sábado, 16 de novembro de 2019

Livro de horas

Tu não tens que implorar
para que eu vá contigo
àquele lugar
tão antigo,
tão severo,
e quando nos falta certa fé.

Mas já que assim é,
te digo que naquele silêncio quero
fazer como tu fazes -
que suaves
como as penas das aves
falemos dos arcos altos das janelas
e como tantas coisas parecem pequenas
diante da beleza
e tal grandeza
do amor
enquanto de onde está
uma mãe nos observa
sem reserva
nem soberba.

E porque sei que num dia ensolarado
e de calor
seria lindo ver, sem pressa,
como a luz de fora que ganha mais cor por dentro
vinda do centro
tocaria a tua cabeça.

24/10/2019

2 comentários:

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