Tudo tem mais de uma faceta. O que fazemos com isso depende da nossa visão de mundo, das nossas experiências e das escolhas que fazemos. E, dependendo do que acontece conosco e à nossa volta, isso só fica mais evidente. Somos forçados a voltar a encarar o que talvez nunca tenhamos superado e que se torna maior diante de certas circunstâncias novas e do que elas nos impedem de fazer... E de ser.
Mas é justamente por isso que no fundo nada para. O mundo tem o seu próprio ritmo, assim como nós temos e é nossa obrigação respeitá-lo. Não importa o que acontece conosco ou com o mundo, tudo passa. A passagem dói menos quando a gente não esquece quem é e daquilo que nos é importante. Quando vivemos a dor e incerteza que nos prende no lugar sem deixar que ela nos engula porque encontramos maneiras de compartilhá-la e expressá-la, estreitando as relações positivas nas nossas vidas.
É por isso mesmo que não conseguimos evitar nos imaginarmos em melhores contextos, com outros resultados ou pelo menos os bons de antes. E não há nada de mal nisso. Assim como é válido celebrar o que ainda existe de bonito mesmo dentro do caos, porque ela ainda segue lá ainda que não se possa apreciá-la da mesma forma. Aquilo que temos e que somos que nada exterior conseguiu modificar.
Histórias seguem sendo contadas, e aqui não poderia ser diferente, porque é de nós que elas dependem para existir. O apenas SER é uma liberdade que vai se conquistando conforme nos conhecemos melhor. Que não perde o valor quando parece ter se tornado a única opção disponível... E por que não usar essa chance para tentar algo novo, para tomar de vez as rédeas de si mesmo, aceitar o imperfeito, olhar as coisas de outro ângulo e fazer o que é possível?
24/11/2020
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