Quando as pessoas me perguntam como estou, não sei o que responder. Acho que nunca soube, ainda mais agora. Às vezes, como desde sempre, tenho vontade de dar a resposta mais fácil, assim encerro o assunto e o baile segue, porque ‘estou bem’. Outras vezes tenho vontade de contar a verdade, de dizer como realmente me sinto.
Mas aí percebo que tudo isso levaria tempo demais.
Que mesmo que a pessoa se importe comigo e tente me ajudar, no fundo não vai dar em nada. Nenhum de nós vai saber o que fazer. Além do mais, os outros também têm seus problemas, com certeza não lhes agradaria fuçar na minha lama podre e acabar se sujando junto.
O que quer dizer que no fim, eu só posso contar com uns poucos, que se arriscam a ler as entrelinhas e não acreditar em tudo o que digo. E para as outras pessoas o que me resta é a resposta mais fácil.
Letícia Bolzon Silva
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