Talvez eu não queira me apaixonar
porque por mais que seja lindo
ver beleza e saber que se pode amar,
não quero esquecer onde estou indo.
Pois me conheço e cada paixão
abre a alma, mas tira o juizo
do bater de tão ingênuo coração
que há pouco soube do que preciso.
Talvez eu só queira que esse alguém,
se vier, que seja para me somar
e não preencher partes que diluem
e em si mesmas deviam achar lar.
E o que puder ser junto vivido
não apague o meu desejo de liberdade
alimentado de cada sonho lívido
que eu sempre soube ser verdade.
Que tal fogo, em todo o seu ardor
não tire de mim tudo que sou
e cada pedacinho deste amor
por mim que a paciência plantou.
21/10/2017
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Fibromialgia II
Dói O quanto eu quero amar. Como dói o quanto eu quero viver! Muito me dói todo o amor que não dei... e me corrói cada palavra que não disse...
-
Não precisa se explicar, só não cala essa carícia no ar, queimadura doce de bala... Deixemos para depois os erros e acertos dos heróis...
-
Uma coisa que com o tempo percebi ser muito peculiar é a de que, no contexto em que vivo, existe muito contato físico. Como ainda preciso de...
-
O que é rima? Não é apenas palavras de parecidos sons Talvez da inspiração seja prima Ou como um quadro de diferentes tons... Como...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo feedback!