quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Tudo o que vai, volta

Já não temo mais nada
a não ser, talvez, a lei
que em minha alma forjei
escrita a fogo sobre pedra lavrada.

Porque nunca precisei de um deus
vindo do fim para punir
ou aprovar o meu agir,
chegada a hora do adeus.

Se o que me faz mais humana
em terra e céu é pecado,
deixo de ser um ser sagrado
em tudo o que ele emana?

Fosse eu mesmo adorada filha
cria do amor mais incondicional,
talvez a conduta normal
seria a morte da eterna bastilha.

Quisesse ele que eu amasse a todos
ao modo com que amo a mim,
não apontaria o dedo assim
quando levo a sério tais conceitos.

E me receberia de braços abertos
não importando o que passou
porque há diferença entre o bom
e o que é certo.

O meu céu e o inferno
estão aqui nesta terra
enquanto viver for uma guerra
entre a culpa e o perdão interno.

24/11/2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo feedback!

Feitoria

Tu me pintaste de ouro com asas de anjo, aura de santa sem um pingo de desaforo me viste em grandeza tanta!   Tu me chamaste dourada, luz de...