Já que não faço promessa aberta
que não sei se posso cumprir,
toma a mim e cada lágrima
ainda que gorda
pelo tanto que as move,
tão mínima,
mas, eu espero, ainda assim nobre,
e talvez também um verso
como minha melhor oferta.
E se um dia eu tiver o gosto
e te vir,
junto com tudo o que me atrevo e peço
hei de olhar-te no rosto
através de véu e borda
e talvez beijar-te
as prováveis obras de arte
que são as mãos que me impões
como orvalho aos botões
e a lua sobre terra e água
pois assim se faz com força que se importa
e ao te receber
sem temer
torno-me mais tua.
A ser livre
como o senhor
e todo pássaro que vive
em tranquilo amor,
por favor,
fica e ensina...
Sabes que no fundo sou velha alma
que às vezes se ouve sábia e calma
mas no fim é só uma menina...
14/03/2020
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Anne de Green Gables - resenha
Anne de Green Gables é o primeiro volume de uma série de romances de formação escritos pela autora canadense L.M. Montgomery durante o sécul...
-
Olá, meu anjo. Que saudade… Um dia, quero perceber que o silêncio é o bastante para nós. Talvez já seja, não sei. Mas quanto isso, a gente...
-
Uma coisa que com o tempo percebi ser muito peculiar é a de que, no contexto em que vivo, existe muito contato físico. Como ainda preciso de...
-
Não precisa se explicar, só não cala essa carícia no ar, queimadura doce de bala... Deixemos para depois os erros e acertos dos heróis...
Simplesmente lindo!
ResponderExcluirGK
Muito obrigada!
Excluir