Nenhum céu
pode me engolir.
Nenhum solo
pode me puxar.
Não quando este véu
está pronto para cair
e deixar de ser símbolo
aqui, visto do teu olhar.
Não quando este vento
jamais cantarola
para me dar o mesmo alento
que o perdido tem da bússola,
com este jeito e sentimento -
tua carícia na viola
e na nuca benzem qualquer aposento.
Não quando a alta grama
não nos fere com suas garras,
mas tampouco resiste ao verão que chama
o canto das cigarras
e a tantos se faz cama
quando tu, destino, vens e agarras.
Não quando o prateado escuro
depois da sombra dourada
não consegue ser tão puro
quanto lábio mordido e pálpebra fechada...
Não quando tudo o que procuro
é tua mão e mais nada -
esta que sabe de tudo
de onde pousa, delicada.
24/03/2019
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Feitoria
Tu me pintaste de ouro com asas de anjo, aura de santa sem um pingo de desaforo me viste em grandeza tanta! Tu me chamaste dourada, luz de...
-
As pessoas Veem umas às outras Como querem, E o que sobra é a verdade Sem termos muito o que fazer. A aparência aos olhos desses...
-
Não precisa se explicar, só não cala essa carícia no ar, queimadura doce de bala... Deixemos para depois os erros e acertos dos heróis...
-
Eu tenho medo de te magoar, de te afastar, de ser cruel contigo, como sou com os outros…
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo feedback!