Se tua voz fosse gosto
que fica e pinta a língua
até quando se morre à míngua
com o coração todo exposto...
Seria pungente, seria amargo
que rasga a garganta, mas aquece
como resposta a uma prece -
instrumento, jamais um fardo.
Erva bendita da comunhão
cedo da manhã ou à tardinha
ao alcance da mão,
para alguns apenas daninha.
Pode até tirar o sono
enquanto dá cor ao sonho
mais único e risonho
das tardes de outono.
Simplesmente fica na memória
tanto faz o paladar
de quem dela provar,
um luxo de vanglória.
21/01/2018
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018
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