Eles são como um vento de muitos rostos,
Rostos que se viram para todos os lados
E no fundo riem dos nossos esforços
E somos cada vez mais enganados.
Que sussurra sobre os nossos anseios
De uma terra de todos, de ordem e progresso.
Em serem aqueles que proverão os meios
Em que não há de haver retrocesso.
Isso tudo enquanto espalha
A fortuna que a todos pertence
Como se fosse folha que nascesse em qualquer lugar
À hora que bem entende.
Como se não fosse joia
Que custasse sangue e suor
Como moeda de troca pela glória
De uma vida justa e melhor.
Como se não causasse grande vergonha
Que as manchetes de qualquer jornal
Estejam manchadas de cada barganha
Comemorada às nossas custas num pseudo-bacanal.
25/05/2017
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
terça-feira, 1 de agosto de 2017
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