E naquele velho caderno, que há tanto tempo ficou esquecido numa garagem, dentro de uma caixa, há tanto de mim, do meu novo eu. Suas páginas se tornaram a mesa onde deito o alimento da minha nova velha alma.
Nas páginas arrancadas, palavras que não eram minhas, escritas por mão alheia. Mas também várias outras vindas de mim.
Nas que ficaram, anotações de tempos de uma faculdade que não cheguei a terminar. Às vezes na minha melhor letra cursiva, outras na fôrma de quem pouco está se importante. Cartas inacabadas ou não, que nunca chegarão ao destinatário. Versos novos, metrados como jamais foram antes.
Confissões que nunca me imaginei fazendo. Textos inteiros dos quais desisti. Listas de músicas que combinam com realidades que não são minhas. Aquele velho caderno foi e por enquanto ainda é o meu refúgio quando a minha mente resolve gritar.
Sei que preciso aprender a calar mais, a ouvir mais. Então, que a tinta derrame tudo o que a minha voz não disser, assim como meus olhos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Feitoria
Tu me pintaste de ouro com asas de anjo, aura de santa sem um pingo de desaforo me viste em grandeza tanta! Tu me chamaste dourada, luz de...
-
As pessoas Veem umas às outras Como querem, E o que sobra é a verdade Sem termos muito o que fazer. A aparência aos olhos desses...
-
Não precisa se explicar, só não cala essa carícia no ar, queimadura doce de bala... Deixemos para depois os erros e acertos dos heróis...
-
Eu tenho medo de te magoar, de te afastar, de ser cruel contigo, como sou com os outros…
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo feedback!