Tão melhor seria
se o tempo quase parasse
e eu olhasse
na tua face
e perguntasse
da tua vida, do teu dia
num para sempre sem medo
onde não há tão cedo
em que eu partiria...
Eu poderia nomear
o que importa
tanto quanto a mim,
que não está morta
e portanto não tem fim,
mas igual respirar...
Enquanto isso, o que é que eu faço
até que chegue
a vez em que te abraço
e o meu corpo não me negue
oferecer mais que só esse traço
tão torto
e, aqui eleita,
sendo feita
de perfeição imperfeita
tornar-me verdadeiro porto
para te dar ombro, ouvido e regaço...
21/07/2019
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
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