sábado, 14 de outubro de 2017

Soneto menstrual

A razão do teu nojo
foi tua primeira casa,
a cinza que te fez brasa
de mais sagrado despojo.

E se pensa mesmo assim,
então tu és filho da sujeira,
da impureza e da barreira
que cegou a razão de Caim.

O que da deusa em mim é prova
da tua vida em inútil asco -
tu és bem mais filho das mães!

Faz-me rir deste fiasco
que insiste e se renova
na farinha dos velhos pães.

07/08/2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo feedback!

Anne de Green Gables - resenha

Anne de Green Gables é o primeiro volume de uma série de romances de formação escritos pela autora canadense L.M. Montgomery durante o sécul...