Da próxima vez que eu conhecer alguém, vou tentar ser mais misteriosa, não sair contando montes de coisas logo de cara. Mas principalmente, se por acaso houver sinais de que teremos um contato mais prolongado, vou fazer a seguinte pergunta…
Tu estás brincando com fogo ao interagir comigo; tens certeza de que quer mesmo correr esse risco?
Digo isso porque embora no momento eu esteja basicamente em brasa por causa de todas as questões mal resolvidas, me considero uma labareda, me considero fogo. Isso por ter uma personalidade forte e difícil, bem como um arrebatador desejo de viver.
Sou intensa. Sou feita de vontades, de doação, de lealdade. Sou feita de paixão e tudo de mais profundo, seja bom ou ruim. Provavelmente quem conviver comigo reclamará de excessos, mas jamais de falta de algo. Tenho muito a oferecer; só espero encontrar gente que esteja disposta a receber do jeito que viver.
Algumas pessoas serão só memórias, outras permanecerão. Mais do que qualquer coisa, eu preciso me aceitar, me amar e não me entregar à dor.
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
domingo, 29 de novembro de 2015
Pedido
Olhe-me
como quem
aceita o
meu coração;
meu amor.
Abraça-me
como se
no mundo
ou agora
não houvesse
mais ninguém.
Se quiser
fazer elogio,
seja sucinto
e sincero
e diga
como se
só eu
pudesse ouvi-lo.
Leia-me,
decifra-me
devora-me
a alma,
os sentidos.
Ensina-me
a andar
teu caminho
de pedras
contigo.
como quem
aceita o
meu coração;
meu amor.
Abraça-me
como se
no mundo
ou agora
não houvesse
mais ninguém.
Se quiser
fazer elogio,
seja sucinto
e sincero
e diga
como se
só eu
pudesse ouvi-lo.
Leia-me,
decifra-me
devora-me
a alma,
os sentidos.
Ensina-me
a andar
teu caminho
de pedras
contigo.
sábado, 28 de novembro de 2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Emoção
Emoção menina
tão minha
que flutua
em bem
poucas certezas.
Sem querer
soando condescendente
tentando entender
os outros
e eu.
Corpo jovem,
alma velha.
coração judiado,
com medo
de crescer.
Emoção frágil,
mar revolto
que conduz-me
aonde minhas
pernas falham.
Emoção intensa,
estranha, incontida
que transborda
de mim
até aqui.
Que acaba
encontrando morada
na palavra,
na poesia,
bela quietude.
Que tenta
viver, aprender,
mudar, aceitar
e permanecer.
Emoção que
tenta se
preencher, assim,
no tempo
que passa.
tão minha
que flutua
em bem
poucas certezas.
Sem querer
soando condescendente
tentando entender
os outros
e eu.
Corpo jovem,
alma velha.
coração judiado,
com medo
de crescer.
Emoção frágil,
mar revolto
que conduz-me
aonde minhas
pernas falham.
Emoção intensa,
estranha, incontida
que transborda
de mim
até aqui.
Que acaba
encontrando morada
na palavra,
na poesia,
bela quietude.
Que tenta
viver, aprender,
mudar, aceitar
e permanecer.
Emoção que
tenta se
preencher, assim,
no tempo
que passa.
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
O medo que mais dói
Por que
sinto que
posso ter
medo do
teu amor?
Por que?
Se olhar
nos olhos
é forma
de intimidade
e aceitação
entre pessoas...
Por que
tua alma
segue distante
pois não
ouso tocá-la
embora queira
talvez alcançá-la?
Medo de
aceitar o
amor que
está em
teus olhos,
teus gestos...
Mesmo sendo
meu, sendo
nosso, sendo
real, próximo
e sólido...
Será medo?
Será timidez?
Só quero
me abrir
e aproveitar
a beleza.
A beleza
dos teus
olhos castanhos,
do afeto
que traduzem.
Usufruir plenamente
do amor
que me
é dado
e que
também sinto.
Tão inesperado,
tão bonito,
tão bom.
Como posso
ter medo
de algo
que me
alegra e
me preenche?
Isso me entristece.
sinto que
posso ter
medo do
teu amor?
Por que?
Se olhar
nos olhos
é forma
de intimidade
e aceitação
entre pessoas...
Por que
tua alma
segue distante
pois não
ouso tocá-la
embora queira
talvez alcançá-la?
Medo de
aceitar o
amor que
está em
teus olhos,
teus gestos...
Mesmo sendo
meu, sendo
nosso, sendo
real, próximo
e sólido...
Será medo?
Será timidez?
Só quero
me abrir
e aproveitar
a beleza.
A beleza
dos teus
olhos castanhos,
do afeto
que traduzem.
Usufruir plenamente
do amor
que me
é dado
e que
também sinto.
Tão inesperado,
tão bonito,
tão bom.
Como posso
ter medo
de algo
que me
alegra e
me preenche?
Isso me entristece.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
domingo, 22 de novembro de 2015
Minha hora favorita do dia é o pôr do sol. A luz é boa para pintar paisagens com o sol deitando… Eu gostava dessa hora para fazer os deveres do colégio e gosto de escrever assim também, porque a luz é natural e fica na medida. Será que só quem é artista como nós nota isso? Será que temos uma sensibilidade a mais? Talvez a gente tenha um modo peculiar de ver as coisas e de expressar essa visão… A graça da vida pode estar nos detalhes que só nós enxergamos e os outros não. E nossa função pode ser ensinar os outros a ver essas pequenas coisas.
Letícia B. Silva e Darso A. Blanco
sábado, 21 de novembro de 2015
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Inábil
Tudo bem não
conseguir escrever versos,
não pintar quadros
ou tocar violão...
Os traços e notas
tampouco me pertencem,
embora as palavras
surjam à vontade...
Se quiser escrever,
que cada rabisco
seja pedaço teu
e meu também.
Se não puder...
Dê-me as palavras
de maior carinho
e eu trarei
as nossas estrofes.
Se quiser pintar,
usa a cor
que teu coração
achar que deve.
Se não puder...
Misturemos nossos tons
nos traços tortos
de vida imperfeita,
mas vivida juntos.
Se quiser tocar,
deixa tua alma
escapar no dedilhar
das cordas gentis.
Se não puder...
Ponha os acordes
dos teus segredos
junto dos meus
e fazemos música.
De qualquer jeito...
Que tudo venha
só de ti,
que seja sincero,
chuva de verão.
E no fim,
apenas me ame
com tudo o
que tens e
o resto vem.
conseguir escrever versos,
não pintar quadros
ou tocar violão...
Os traços e notas
tampouco me pertencem,
embora as palavras
surjam à vontade...
Se quiser escrever,
que cada rabisco
seja pedaço teu
e meu também.
Se não puder...
Dê-me as palavras
de maior carinho
e eu trarei
as nossas estrofes.
Se quiser pintar,
usa a cor
que teu coração
achar que deve.
Se não puder...
Misturemos nossos tons
nos traços tortos
de vida imperfeita,
mas vivida juntos.
Se quiser tocar,
deixa tua alma
escapar no dedilhar
das cordas gentis.
Se não puder...
Ponha os acordes
dos teus segredos
junto dos meus
e fazemos música.
De qualquer jeito...
Que tudo venha
só de ti,
que seja sincero,
chuva de verão.
E no fim,
apenas me ame
com tudo o
que tens e
o resto vem.
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Uma coisa que eu aprendi pintando é que a natureza é perfeita. Tudo é cores. Andando no banco da frente do carro, eu via o verde, o cinza, as nuvens e as pedras… E tem ser humano que não dá a mínima. Até um dia nublado é bonito se tu olhas e vês. As cores se casam com o céu e tudo vira paisagem.
— Letícia B. Silva e Darso A. Blanco
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
domingo, 15 de novembro de 2015
Do que sou feito
O tempo
trouxe dúvidas
mas também
me mostrou
quem sou.
Assim, me
fez voltar
para o
mais simples,
a família,
o campo.
Agora sou
mais feliz
por poder
ver cor
e graça
no bucólico...
Sentir o
tempo passar
bem devagar
e descobrir
que tenho
alma antiga.
O silêncio,
o cantar
dos pássaros,
a beira
do fogo...
velho triste.
Sol poente,
vida diária,
um chimarrão,
o pulsar
do coração.
Em cada
folha que
cai, uma
parte de
mim que
aqui permanece.
trouxe dúvidas
mas também
me mostrou
quem sou.
Assim, me
fez voltar
para o
mais simples,
a família,
o campo.
Agora sou
mais feliz
por poder
ver cor
e graça
no bucólico...
Sentir o
tempo passar
bem devagar
e descobrir
que tenho
alma antiga.
O silêncio,
o cantar
dos pássaros,
a beira
do fogo...
velho triste.
Sol poente,
vida diária,
um chimarrão,
o pulsar
do coração.
Em cada
folha que
cai, uma
parte de
mim que
aqui permanece.
sábado, 14 de novembro de 2015
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Dor no pé
Meus pequenos pés
andam tão cansados,
como se tivessem
percorrido longas distâncias...
Pés que nunca
puderam andar sozinhos,
que nem sei
se ainda podem
aqui me sustentar...
Que parecem feridos
pelas pedras cruéis
de caminhos que
ainda sonham percorrer...
Será?
Às vezes doloridos
por algum passo
dado em falso,
dor da alma...
Castigados pelo frio
de cada inverno
que parece penetrar
em meu coração
e meus ossos...
Pés que preferem
abster-se de sapatos
para poderem sentir
que ainda estão vivos...
Será?
Talvez.
andam tão cansados,
como se tivessem
percorrido longas distâncias...
Pés que nunca
puderam andar sozinhos,
que nem sei
se ainda podem
aqui me sustentar...
Que parecem feridos
pelas pedras cruéis
de caminhos que
ainda sonham percorrer...
Será?
Às vezes doloridos
por algum passo
dado em falso,
dor da alma...
Castigados pelo frio
de cada inverno
que parece penetrar
em meu coração
e meus ossos...
Pés que preferem
abster-se de sapatos
para poderem sentir
que ainda estão vivos...
Será?
Talvez.
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Não sou escritor
Escrevo
porque é meu destino.
Escrevo
para não morrer.
Escrevo
para me transcender.
Escrevo
por ser uma mentira
que fala a verdade:
a mesma verdade
que minha alma sussurra,
que está em meus
olhos escuros
que meus cabelos escondem.
Escrevo
porque meu coração
é selvagem
e meu sangue,
de tinta.
Escrevo
porque sinto
mais do que
consigo expressar.
porque é meu destino.
Escrevo
para não morrer.
Escrevo
para me transcender.
Escrevo
por ser uma mentira
que fala a verdade:
a mesma verdade
que minha alma sussurra,
que está em meus
olhos escuros
que meus cabelos escondem.
Escrevo
porque meu coração
é selvagem
e meu sangue,
de tinta.
Escrevo
porque sinto
mais do que
consigo expressar.
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08/12/2024
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