Diante do olho
e dentro do verso
eu sou o pão sobre a mesa,
o passarinho,
tão bonitinho,
que dentro de casa
como se faz com ouro
guarda sua presa.
Sou a flor
comum e formosa
que ele vê
pelo lado da estrada
que se abre
sem mim
e ele sorri porque sabe
ser venenosa,
causa de pele queimada...
E de ferida
que não parece tão ruim
se vem do torpor
pelo sol
que sou
naquela vida.
Assim como a noite
de que ele me chama
com seu frio tão forte
que corta
mas que não importa
pois ele jura
que ama
a paz
e o mais
dessa dupla
faceta escura.
Sou ser complexo
cuja verdade não se esconde,
que ele sente permanecer
em cada canto,
não importa onde
e é lindo, eu confesso,
o amor saber com quem está lidando.
27/10/2020
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo feedback!