Que tu achas, meu velho,
de eu pintar a unha do vermelho
mais escuro e obsceno que encontrar
não para seguir conselho
mas para a mão ficar mais corada
e bonita
para a hora não marcada
e a vontade maldita
em que eu te beijar...
Bem devagar,
sem pressa
essa bela peça
de bocal mandíbula
inferior
e ridícula,
meu amor.
E que unha e pêlo
se achem,
rocem
e cocem
com zelo
e carícia
de mordida
bem medida,
sem outra malícia...
09/09/2019
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
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