me assusta,
me envelhece,
faz o que quer de mim...
Chronos nos exige,
te traz aqui
e de novo te leva de mim
com o meu sossego...
Mas na corrida de Chronos
ainda encontro Kairós;
o tempo da paz,
o tempo que não se pode contar,
o tempo que permanece...
Em um poema,
quando paro para sentir
teu amor a me aquecer
e a minha pulsação...
No que me faz sentir-me
velha num corpo jovem,
mas ainda com um coração
curioso de menina...
No par de horas
que parecem eternidade
em que estou ao alcance
dos teus olhos,
da tua mão...
No silêncio
das longas madrugadas
que me dão as palavras
que olham para mim de dentro para fora...
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