Lilie deixou François e quis um pintor.
Não o pintor em si, mas o que ele ofereceu a ela.
Doeu em Lilie deixar François, mas doeu mais nele sentir nas cartas que ela vivia bem sem ele. Para um poeta, tudo é complicadamente simples.
E com o tempo, se estar com ela o fazia achar que não precisava mais escrever tanto, ficar sem ela o fez pensar que não precisava mais viver.
Num pesadelo ele a perdia, mas mesmo chorando ao abrir os olhos, ela ainda estava lá ao seu lado. Sempre estaria; era só um sonho ruim.
Quando o tal pesadelo se fez real e Lilie foi mesmo embora, ele chorou, fechou os olhos e a teve uma derradeira vez.
Tudo era bom e bonito, não doía, acontecia devagar…
François e Lilie.
- sequência acidental (ou não) de François e Lilie; inspirado em “Les Amants Reguilérs, de Phillipe Garrel.
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
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