A lua nova
me põe à prova
e de repente sou uma velha
num corpo jovem
que já viu de tudo,
de tudo sabe -
já conhece o carnudo,
toda porta se abre,
o vento tremula a centelha
e as mentiras simplesmente somem.
É quando os cansaços
me dizem para olhar para dentro
entregando minha vida
no morrer encolhida
nos teus braços,
aprendendo teus passos.
Não por carente egoísmo,
eu juro,
mas que por um segundo
eu não me importe com o futuro
e o que haja de mais fecundo
seja o teu colo e o escutar
o que tem a falar
este coração,
a tua nobre respiração
a um só tempo.
3 de outubro de 2019
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
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Não precisa se explicar, só não cala essa carícia no ar, queimadura doce de bala... Deixemos para depois os erros e acertos dos heróis...
A saudade que mais angustia é a do que o futuro seria.
ResponderExcluirGK
Sempre é bom ter um presente que nos lembre do Presente.
Excluir- LBS