Estando eu na tua mão,
ainda que não dissesses não
ao meu quinhão
de ti,
apenas nós aqui
talvez como pintura
de testamento velho
- minha cabeça no teu joelho -
sem ter de fazer jura,
mesmo tão perto,
o coração tão aberto,
a nível do meu olhar,
não sei se me atreveria
a sequer te tocar
pois para a minha timidez estás além
e a um só tempo em plena honraria
de qualquer bem.
24/10/2019
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
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Eu o digo sem palavras
ResponderExcluirEla entende o meu silêncio
Eu revelo no escuro
Ela enxerga sem os olhos
Eu o grito amordaçado
Ela escuta a melodia
Eu tão longe, tão distante
Ela aqui, bem ao meu lado
GK
Na minha experiência, é provável que, com a cegueira dos olhos do corpo para certas coisas, sejam os olhos da alma que permitam todo o resto.
ExcluirLindo verso, a propósito.
- LBS
Thanx!
ResponderExcluirMy pleasure.
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