Se acaso perguntasses:
Se eu beijaria tua mão
de papa, de monarca
por um pouco do que ela abarca
na mais ínfima sensação -
Se o meu suspiro eu sussurraria
para dentro dos teus lábios
nos meus versos tão impávidos
de devoção, de calmaria -
Se eu me perderia no teu olhar
e quem sabe tocar as estrelas
bordadas nos vestidos das donzelas
sem medo de me entregar -
Se eu coraria no lisonjeio
meu no desejo do agrado
que já não se vê mais guardado,
meu para ti, sem receio -
Se eu me permitiria o ganho
de sorrisos perante verdades
tão possíveis nas nossas idades
e a ninguém deveria ser estranho -
Se eu me apaixonaria por ti
de uma vez por todas, dada a chance
de entrar mais neste teu transe
em que não escondo que caí -
A resposta seria sim, lua minha.
12/03/2018
segunda-feira, 26 de março de 2018
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