domingo, 12 de julho de 2020

Jornada do equilíbrio V

É sempre bom ouvir o que o outro tem a propor, mesmo num caminho similar. O que me foi proposto refletir sobre nesses dias são coisas que eu venho trabalhando e é bom olhar para isso de novo com sugestão de outra pessoa, porque é um processo constante. Me fez perceber no que eu já evoluí também e o que eu ainda preciso fazer.
Acho que o meu maior problema com os meus defeitos agora é contorná-los e me perdoar pelo que eu ainda de certa forma faço só pra agradar os outros. Venho absorvendo que isso são micro (e às vezes macro) agressões contra nós mesmes e talvez justamente isso facilite a sensação de que a gente não sabe o que quer. Lidar com o mundo não apesar deles, mas com eles – a gente é assim e pronto, mas não pode esquecer do dano que causa. É fácil perceber que não se é perfeito, mas se acomodar nisso; por isso eu gosto de situações como a que eu vivi hoje porque elas me mostram isso, mas não de um jeito agressivo. Para mim é mais fácil contornar quando é assim.
Todas as relações pedem um nível de vulnerabilidade, não adianta. Se se quer ajudar o outro na dor dele tem-se que dizer olha, tá aqui a minha feridinha também. Comigo não falta isso... Mais em como lidar com o que vem do outro; o impacto que eu causo no outro. Eu tinha medo de falhar. Depois tive medo de mim, me assustei comigo. E agora tenho medo mais que tudo de falhar com os outros de uma maneira que não consiga arrumar, nas minhas relações com o outro. Sei bem o que é tentar fazer por si num processo de ganhar uma voz verdadeira e o quanto isso é importante. Mas isso se consegue se entendendo a mão para quem está ao lado, certo?

04/07/2020

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