Tu te lavas
das brancas manchas
da tua fome
como se fosse coisa que fácil some.
Como se essa mesma água
fosse capaz de apagar
cada confissão crua
que se asseia
multiplicada em grão de areia
que vive longe do mar.
Que escorre, se desfaz
refeita de coisa sussurrada, serena
na paz
que serve de selo,
ainda que pequena,
por cada linha, curva, sangue e pelo.
22/04/2021
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo feedback!