Eu não tinha esse peso,
assim como na lembrança
em que isso se enredou
e nas coladas nas paredes...
Tão mais leve, tão pequena
contra as costas
e sem precisar de respostas...
Talvez eu fosse mesmo criança
e não nos custasse querer um pouco mais,
menos ainda quando se sabe o caminho
e se lembra do carinho
que tanto faz se vem de amante ou amigo.
O fim nos dá a vista lá de fora,
a tudo o que nos pertence
quando chegada a hora
e ao olhar para ti, vi a mim
e o tamanho de dois num sonho
não era estranho,
era abrigo.
E um passarinho
veio da tua boca para minha mão -
um real ou imitação
tão maior quanto qualquer coisa ou qualquer um
é o imitar de algo ou alguém, nesse lugar.
Mas aves são imagem bem mais linda de se lembrar!
Era de mim que falavas, então?
Ser azul como na canção,
ido e vindo de coragem e mágica
cujo voo a ninguém faria mal
e não havia buraco, nem abismo,
nem pena
a não ser paz, idioma comum e cabeça diminuta
sobre ninho
de peito aceso...
Um afetuoso ganho.
13/03/2019
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
quinta-feira, 14 de março de 2019
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Anne de Green Gables - resenha
Anne de Green Gables é o primeiro volume de uma série de romances de formação escritos pela autora canadense L.M. Montgomery durante o sécul...
-
Olá, meu anjo. Que saudade… Um dia, quero perceber que o silêncio é o bastante para nós. Talvez já seja, não sei. Mas quanto isso, a gente...
-
Uma coisa que com o tempo percebi ser muito peculiar é a de que, no contexto em que vivo, existe muito contato físico. Como ainda preciso de...
-
Não precisa se explicar, só não cala essa carícia no ar, queimadura doce de bala... Deixemos para depois os erros e acertos dos heróis...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo feedback!