia. Que se sente sozinha e carente. Que fica vulnerável e chora, mas não quer pena de ninguém. Que acredita no poder da motivação. Que se fere fácil, tem o coração mole.
Que não se sente o suficiente nem para si mesma. Que acorda sem saber o que fazer com a própria vida, mesmo que já tenha “planos para a faculdade”. Alguém cuja ansiedade não a deixa perceber que está viva neste exato segundo. Alguém para quem um simples gesto significa um monte. Alguém para quem as dúvidas da adolescência ainda não acabaram e que tem medo da vida adulta. Que, por mais que tenha completado duas décadas de vida, sempre será uma criança internamente. Ou, pelo menos, acha que sim.
Dessas que aposta todas as fichas na vida, mas que quer um beijo e um band-aid para quando cair no chão. Mesmo que, na maior parte das vezes, quem tenha de fazer isso seja ela própria.
Tenho aprendido a olhar para meus defeitos como se deve e aceitá-los como parte de mim, sem usá-los como desculpa para não assumir minhas responsabilidades. Porque, honestamente, pessoas sem defeito são entediantes. Sejam eles no caráter ou na aparência.
Confesso que fui muito egocêntrica quando criança; dessas de querer que os outros se curvem às suas vontades e opiniões sem pestanejar e de ser a primeira em tudo. De provar pros outros que sou boa no que me disponho a fazer. Embora este defeito talvez nunca desapareça por completo, claro que aprendi como as coisas funcionam. O mundo definitivamente não gira ao meu redor e gosto de pessoas que me mostram isso de modo sutil, de verdade, porque eu juro que hoje o faço sem perceber.
Acho que o que mais me deixa feliz e ao mesmo tempo estranha é que, por mais que o modo como fui criada e o contexto em que vivo tenham me “cobrado” para que eu amadurecesse bem mais cedo que as outras pessoas da minha idade em muitos aspectos, ainda sou uma criança em muitas coisas. Há muito que preciso aprender, e me dar o tempo certo de aprender.
E por trás dessa minha cara de quem sabe que não é melhor ou pior do que ninguém está alguém que está aprendendo a se gostar pra valer. Que só usa maquiagem quando tem alguma festa boa, que gosta do cabelo da cor que é, mesmo que ele seja insano. Que se pergunta se um dia as coisas mudarão, sendo que estão sempre mudando. Que há algum tempo vem se achando gorda e um pouco feia. Que se sente sozinha e carente. Que fica vulnerável e chora, mas não quer pena de ninguém. Que acredita no poder da motivação. Que se fere fácil, tem o coração mole.
Que não se sente o suficiente nem para si mesma. Que acorda sem saber o que fazer com a própria vida, mesmo que já tenha “planos para a faculdade”. Alguém cuja ansiedade não a deixa perceber que está viva neste exato segundo. Alguém para quem um simples gesto significa um monte. Alguém para quem as dúvidas da adolescência ainda não acabaram e que tem medo da vida adulta. Que, por mais que tenha completado duas décadas de vida, sempre será uma criança internamente. Ou, pelo menos, acha que sim.
Dessas que aposta todas as fichas na vida, mas que quer um beijo e um band-aid para quando cair no chão. Mesmo que, na maior parte das vezes, quem tenha de fazer isso seja ela própria.
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Fantasmas
Os dias passam e eu me sinto cada vez mais esquisita. Mesmo as perspectivas e ambições que tenho não me impedem de ver o futuro como algo obscurecido por uma densa névoa. E o meu passado, como um fantasma que não posso ver ou tocar, mas que está sempre presente.
Talvez as únicas coisas que as minhas ambições dizem sobre mim sejam como eu queria que minha vida fosse. Mas sei que a realidade é e provavelmente sempre será bem distinta.
E eu tenho medo. Me sinto infeliz e vagabunda.
Talvez as únicas coisas que as minhas ambições dizem sobre mim sejam como eu queria que minha vida fosse. Mas sei que a realidade é e provavelmente sempre será bem distinta.
E eu tenho medo. Me sinto infeliz e vagabunda.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Parceira?
Um dia quero
olhar para a
minha solidão e
ver o quanto
ela é bela.
Olhar em seus
olhos e perceber
o bem que
ela me traz.
Saber que posso
ser minha companhia
e adentrar o
meu próprio universo,
me conhecer melhor.
Eu quero me bastar.
olhar para a
minha solidão e
ver o quanto
ela é bela.
Olhar em seus
olhos e perceber
o bem que
ela me traz.
Saber que posso
ser minha companhia
e adentrar o
meu próprio universo,
me conhecer melhor.
Eu quero me bastar.
domingo, 23 de agosto de 2015
Dança comigo, querida?
Ela mal podia esperar para contar as boas novas a ele. Anos atrás, havia feito uma promessa de que, independentemente de qualquer coisa, se um dia ela conseguisse tal façanha, ele seria a primeira pessoa a saber. Assim que soube que seu amigo estava na cidade, ambos marcaram um encontro para poderem conversar melhor e aliviar a saudade.
Ela não sabia como havia conseguido manter o mistério até aquele momento, muito menos convencer seus pais a fazer tudo com relação àquilo à sua própria maneira. Mas o importante era que ela teve paciência e perseverança e alcançou o objetivo.
Fazendo o possível para fingir que as coisas ainda eram as mesmas para manter o espírito, embora seu amigo ainda não houvesse chegado, ela sentou-se novamente na cadeira de rodas e usou o controle do motor para escolher uma mesa na cafeteria. Quando o garçom lhe perguntou se desejava alguma coisa, a mulher pediu pelo cardápio.
Enquanto olhava para frente sem prestar atenção em nada em particular, tomou um susto ao sentir dedos taparem seus olhos quando ela tirara os óculos de grau para coçar os cílios e um “Oi” grave e ao mesmo tempo suave lhe chegar aos ouvidos. Seu rosto se curvou num sorriso de maneira quase involuntária.
- Meu querido.
- Que bom te ver! – disse ele depois de beijá-la no rosto e passar um braço por suas costas. – Demorei, não é? Sinto muito.
- Na verdade, não. Acabei de chegar. – respondeu a mulher, tirando fios de cabelo de perto dos olhos e tentando focar nos dele. – Também senti sua falta.
- Então, o que anda fazendo? – perguntou ele.
- Ah, o de sempre. Trabalhando. De vez em quando, escrevo alguma coisa. E o senhor? – ambos riram, as linhas de expressão que aos poucos se transformavam em rugas descendo pelos cantos da boca.
- Eu também. Até tenho que te mostrar depois, um quadro novo que terminei essa semana.
- Ah, que ótimo, vou adorar ver. – após uma pausa, ela não pôde mais resistir. – Tenho que te contar uma novidade. Mas preciso que primeiro confie em mim e feche os olhos, é surpresa. Certo?
- Surpresa? Ah, meu Deus. – ele exclamou abanando a cabeça. Por fim, fechou os olhos.
- Mantenha fechados e espere um pouquinho. Nada de espiar!
- Está bem!
Ela manobrou a cadeira de modo que ficasse a certa distância da mesa e parou-a. Tentando fazer o mínimo de barulho possível, ela levantou-se e caminhou vagarosamente até ele, até parar em seu lado esquerdo, já que, como de costume, ele estava espalhado na cadeira. Estendeu a mão e tocou o rosto dele.
- Pode abrir. – sussurrou.
Quando abertos, ganharam aquele brilho diferente de que ela tanto gostava. Talvez a adrenalina o tenha deixado paralisado ou algo assim, pois tudo o que ele conseguiu fazer naquele instante foi enlaçá-la pela cintura ainda sentado.
- Não acredito! Como assim? Quando foi isso?
- Faz uns dois dias já. Na verdade estou usando bengala, mas como não nos vemos há muito tempo, quis te enganar hehehe. Te prometi que te contaria primeiro e aqui estou eu.
- Mas... Isso é maravilhoso, sis!* E conseguiu não me contar nada... Deixe-me vê-la. – ele se levantou de modo a ficar de frente para ela.
- É, sim. Como eu desejei ver as coisas de cima, não me sentir menor do que ninguém. – só o fato de o rosto dele estar tão perto do dela sem que ele precisasse ficar sentado a fazia ter vontade de chorar.
- Mas você é você. Só isso. – ele apertou-a contra o peito. – Ah, como é bom te abraçar assim.
- Eu te disse que se conseguisse, seria ainda melhor. Eu caberia aqui, mais perto do teu coração.
- É verdade. Você é tão pequenina, mas eu gosto disso. Mas me diga uma coisa: você consegue correr e andar completamente sozinha?
- Correr, não, e nem sei se poderei. Mas consigo andar sozinha, a bengala me ajuda. Quando vou percorrer grandes distâncias, gosto de levar alguém comigo, para o caso de eu perder o equilíbrio. Todavia consigo me virar bem, de modo geral.
- Só isso já é espetacular. Eu sempre acreditei que você pudesse. E mesmo se nunca conseguisse, nada mudaria. Não me incomodo de me abaixar, desde que consiga te dar um beijo e te abraçar.
- Agora vou poder andar ao teu lado, e não à tua frente. – sorriu ela. – E você não vai mais ter medo de me derrubar.
- Mas não se esqueça de prestar atenção na calçada, sabe como é.
- Claro. Agora lembrei de uma vez em que você me disse que queria dançar comigo, um dia.
- Não me lembro disso, mas claro que sim! Se você não sabe, eu te ensino. Dança comigo, querida? – ele perguntou, tomando distância, curvando-se de leve e estendendo a mão.
- Aceito. Avise se eu pisar nos seus pés. – ele fez que sim; ela tomou a mão dele e se deixou rodopiar. Automaticamente ambos entraram em posição de valsa e começaram a dançar no meio da praça. Em outras circunstâncias ela estaria com vergonha em sentir os olhares das pessoas em si, mas naquele momento isso foi a última coisa que lhe passou pela cabeça.
*diminutivo carinhoso em inglês; algo como "maninha"
Ela não sabia como havia conseguido manter o mistério até aquele momento, muito menos convencer seus pais a fazer tudo com relação àquilo à sua própria maneira. Mas o importante era que ela teve paciência e perseverança e alcançou o objetivo.
Fazendo o possível para fingir que as coisas ainda eram as mesmas para manter o espírito, embora seu amigo ainda não houvesse chegado, ela sentou-se novamente na cadeira de rodas e usou o controle do motor para escolher uma mesa na cafeteria. Quando o garçom lhe perguntou se desejava alguma coisa, a mulher pediu pelo cardápio.
Enquanto olhava para frente sem prestar atenção em nada em particular, tomou um susto ao sentir dedos taparem seus olhos quando ela tirara os óculos de grau para coçar os cílios e um “Oi” grave e ao mesmo tempo suave lhe chegar aos ouvidos. Seu rosto se curvou num sorriso de maneira quase involuntária.
- Meu querido.
- Que bom te ver! – disse ele depois de beijá-la no rosto e passar um braço por suas costas. – Demorei, não é? Sinto muito.
- Na verdade, não. Acabei de chegar. – respondeu a mulher, tirando fios de cabelo de perto dos olhos e tentando focar nos dele. – Também senti sua falta.
- Então, o que anda fazendo? – perguntou ele.
- Ah, o de sempre. Trabalhando. De vez em quando, escrevo alguma coisa. E o senhor? – ambos riram, as linhas de expressão que aos poucos se transformavam em rugas descendo pelos cantos da boca.
- Eu também. Até tenho que te mostrar depois, um quadro novo que terminei essa semana.
- Ah, que ótimo, vou adorar ver. – após uma pausa, ela não pôde mais resistir. – Tenho que te contar uma novidade. Mas preciso que primeiro confie em mim e feche os olhos, é surpresa. Certo?
- Surpresa? Ah, meu Deus. – ele exclamou abanando a cabeça. Por fim, fechou os olhos.
- Mantenha fechados e espere um pouquinho. Nada de espiar!
- Está bem!
Ela manobrou a cadeira de modo que ficasse a certa distância da mesa e parou-a. Tentando fazer o mínimo de barulho possível, ela levantou-se e caminhou vagarosamente até ele, até parar em seu lado esquerdo, já que, como de costume, ele estava espalhado na cadeira. Estendeu a mão e tocou o rosto dele.
- Pode abrir. – sussurrou.
Quando abertos, ganharam aquele brilho diferente de que ela tanto gostava. Talvez a adrenalina o tenha deixado paralisado ou algo assim, pois tudo o que ele conseguiu fazer naquele instante foi enlaçá-la pela cintura ainda sentado.
- Não acredito! Como assim? Quando foi isso?
- Faz uns dois dias já. Na verdade estou usando bengala, mas como não nos vemos há muito tempo, quis te enganar hehehe. Te prometi que te contaria primeiro e aqui estou eu.
- Mas... Isso é maravilhoso, sis!* E conseguiu não me contar nada... Deixe-me vê-la. – ele se levantou de modo a ficar de frente para ela.
- É, sim. Como eu desejei ver as coisas de cima, não me sentir menor do que ninguém. – só o fato de o rosto dele estar tão perto do dela sem que ele precisasse ficar sentado a fazia ter vontade de chorar.
- Mas você é você. Só isso. – ele apertou-a contra o peito. – Ah, como é bom te abraçar assim.
- Eu te disse que se conseguisse, seria ainda melhor. Eu caberia aqui, mais perto do teu coração.
- É verdade. Você é tão pequenina, mas eu gosto disso. Mas me diga uma coisa: você consegue correr e andar completamente sozinha?
- Correr, não, e nem sei se poderei. Mas consigo andar sozinha, a bengala me ajuda. Quando vou percorrer grandes distâncias, gosto de levar alguém comigo, para o caso de eu perder o equilíbrio. Todavia consigo me virar bem, de modo geral.
- Só isso já é espetacular. Eu sempre acreditei que você pudesse. E mesmo se nunca conseguisse, nada mudaria. Não me incomodo de me abaixar, desde que consiga te dar um beijo e te abraçar.
- Agora vou poder andar ao teu lado, e não à tua frente. – sorriu ela. – E você não vai mais ter medo de me derrubar.
- Mas não se esqueça de prestar atenção na calçada, sabe como é.
- Claro. Agora lembrei de uma vez em que você me disse que queria dançar comigo, um dia.
- Não me lembro disso, mas claro que sim! Se você não sabe, eu te ensino. Dança comigo, querida? – ele perguntou, tomando distância, curvando-se de leve e estendendo a mão.
- Aceito. Avise se eu pisar nos seus pés. – ele fez que sim; ela tomou a mão dele e se deixou rodopiar. Automaticamente ambos entraram em posição de valsa e começaram a dançar no meio da praça. Em outras circunstâncias ela estaria com vergonha em sentir os olhares das pessoas em si, mas naquele momento isso foi a última coisa que lhe passou pela cabeça.
*diminutivo carinhoso em inglês; algo como "maninha"
sábado, 22 de agosto de 2015
X
Olá, meu anjo. Que saudade…
Um dia, quero perceber que o silêncio é o bastante para nós. Talvez já seja, não sei. Mas quanto isso, a gente se entende no meio das metáforas. De enxergar nossa própria dor naquilo que os outros vivem e sentem. Nomear aquilo que não conseguimos ver, apenas sentir.
Enquanto isso, eu te abro meu coração deste jeito louco e verborrágico que aos poucos vai encontrar seu limite para não ser egoísta. Que se encanta com o fato de não te espantares com a bagunça, falta de luz elétrica ou a poeira dos móveis. Por entrar quietinho, deixar a porta encostada e ficar.
O faço na esperança de que faças o mesmo e que eu possa te retribuir; aprender a ouvir. Porque por mais complicadas que as coisas muitas vezes sejam, é mais fácil olhar para elas quando estou contigo.
Desejo que o silêncio se torne um dos nossos códigos tanto quanto quero ter cada vez menos receio de olhar em teus olhos, medo de não ser o bastante nem para mim mesma ou de ficar com vergonha/achar estranhas as tuas piadinhas sobre perfume e afins. Mas eu sei o que queres dizer com elas, não te preocupes. Só não sei direito como reagir a essa naturalidade, apesar de gostar dela. Deve ser porque nunca tive nada assim.
Se bem que, só com um abraço, a gente já se diz tanta coisa. Zero de linguagem verbal. Ou quando me abres esse sorriso tão doce e pegas a minha mão. Eu aceito e vou contigo. Porque, talvez por enquanto, esses sejam os nossos silêncios, e sempre o serão.
E se queres saber, eu já cansei de procurar explicação ou definição para isso. Para essa coisa tão gostosa, tão particular, tão nossa. Embora tenha o nome que lhe quisemos dar (e como eu gosto desse nome; parece que me mostra outro ângulo, outra face ainda mais bela), talvez só seja o que é por ter esse calor e lhe faltar definição.
Contigo eu entendi que essa palavra está lá, mesmo nos silêncios que não são bem silêncios. Em todos eles. Porque já ultrapassou qualquer fronteira do tipo, pelo menos para mim.
Da tua amiga.
Um dia, quero perceber que o silêncio é o bastante para nós. Talvez já seja, não sei. Mas quanto isso, a gente se entende no meio das metáforas. De enxergar nossa própria dor naquilo que os outros vivem e sentem. Nomear aquilo que não conseguimos ver, apenas sentir.
Enquanto isso, eu te abro meu coração deste jeito louco e verborrágico que aos poucos vai encontrar seu limite para não ser egoísta. Que se encanta com o fato de não te espantares com a bagunça, falta de luz elétrica ou a poeira dos móveis. Por entrar quietinho, deixar a porta encostada e ficar.
O faço na esperança de que faças o mesmo e que eu possa te retribuir; aprender a ouvir. Porque por mais complicadas que as coisas muitas vezes sejam, é mais fácil olhar para elas quando estou contigo.
Desejo que o silêncio se torne um dos nossos códigos tanto quanto quero ter cada vez menos receio de olhar em teus olhos, medo de não ser o bastante nem para mim mesma ou de ficar com vergonha/achar estranhas as tuas piadinhas sobre perfume e afins. Mas eu sei o que queres dizer com elas, não te preocupes. Só não sei direito como reagir a essa naturalidade, apesar de gostar dela. Deve ser porque nunca tive nada assim.
Se bem que, só com um abraço, a gente já se diz tanta coisa. Zero de linguagem verbal. Ou quando me abres esse sorriso tão doce e pegas a minha mão. Eu aceito e vou contigo. Porque, talvez por enquanto, esses sejam os nossos silêncios, e sempre o serão.
E se queres saber, eu já cansei de procurar explicação ou definição para isso. Para essa coisa tão gostosa, tão particular, tão nossa. Embora tenha o nome que lhe quisemos dar (e como eu gosto desse nome; parece que me mostra outro ângulo, outra face ainda mais bela), talvez só seja o que é por ter esse calor e lhe faltar definição.
Contigo eu entendi que essa palavra está lá, mesmo nos silêncios que não são bem silêncios. Em todos eles. Porque já ultrapassou qualquer fronteira do tipo, pelo menos para mim.
Da tua amiga.
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Anjo justo
Eu sei que
se tu pudesses,
tiraria de mim
o medo, a
dor, a melancolia.
É bom saber
que não me
cortas as asas,
mas andas comigo,
ao meu lado.
Tão sonhador quanto
eu, com esses
meus medos absurdos
e nos pequenos
detalhes tão nossos.
Puseste meu coração
não numa caixa
escura e fechada,
privado de ar
e do mundo,
sem as sensações.
Mas numa almofadinha
onde mesmo nas
horas mais escuras
ele encontre conforto,
um gesto carinhoso.
se tu pudesses,
tiraria de mim
o medo, a
dor, a melancolia.
É bom saber
que não me
cortas as asas,
mas andas comigo,
ao meu lado.
Tão sonhador quanto
eu, com esses
meus medos absurdos
e nos pequenos
detalhes tão nossos.
Puseste meu coração
não numa caixa
escura e fechada,
privado de ar
e do mundo,
sem as sensações.
Mas numa almofadinha
onde mesmo nas
horas mais escuras
ele encontre conforto,
um gesto carinhoso.
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
domingo, 16 de agosto de 2015
sábado, 15 de agosto de 2015
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Espelhos da alma II
Olhos me atraem
talvez porque através
deles podemos chegar
fundo na alma...
Os olhos de
um homem escondem
seus maiores segredos
e outros mistérios...
Neles posso ver
se há fogo;
sede de vida,
paixão por ela...
Se nos escuros
há aquele brilho
em sua infinidade,
se há calor...
Se nos verdes
estão as joias
mais bem lapidadas
pelas duras circunstâncias...
Se nos azuis
os mares bravos
e céus serenos
podem ser guardados...
talvez porque através
deles podemos chegar
fundo na alma...
Os olhos de
um homem escondem
seus maiores segredos
e outros mistérios...
Neles posso ver
se há fogo;
sede de vida,
paixão por ela...
Se nos escuros
há aquele brilho
em sua infinidade,
se há calor...
Se nos verdes
estão as joias
mais bem lapidadas
pelas duras circunstâncias...
Se nos azuis
os mares bravos
e céus serenos
podem ser guardados...
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
terça-feira, 11 de agosto de 2015
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
domingo, 9 de agosto de 2015
sábado, 8 de agosto de 2015
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Em rascunho
Tento lidar
com os sentimentos
enquanto passo
a limpo
as palavras
e parte
da minha vida.
Relendo velhos
poemas e
sentindo o
peso do
tempo.
com os sentimentos
enquanto passo
a limpo
as palavras
e parte
da minha vida.
Relendo velhos
poemas e
sentindo o
peso do
tempo.
domingo, 2 de agosto de 2015
sábado, 1 de agosto de 2015
sexta-feira, 31 de julho de 2015
Meu e teu
Nunca deixarei
que nada
nem ninguém
me impeça
de estar
aqui contigo.
O calor,
o carinho
que eu
não conhecia,
tão bom,
tão nosso.
Minhas lágrimas
misturadas aos
nossos sorrisos,
palavras, silêncios
olhares, gestos.
Como vinho
que aquece
adoça, relaxa
meu corpo
cansado, minha
mente congestionada.
Sopro de
ar fresco
numa vida
que passa
todo dia
tão igual.
Em meio
ao medo,
às dúvidas,
lá estamos
nós dois,
uma certeza.
Um lugar
ao qual
eu pertenço
e onde
espero sempre
poder voltar.
que nada
nem ninguém
me impeça
de estar
aqui contigo.
O calor,
o carinho
que eu
não conhecia,
tão bom,
tão nosso.
Minhas lágrimas
misturadas aos
nossos sorrisos,
palavras, silêncios
olhares, gestos.
Como vinho
que aquece
adoça, relaxa
meu corpo
cansado, minha
mente congestionada.
Sopro de
ar fresco
numa vida
que passa
todo dia
tão igual.
Em meio
ao medo,
às dúvidas,
lá estamos
nós dois,
uma certeza.
Um lugar
ao qual
eu pertenço
e onde
espero sempre
poder voltar.
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Arranhando as grades
Vejo as
horas passarem
sem sentir
que vivo.
Olho para
meu coração
e percebo
a dor.
O quanto
ele está
pesado, duro
como pedra.
Cheio das
mágoas e
verdades cruéis
que reluto
em admitir.
O vazio
me tranca
dentro de
mim mesma,
desta casa.
Quando, em
verdade, meu
lar sempre
foi outro.
Teu abraço;
uma chama
de conforto
e carinho.
Chama essa
que aquece
o inverno
da alma.
As noites
andam escuras;
os dias,
sem sol.
Mas ainda
há algo
em mim
que vive.
A leoa
ainda não
perdeu as
suas garras.
horas passarem
sem sentir
que vivo.
Olho para
meu coração
e percebo
a dor.
O quanto
ele está
pesado, duro
como pedra.
Cheio das
mágoas e
verdades cruéis
que reluto
em admitir.
O vazio
me tranca
dentro de
mim mesma,
desta casa.
Quando, em
verdade, meu
lar sempre
foi outro.
Teu abraço;
uma chama
de conforto
e carinho.
Chama essa
que aquece
o inverno
da alma.
As noites
andam escuras;
os dias,
sem sol.
Mas ainda
há algo
em mim
que vive.
A leoa
ainda não
perdeu as
suas garras.
quarta-feira, 29 de julho de 2015
segunda-feira, 27 de julho de 2015
domingo, 26 de julho de 2015
sábado, 25 de julho de 2015
sexta-feira, 24 de julho de 2015
quinta-feira, 23 de julho de 2015
quarta-feira, 22 de julho de 2015
terça-feira, 21 de julho de 2015
segunda-feira, 20 de julho de 2015
domingo, 19 de julho de 2015
Quem me acha irresponsável não faz ideia do quanto sei que o que quer que eu faça, terá uma consequência, à qual estou perfeitamente aberta, nem do quanto muitas vezes eu mesma acho que tudo o que acontece de ruim é culpa minha, e que isso já é tormento suficiente. E também se esquece de que os outros também precisam fazer sua parte de vez em quando. Não vou correr atrás de ninguém, assim como ninguém deve fazê-lo comigo.
segunda-feira, 13 de julho de 2015
Quando a depressão nos conhece e toma conta de nós, mesmo que aos poucos, temos de estar sempre atentos. Porque se um dia achamos que tudo passou, que estamos livres, no outro ela pode voltar, nos agarrar pelo pescoço e arrancar nosso último suspiro.
Nossa última lágrima.
- trecho do meu diário, 07/07/2015
Nossa última lágrima.
- trecho do meu diário, 07/07/2015
domingo, 12 de julho de 2015
sábado, 11 de julho de 2015
Mais profundo
O mesmo
homem capaz
de apertar
um gatilho
sem piscar.
O mesmo
homem cuja
sina lhe
rouba paz;
vida maldita.
O mesmo
homem que
vive fugindo
do rastro
de vergonha.
O mesmo
homem que
ainda não
entendeu o
próprio destino.
Ele também
carrega consigo
amor, compaixão,
entrega, ternura
e alegria.
homem capaz
de apertar
um gatilho
sem piscar.
O mesmo
homem cuja
sina lhe
rouba paz;
vida maldita.
O mesmo
homem que
vive fugindo
do rastro
de vergonha.
O mesmo
homem que
ainda não
entendeu o
próprio destino.
Ele também
carrega consigo
amor, compaixão,
entrega, ternura
e alegria.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Feito de escuridão
De repente
o homem
tão destemido,
o soldado
tão viril
se vê
numa jaula.
Antes guerreiro
capaz de
grande violência,
agora está
derrotado, entregue
à sua
própria culpa.
Preso como
o animal
que lhe
disseram ser;
acuado, os
olhos vazios,
sem futuro.
Apenas certeza
do preço
a pagar:
voltar ao
inferno e
encarar a
dura verdade.
Pertencer à
escuridão para
a qual
um dia
fora feito.
Apodrecer e
desejar morrer.
O combatente
agora assustado,
sem forças,
sem fé,
sem vida
ou luz.
o homem
tão destemido,
o soldado
tão viril
se vê
numa jaula.
Antes guerreiro
capaz de
grande violência,
agora está
derrotado, entregue
à sua
própria culpa.
Preso como
o animal
que lhe
disseram ser;
acuado, os
olhos vazios,
sem futuro.
Apenas certeza
do preço
a pagar:
voltar ao
inferno e
encarar a
dura verdade.
Pertencer à
escuridão para
a qual
um dia
fora feito.
Apodrecer e
desejar morrer.
O combatente
agora assustado,
sem forças,
sem fé,
sem vida
ou luz.
quinta-feira, 9 de julho de 2015
Expiação
Há destinos
piores que
a morte,
disso eu
bem sei.
Como voltar
para onde
o passado
tem gosto
tão agridoce.
Olhar nos
olhos dele
outra vez
e ver
a mim.
O monstro
que sou,
as vidas
que tomei,
o sangue.
Não importa
o quanto
eu tente,
fugir não
é opção.
A culpa,
o medo,
a vergonha,
irão comigo
pelo oceano.
Mereço pagar
com vida
por ser
escravo da
branca lua.
Pescoço quebrado,
corpo pendurado,
sem ar,
é piedade.
Isso, não.
Me torturem,
me matem,
mas não
me levem
até ele.
piores que
a morte,
disso eu
bem sei.
Como voltar
para onde
o passado
tem gosto
tão agridoce.
Olhar nos
olhos dele
outra vez
e ver
a mim.
O monstro
que sou,
as vidas
que tomei,
o sangue.
Não importa
o quanto
eu tente,
fugir não
é opção.
A culpa,
o medo,
a vergonha,
irão comigo
pelo oceano.
Mereço pagar
com vida
por ser
escravo da
branca lua.
Pescoço quebrado,
corpo pendurado,
sem ar,
é piedade.
Isso, não.
Me torturem,
me matem,
mas não
me levem
até ele.
quarta-feira, 8 de julho de 2015
terça-feira, 7 de julho de 2015
IX
Olá, meu querido.
É bom te escrever outra vez. Às vezes esqueço-me do poder que as palavras têm de dar corpo e sentido às coisas mais etéreas, como os sentimentos. Como a saudade.
Por mais que na maior parte das vezes estejamos longe um do outro, acho muito bonito e interessante que tenhamos conseguido formar e manter um contato mais profundo, apesar dessa distância, mesmo ela não sendo muito grande.
Eu sei o quanto te preocupas comigo e o quanto queres que eu fique bem. Sei o quanto pensas em mim e anseias para que nos vejamos de novo. Sinto exatamente o mesmo. E até acho que consigo senti-lo perto de mim quando a solidão aperta.
Um dia me falaste da melancolia que carregas. Talvez tenham sido a solidão e a melancolia que tenham nos aproximado primordialmente; porque independentemente das diferenças que possuímos e sobre as quais com o tempo entenderemos melhor, creio que somos duas almas alquebradas pelo tempo e pela vida, mesmo ainda tão jovens.
Almas que compartilham o mesmo labirinto, as mesmas paixões, o mesmo olhar que percebe o que ninguém mais vê, que buscam ao mesmo tempo o frescor do novo e o conforto do conhecido.
Sinto isso desde que pegaste da minha mão e começamos a buscar aquela saída juntos Desde que olhaste para mim e viste algo que ninguém jamais viu, bem lá dentro de mim.
Quero poder merecer tudo isso e ser para ti o que és para mim. Poder devolver-te esse amor e essa paz.
Cada vez que bebo um gole de vinho, lembro-me de ti. Não só por ser doce e aquecer o corpo e o coração como quando nos abraçamos, mas porque recordo daquela vez em que estiveste aqui, nesta casa.
Depois de beber quase todo o cálice, me ofereceste o último gole. Acho que de certa forma ele simboliza aquilo que somos um para o outro e aquilo que compartilhamos. As partes de nós que escolhemos desvelar.
Espero que possamos nos ver logo. Perdões pela longa missiva, mas sabes como me deixo levar. Obrigada pelo amor e transparência de sempre. É um prazer tê-lo em minha vida.
Da tua irmã, tua amiga.
É bom te escrever outra vez. Às vezes esqueço-me do poder que as palavras têm de dar corpo e sentido às coisas mais etéreas, como os sentimentos. Como a saudade.
Por mais que na maior parte das vezes estejamos longe um do outro, acho muito bonito e interessante que tenhamos conseguido formar e manter um contato mais profundo, apesar dessa distância, mesmo ela não sendo muito grande.
Eu sei o quanto te preocupas comigo e o quanto queres que eu fique bem. Sei o quanto pensas em mim e anseias para que nos vejamos de novo. Sinto exatamente o mesmo. E até acho que consigo senti-lo perto de mim quando a solidão aperta.
Um dia me falaste da melancolia que carregas. Talvez tenham sido a solidão e a melancolia que tenham nos aproximado primordialmente; porque independentemente das diferenças que possuímos e sobre as quais com o tempo entenderemos melhor, creio que somos duas almas alquebradas pelo tempo e pela vida, mesmo ainda tão jovens.
Almas que compartilham o mesmo labirinto, as mesmas paixões, o mesmo olhar que percebe o que ninguém mais vê, que buscam ao mesmo tempo o frescor do novo e o conforto do conhecido.
Sinto isso desde que pegaste da minha mão e começamos a buscar aquela saída juntos Desde que olhaste para mim e viste algo que ninguém jamais viu, bem lá dentro de mim.
Quero poder merecer tudo isso e ser para ti o que és para mim. Poder devolver-te esse amor e essa paz.
Cada vez que bebo um gole de vinho, lembro-me de ti. Não só por ser doce e aquecer o corpo e o coração como quando nos abraçamos, mas porque recordo daquela vez em que estiveste aqui, nesta casa.
Depois de beber quase todo o cálice, me ofereceste o último gole. Acho que de certa forma ele simboliza aquilo que somos um para o outro e aquilo que compartilhamos. As partes de nós que escolhemos desvelar.
Espero que possamos nos ver logo. Perdões pela longa missiva, mas sabes como me deixo levar. Obrigada pelo amor e transparência de sempre. É um prazer tê-lo em minha vida.
Da tua irmã, tua amiga.
segunda-feira, 6 de julho de 2015
domingo, 5 de julho de 2015
quinta-feira, 2 de julho de 2015
quarta-feira, 1 de julho de 2015
terça-feira, 30 de junho de 2015
segunda-feira, 22 de junho de 2015
domingo, 21 de junho de 2015
sábado, 20 de junho de 2015
sexta-feira, 19 de junho de 2015
Plano de Deus
Ternura que nunca
pensei sequer em
merecer nesta vida,
da mão gentil
que me afaga.
Lobo de Deus,
dos Seus planos
para mútua salvação
pois me impede
de logo desistir.
O que parece
ser simples maldição
pode ser caminho
para o destino
e o perdão.
Teu passado pode
ter vergonha, medo
morte e escuridão,
mas bem conheço
o homem aqui.
Pois tu sempre
cuidas de mim,
tão doce, paciente,
caloroso e presente
a me resgatar.
Confie em mim,
pois há algo
muito maior preparado
esperando por nós.
Abra a porta...
Nós estamos aqui
por uma razão:
teste do céu
para que voltemos
para a luz.
pensei sequer em
merecer nesta vida,
da mão gentil
que me afaga.
Lobo de Deus,
dos Seus planos
para mútua salvação
pois me impede
de logo desistir.
O que parece
ser simples maldição
pode ser caminho
para o destino
e o perdão.
Teu passado pode
ter vergonha, medo
morte e escuridão,
mas bem conheço
o homem aqui.
Pois tu sempre
cuidas de mim,
tão doce, paciente,
caloroso e presente
a me resgatar.
Confie em mim,
pois há algo
muito maior preparado
esperando por nós.
Abra a porta...
Nós estamos aqui
por uma razão:
teste do céu
para que voltemos
para a luz.
quinta-feira, 18 de junho de 2015
Por uma razão
Pelo que já
me parecem séculos
e por razões
que não compreendo,
sou atacada, invadida
acordada, dormindo, rezando.
Há dias em
que penso que
devo me entregar
e pôr fim
ao velho tormento
que quase mata.
Mas aí recordo
que há pessoas
que mesmo também
perseguidas e cercadas
comigo se importam,
são meus parceiros.
E entre elas,
aí está você.
me parecem séculos
e por razões
que não compreendo,
sou atacada, invadida
acordada, dormindo, rezando.
Há dias em
que penso que
devo me entregar
e pôr fim
ao velho tormento
que quase mata.
Mas aí recordo
que há pessoas
que mesmo também
perseguidas e cercadas
comigo se importam,
são meus parceiros.
E entre elas,
aí está você.
quarta-feira, 17 de junho de 2015
Passional
Se eu sofri,
pelo menos sei
o que senti
e foi real,
pelo menos aqui.
Isso só prova
que estou viva
neste mesmo segundo
e que posso
ter tudo isso
duplicado um dia.
O amor que
eles não quiseram
por não merecerem
ou mesmo entenderem
alguém vai ter.
pelo menos sei
o que senti
e foi real,
pelo menos aqui.
Isso só prova
que estou viva
neste mesmo segundo
e que posso
ter tudo isso
duplicado um dia.
O amor que
eles não quiseram
por não merecerem
ou mesmo entenderem
alguém vai ter.
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Nem tudo depende de mim
Eu sei que cada erro tem uma consequência… Talvez mais importante do que aprender com eles seja dar-se a liberdade de cometê-lo, no alto da nossa falha humanidade. E que o maior ato de responsabilidade seja encarar qualquer consequência que vier.
É triste quando as pessoas mais próximas de nós, numa tentativa de ensinar-nos uma lição, acham que apontar apontar apenas as falhas nas atitudes cobradas impede que elas se repitam, como se não tivéssemos consciência do que fazemos.
E que veem nossas boas ações como uma espécie de obrigação que não merece elogio.
É tão cansativo fazer apenas o que as pessoas esperam de nós, como se fôssemos máquinas perfeitas e não tivéssemos opiniões próprias. Esse ciclo vicioso acaba fazendo com que nos torturemos e cobremos cada vez mais.
Eu só quero me livrar disso…
É triste quando as pessoas mais próximas de nós, numa tentativa de ensinar-nos uma lição, acham que apontar apontar apenas as falhas nas atitudes cobradas impede que elas se repitam, como se não tivéssemos consciência do que fazemos.
E que veem nossas boas ações como uma espécie de obrigação que não merece elogio.
É tão cansativo fazer apenas o que as pessoas esperam de nós, como se fôssemos máquinas perfeitas e não tivéssemos opiniões próprias. Esse ciclo vicioso acaba fazendo com que nos torturemos e cobremos cada vez mais.
Eu só quero me livrar disso…
segunda-feira, 8 de junho de 2015
sexta-feira, 1 de maio de 2015
Bicho humano
Animal surgido
do acaso
cuja consciência
é maldição.
No fim
é guiado
pelos mais
fortes instintos...
Abrigo, fome,
sede, sobrevivência,
reprodução e
até poesia.
Poeira no
tempo, tão
pequeno quanto
os outros.
Acha que
pode dominar
aquilo que
é supremo.
do acaso
cuja consciência
é maldição.
No fim
é guiado
pelos mais
fortes instintos...
Abrigo, fome,
sede, sobrevivência,
reprodução e
até poesia.
Poeira no
tempo, tão
pequeno quanto
os outros.
Acha que
pode dominar
aquilo que
é supremo.
quinta-feira, 30 de abril de 2015
As maiores verdades saem da boca dos bêbados ou dos loucos,
que podem nem ser tão loucos assim.
Porque os loucos são muito corajosos;
os ditos normais são os medrosos, pois temem olhar para os loucos
e depararem-se consigo mesmos.
A verdade que os normais ignoram,
os loucos enfrentam, à sua própria maneira.
Letícia B. Silva e Nairo P. Marques
quinta-feira, 16 de abril de 2015
domingo, 12 de abril de 2015
sábado, 11 de abril de 2015
Fardo
Eu só queria
ficar ao fundo,
quieta e invisível
sem fazer barulho
ou incomodar alguém.
Que as minhas
velhas tristezas não
causem grande alvoroço
e eu não
veja nos olhos
dos outros pena
ou algo parecido.
Que ninguém mude
suas vidas pelo
que eu não
consigo entender sozinha.
Eu só queria
me afogar nas
minhas tantas palavras
para tentar enxergar
o obscurecido pelo
excesso de luz.
ficar ao fundo,
quieta e invisível
sem fazer barulho
ou incomodar alguém.
Que as minhas
velhas tristezas não
causem grande alvoroço
e eu não
veja nos olhos
dos outros pena
ou algo parecido.
Que ninguém mude
suas vidas pelo
que eu não
consigo entender sozinha.
Eu só queria
me afogar nas
minhas tantas palavras
para tentar enxergar
o obscurecido pelo
excesso de luz.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
A mesa vira
A vida é tão bela quanto cruel, e tudo por nossa causa. Para cada pessoa que nasce, centenas de outras morrem à mercê das circunstâncias. Esquecidas por todas as outras, tão seguras e certas que estão de sua condição afortunada por estarem com o estômago cheio e aquecidos do frio. Mas em um segundo, tudo pode mudar.
E nos juntaremos a todos aqueles que fingimos que não vimos. Implorando a piedade que não tivemos para com eles e conosco mesmos. A humanidade.
E nos juntaremos a todos aqueles que fingimos que não vimos. Implorando a piedade que não tivemos para com eles e conosco mesmos. A humanidade.
domingo, 5 de abril de 2015
sexta-feira, 3 de abril de 2015
sexta-feira, 27 de março de 2015
Muito do pouco
A verdadeira felicidade
parece mesmo estar
em cada pequena
improbabilidade da vida.
Momentos que passam
quase sempre despercebidos
e logo vão
soprados pelo tempo...
Agora, só sei
que estou feliz
de estar aqui,
contigo...
parece mesmo estar
em cada pequena
improbabilidade da vida.
Momentos que passam
quase sempre despercebidos
e logo vão
soprados pelo tempo...
Agora, só sei
que estou feliz
de estar aqui,
contigo...
quinta-feira, 26 de março de 2015
Ponta de pena
Minhas palavras
me mostram
o que não posso
ver sozinha.
Trazem para
o mundo
o que
eu só
tinha aqui,
bem dentro.
Mas também
me costuram
a tudo
de sólido
e etéreo.
O visível
e invisível
juntos sob
o rio
da mesma
velha tinta.
me mostram
o que não posso
ver sozinha.
Trazem para
o mundo
o que
eu só
tinha aqui,
bem dentro.
Mas também
me costuram
a tudo
de sólido
e etéreo.
O visível
e invisível
juntos sob
o rio
da mesma
velha tinta.
quarta-feira, 25 de março de 2015
Dúvida cruel
Eu tenho
me pego
duvidando de
quase tudo.
Se posso
mesmo confiar
na pessoa
que vejo.
Se o
laço que
tenho com
ela vai
afinal durar.
Se o
que eu
mesma sinto
é verdadeiro
o bastante.
me pego
duvidando de
quase tudo.
Se posso
mesmo confiar
na pessoa
que vejo.
Se o
laço que
tenho com
ela vai
afinal durar.
Se o
que eu
mesma sinto
é verdadeiro
o bastante.
terça-feira, 24 de março de 2015
Mundo torto
Nada é perfeito.
existe a guerra,
as bravas tempestades,
a tristeza voraz
como a fome
ou a sede.
Nem a natureza
é mais imaculada
porque o homem
pôs a mão
e desfez o
que era equilíbrio.
Num rosto que
agora alegre sorri
se esconde a
sombra cruel da
dor que dói
e até mata.
Ali está o
que poucos podem
ver, porque o
que parece inteiro
por dentro está
partido em pedaços.
existe a guerra,
as bravas tempestades,
a tristeza voraz
como a fome
ou a sede.
Nem a natureza
é mais imaculada
porque o homem
pôs a mão
e desfez o
que era equilíbrio.
Num rosto que
agora alegre sorri
se esconde a
sombra cruel da
dor que dói
e até mata.
Ali está o
que poucos podem
ver, porque o
que parece inteiro
por dentro está
partido em pedaços.
segunda-feira, 23 de março de 2015
O que vai e o que fica
O mais intrigante
na morte talvez
seja sua naturalidade...
Uma vida que
simplesmente se acaba
para outra começar.
Talvez o mistério
esteja na dor
de quem fica
e nas memórias
que sempre permanecem
em cada um.
Há um momento
alguém estava aqui
e agora acabou
muitas vezes sem
nem dizer adeus,
sem ter por que...
Vive-se então de
restos e saudade
de gente que
um dia foi
muito importante e
agora é pó.
na morte talvez
seja sua naturalidade...
Uma vida que
simplesmente se acaba
para outra começar.
Talvez o mistério
esteja na dor
de quem fica
e nas memórias
que sempre permanecem
em cada um.
Há um momento
alguém estava aqui
e agora acabou
muitas vezes sem
nem dizer adeus,
sem ter por que...
Vive-se então de
restos e saudade
de gente que
um dia foi
muito importante e
agora é pó.
domingo, 22 de março de 2015
sexta-feira, 20 de março de 2015
E o sonho acabou
Há muito tempo
não te vejo
porque a vida
quis que tudo
acabasse tão repentinamente...
Não me dói
mas não significa
que não sinto
saudade de nós,
do que tínhamos...
As coisas mudaram;
hoje estão um
pouco mais tristes,
porém não esqueço
as belas memórias.
Memórias que parecem
tão, tão distantes
e ao mesmo
tempo seguem frescas
e guardadas aqui...
Esta manhã sonhei
que estavas comigo,
rindo, como sempre
até os olhos,
e tudo bem.
Que estavas feliz
por ver-me crescer
e tentar descobrir
o que afinal
é meu destino.
Agora não sei
se estou feliz
ou muito triste
por te ver;
sei ser saudade.
Não sei se
estou chorando porque
percebi a ausência
ou se porque
ainda estás presente...
Apenas sei que
o tempo não
muda a importância
nem o amor
que eu sentia.
No fim, eu
gostei muito mesmo
de poder vê-lo
mais uma vez,
mesmo em sonho.
19/03/2015
não te vejo
porque a vida
quis que tudo
acabasse tão repentinamente...
Não me dói
mas não significa
que não sinto
saudade de nós,
do que tínhamos...
As coisas mudaram;
hoje estão um
pouco mais tristes,
porém não esqueço
as belas memórias.
Memórias que parecem
tão, tão distantes
e ao mesmo
tempo seguem frescas
e guardadas aqui...
Esta manhã sonhei
que estavas comigo,
rindo, como sempre
até os olhos,
e tudo bem.
Que estavas feliz
por ver-me crescer
e tentar descobrir
o que afinal
é meu destino.
Agora não sei
se estou feliz
ou muito triste
por te ver;
sei ser saudade.
Não sei se
estou chorando porque
percebi a ausência
ou se porque
ainda estás presente...
Apenas sei que
o tempo não
muda a importância
nem o amor
que eu sentia.
No fim, eu
gostei muito mesmo
de poder vê-lo
mais uma vez,
mesmo em sonho.
19/03/2015
quinta-feira, 19 de março de 2015
05/03/2015
Talvez as coisas mais simples e belas sejam as etéreas, aquelas que não conseguimos tocar e muito menos explicar através da ciência. Como por exemplo, o poder que o silêncio tem de dizer muito e também tranquilizar, mesmo com o barulho incessante das ruas e das nossas mentes.
Essas coisas não podem ser vistas, apenas sentidas. Que apenas o coração pode entender, mesmo que não hajam palavras para descrever. Mas que, de alguma forma, todos tentamos expressar um pouco da beleza, apesar das mazelas do mundo.
Como a fé, o amor e a esperança. A morte e a vida. Através da ciência e da arte. É dando à humanidade a capacidade não de dominar o mundo, mas de fazer parte dele. Cada uma destas partes deve trabalhar para que, em conjunto, possa entender o que for possível e mudar o que for necessário.
Aceitar o que tiver de ser assim. O mundo e o universo são grandes demais. Somos tão pequenos e tanto nos foi presenteado. Há aspectos que só existem por conta da ciência e outros que já são nossos desde o começo dos tempos.
domingo, 15 de março de 2015
sábado, 14 de março de 2015
terça-feira, 10 de março de 2015
Sem ação
Olhos inquisidores
me observam.
Mãos impiedosas
me empurram,
me apertam.
Cada movimento
estritamente vigiado
íntimo pensamento
talvez adivinhado.
Palavras cruéis
são gritadas,
minhas vontades
constantemente amassadas
alma sufocada.
Abrigo, tormento?
Pressão despedaça
com tempo
causa desgraça.
15/02/2015
me observam.
Mãos impiedosas
me empurram,
me apertam.
Cada movimento
estritamente vigiado
íntimo pensamento
talvez adivinhado.
Palavras cruéis
são gritadas,
minhas vontades
constantemente amassadas
alma sufocada.
Abrigo, tormento?
Pressão despedaça
com tempo
causa desgraça.
15/02/2015
segunda-feira, 9 de março de 2015
In comfort
I look at you
and all I want
is to be with you,
even for a mere instant.
You give me the hope
that everything will come together
and at last, my soul
will be rid of the pain forever.
Your presence hands me the peace
that helps me to forget the rest
it all consumes me like a disease
but you help me remember my best.
For every second you’re not here,
be sure that you carry a piece of my heart
and despite all the doubt and fear
I know our bond will never fall apart.
You care for me as would do a brother;
open my eyes to things I didn’t even know
walk through my darkness like no other
while I try to defeat my biggest foe.
and all I want
is to be with you,
even for a mere instant.
You give me the hope
that everything will come together
and at last, my soul
will be rid of the pain forever.
Your presence hands me the peace
that helps me to forget the rest
it all consumes me like a disease
but you help me remember my best.
For every second you’re not here,
be sure that you carry a piece of my heart
and despite all the doubt and fear
I know our bond will never fall apart.
You care for me as would do a brother;
open my eyes to things I didn’t even know
walk through my darkness like no other
while I try to defeat my biggest foe.
domingo, 8 de março de 2015
Escuro bem-vindo
Esferas lindas
de escuridão
das quais
não tenho
nenhum medo...
Teus olhos.
Brilho perpétuo
e belo
que guia
meu caminho
ao teu
grande coração...
Buraco negro
cuja gravidade
me puxa
e para
onde, indefesa,
me rendo.
O fogo
da vida
que pulsa
e queima
de ti
para mim.
de escuridão
das quais
não tenho
nenhum medo...
Teus olhos.
Brilho perpétuo
e belo
que guia
meu caminho
ao teu
grande coração...
Buraco negro
cuja gravidade
me puxa
e para
onde, indefesa,
me rendo.
O fogo
da vida
que pulsa
e queima
de ti
para mim.
sábado, 7 de março de 2015
Sina
Não há arma mais fatal
que a ponta de uma caneta
ou lápis.
Não há rio mais bravo
que o rio de tinta que percorremos
ao atravessarmos as terras vastas
de papel.
Não há coração mais dúbio
e incerto
do que o de quem vive
das palavras.
que a ponta de uma caneta
ou lápis.
Não há rio mais bravo
que o rio de tinta que percorremos
ao atravessarmos as terras vastas
de papel.
Não há coração mais dúbio
e incerto
do que o de quem vive
das palavras.
sexta-feira, 6 de março de 2015
VIII
Olá, meu querido.
Não sei que razão eu tinha para pensar que podia ainda confundir o que sinto por ti com qualquer outra coisa que não o que real e lindamente é. Mas ter falado sobre isso contigo foi um grande alívio para mim. Desde que compreendi que ainda guardava essa sensação comigo, percebi que não podia te esconder mais.
Talvez agora seja mais fácil para mim ter ainda mais certeza sobre a dimensão da nossa amizade. E que não existe "aquele" tipo de julgamento entre nós, independentemente de qualquer coisa. O problema é meu mesmo; eu sempre misturo as emoções.
É um presente para mim termos nos conhecido e aproximado da maneira como aconteceu e acho que não mudaria nada, mesmo se pudesse voltar no tempo. Talvez, só para reviver tudo de novo.
A certeza de que só queres que eu fique bem me ajuda a entender meus sentimentos mais facilmente... Nada mais me importa.
Da tua amiga.
Não sei que razão eu tinha para pensar que podia ainda confundir o que sinto por ti com qualquer outra coisa que não o que real e lindamente é. Mas ter falado sobre isso contigo foi um grande alívio para mim. Desde que compreendi que ainda guardava essa sensação comigo, percebi que não podia te esconder mais.
Talvez agora seja mais fácil para mim ter ainda mais certeza sobre a dimensão da nossa amizade. E que não existe "aquele" tipo de julgamento entre nós, independentemente de qualquer coisa. O problema é meu mesmo; eu sempre misturo as emoções.
É um presente para mim termos nos conhecido e aproximado da maneira como aconteceu e acho que não mudaria nada, mesmo se pudesse voltar no tempo. Talvez, só para reviver tudo de novo.
A certeza de que só queres que eu fique bem me ajuda a entender meus sentimentos mais facilmente... Nada mais me importa.
Da tua amiga.
quinta-feira, 5 de março de 2015
Outra música
Às vezes
fico tanto
tempo em
silêncio, que
me esqueço
como falar.
Mas o
que minha
voz cala,
meu coração
grita alto
e ensurdece.
Um dia
ouvi dizer
que o
silêncio era
a música
da alma.
Só ela
sabe tudo
do destino
que me
foi dado
há tempos...
fico tanto
tempo em
silêncio, que
me esqueço
como falar.
Mas o
que minha
voz cala,
meu coração
grita alto
e ensurdece.
Um dia
ouvi dizer
que o
silêncio era
a música
da alma.
Só ela
sabe tudo
do destino
que me
foi dado
há tempos...
segunda-feira, 2 de março de 2015
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Eu te senti
Quem é
este homem
sem rosto
do qual
sou capaz
de sentir
o perfume?
Quem é
aquele que
povoa meus
loucos sonhos,
mas de
quem nunca
vi os
belos olhos?
De quem
serão estes
mornos abraços,
que ficam
em mim
até depois
que acordo?
Qual será
o nome
do dono
dos beijos
tão nítidos,
que tão
calorosamente me
fizeram sorrir?
25/02/2015
este homem
sem rosto
do qual
sou capaz
de sentir
o perfume?
Quem é
aquele que
povoa meus
loucos sonhos,
mas de
quem nunca
vi os
belos olhos?
De quem
serão estes
mornos abraços,
que ficam
em mim
até depois
que acordo?
Qual será
o nome
do dono
dos beijos
tão nítidos,
que tão
calorosamente me
fizeram sorrir?
25/02/2015
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Tudo o que quero
Um chão sólido
sobre o qual pisar,
mão bem firme
sempre a acompanhar,
céu tão, tão azul
que a nada pode se comparar.
Música, um bom livro,
alguma solidão
ou em companhia
cuidar do meu coração
e assim evitar a perdição.
17/02/2015
sobre o qual pisar,
mão bem firme
sempre a acompanhar,
céu tão, tão azul
que a nada pode se comparar.
Música, um bom livro,
alguma solidão
ou em companhia
cuidar do meu coração
e assim evitar a perdição.
17/02/2015
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
VII
Oi, querido.
Tenho me forçado a escrever todos os dias, porque tem sido bem difícil lidar com os meus pensamentos. Talvez a tinta me faça enxergar o que não consigo ver, assim como tu consegues com maestria abrir os meus olhos como mais ninguém.
Nem tudo é tristeza. Só o fato de eu ter voltado a escrever já é uma vitória em muitos aspectos. A poesia outra vez tem sido minha companheira junto com a solidão, o que muito me consola. Assim como pensar em ti e imaginar o que estás fazendo agora. Sei que fazes o mesmo comigo; de alguma forma mágica estamos bastante conectados.
Fico contente por ti e pelas viagens que fizeste. Com certeza elas te abriram os horizontes e te fizeram ver muitas coisas de forma distinta. Mal posso esperar pelo dia em que o mesmo acontecerá comigo, porque preciso muito disso. E dividir tal experiência contigo seria melhor ainda.
Venho tentando me ajudar de todas as formas que encontro, porque quero ser a leoa rainha e guerreira que tanto dizes que sou. Por ti e principalmente por mim. Te juro que não vou desistir. O que seria de mim sem teu amor?
Da tua amiga.
Tenho me forçado a escrever todos os dias, porque tem sido bem difícil lidar com os meus pensamentos. Talvez a tinta me faça enxergar o que não consigo ver, assim como tu consegues com maestria abrir os meus olhos como mais ninguém.
Nem tudo é tristeza. Só o fato de eu ter voltado a escrever já é uma vitória em muitos aspectos. A poesia outra vez tem sido minha companheira junto com a solidão, o que muito me consola. Assim como pensar em ti e imaginar o que estás fazendo agora. Sei que fazes o mesmo comigo; de alguma forma mágica estamos bastante conectados.
Fico contente por ti e pelas viagens que fizeste. Com certeza elas te abriram os horizontes e te fizeram ver muitas coisas de forma distinta. Mal posso esperar pelo dia em que o mesmo acontecerá comigo, porque preciso muito disso. E dividir tal experiência contigo seria melhor ainda.
Venho tentando me ajudar de todas as formas que encontro, porque quero ser a leoa rainha e guerreira que tanto dizes que sou. Por ti e principalmente por mim. Te juro que não vou desistir. O que seria de mim sem teu amor?
Da tua amiga.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Canção da minha vida
Cada vez mais
aquela velha canção
parece ter muito
a ver comigo.
Toda a confusão,
toda a luta,
todo o medo,
toda a dissociação...
O grito
a guitarra
o confronto
a morte.
Aquela estranha canção
talvez desde sempre
é tão minha.
aquela velha canção
parece ter muito
a ver comigo.
Toda a confusão,
toda a luta,
todo o medo,
toda a dissociação...
O grito
a guitarra
o confronto
a morte.
Aquela estranha canção
talvez desde sempre
é tão minha.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
Abertura
Eu quero conhecer
quem diabos é você...
Ou até quem acha que é
e eu te direi que você
e muito mais.
Me abra sua alma,
me deixe entrar
no seu espírito,
pensamentos, medos,
futuro, sonhos, passado
e esperança.
Dispa-se
e eu te receberei.
quem diabos é você...
Ou até quem acha que é
e eu te direi que você
e muito mais.
Me abra sua alma,
me deixe entrar
no seu espírito,
pensamentos, medos,
futuro, sonhos, passado
e esperança.
Dispa-se
e eu te receberei.
domingo, 15 de fevereiro de 2015
Ausência
Olá, pessoal.
Por causa da nova rotina lotada (e porque quero tentar passar menos tempo no computador), não postarei todos os dias aqui no blog, mas sempre que houver algum escrito novo, divulgarei para vocês. Como sempre, agradeço sua companhia e troca!
Um abraço.
Por causa da nova rotina lotada (e porque quero tentar passar menos tempo no computador), não postarei todos os dias aqui no blog, mas sempre que houver algum escrito novo, divulgarei para vocês. Como sempre, agradeço sua companhia e troca!
Um abraço.
domingo, 1 de fevereiro de 2015
sábado, 31 de janeiro de 2015
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
domingo, 25 de janeiro de 2015
Medo de viver?
Minha avó costuma dizer que a vida é um fingimento; que todas as pessoas do mundo fingem ser algo que não são de verdade, que temos que nos acostumar com isso e ponto final. Que só podemos contar com nossos pais e só eles merecem nossa autenticidade.
Mas será que isso é mesmo verdade?
Se o mundo é uma farsa como ela diz, então quem somos nós? Marionetes sem o mínimo de personalidade? Que por medo ou precaução idiota contra as maldades que existem nas coisas, não se conectam a nada nem ninguém, não se entregam, não se mostram? Isto está longe de ser uma pessoa de verdade, mesmo que por conta das circunstâncias, na maior parte das vezes só algumas de nossas facetas apareçam para cada pessoa... Até porque com cada uma temos relações diferentes.
Se o mundo fosse mesmo assim, como é que minha avó foi casada por tantos anos com o mesmo homem, teve filhos e vive tranquilamente, na medida do possível? Muitas vezes nem com nossos pais podemos contar... Acho que ela se esqueceu da sensação maravilhosa que é cativar alguém. Perceber que não se está sozinho e viver um dia de cada vez, aproveitando o laço que se tem com essa pessoa.
Dando nosso melhor e até o pior. Se os pais amam os filhos independentemente de qualquer coisa, é claro que isso pode acontecer com outras pessoas, quando encontramos sentimentos verdadeiros.
Acho que mesmo quando nos desiludimos com alguém, não podemos deixar de nos arriscar e oferecer o que o mundo nos deu. Nunca sabemos quando é que vai dar certo, mesmo com os medos...
- entrada do meu diário na data de hoje.
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08/12/2024
O excesso de medo não nos faz mais sábios. Ele nos afasta daquilo que é para ser nosso e que, no fundo, sabemos que queremos
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Não precisa se explicar, só não cala essa carícia no ar, queimadura doce de bala... Deixemos para depois os erros e acertos dos heróis...
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