quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Balada surreal

Mata-me, eu te imploro!
Mas volta e ressuscita
o que ainda resta deste ouro
ardente que nos excita...

Mata-me de amor, de espanto,
de loucura e de tesão
no zumbir do teu canto
sem sentido, mas cheio de intenção...

Não pare jamais de ser
a dona destas loucas cenas
de fazer a alma arder
sem a menor das penas...

Tira de mim os velhos por quês
que sei jamais terem respostas
a dá-me lugar, voz e vez
à beleza das horas mais mortas...

Dá-me o teu homem que se faz lobo
e a mentira do azul daquele olhar
que ainda consome em memória de fogo
e sabemos que ainda há de ficar.

26/12/2017

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