Já não temo mais nada
a não ser, talvez, a lei
que em minha alma forjei
escrita a fogo sobre pedra lavrada.
Porque nunca precisei de um deus
vindo do fim para punir
ou aprovar o meu agir,
chegada a hora do adeus.
Se o que me faz mais humana
em terra e céu é pecado,
deixo de ser um ser sagrado
em tudo o que ele emana?
Fosse eu mesmo adorada filha
cria do amor mais incondicional,
talvez a conduta normal
seria a morte da eterna bastilha.
Quisesse ele que eu amasse a todos
ao modo com que amo a mim,
não apontaria o dedo assim
quando levo a sério tais conceitos.
E me receberia de braços abertos
não importando o que passou
porque há diferença entre o bom
e o que é certo.
O meu céu e o inferno
estão aqui nesta terra
enquanto viver for uma guerra
entre a culpa e o perdão interno.
24/11/2017
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
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