Meu lábio cortado
com espinhos afiados
na mordida do arrependimento
do dito e não dito.
Palavras pesadas, que só ferem,
são pronunciadas.
A luz cega meus olhos
a cada amanhecer; a noite
é meu guia…
Tenho tudo a temer
porque minha alma anda presa
num corpo morto e tenta sobreviver.
Sem brilho vejo tudo,
nada é o que parece ser
Verdade, liberdade, paz…
Mentira entalhada,
alienada
enquanto os demônios
estão soltos,
nesse mundo cão
Sem chão
Veneno com gosto de vinho
ao alcance da mão nos supermercados
derrete as vísceras dos desajustados.
Gosto doce, açucarado,
o mal disfarçado.
A vida é um fardo!
Fique surdo e mudo
para não ser julgado.
O caos não é belo,
é sujeira embaixo do tapete
causada por corrupções diárias
com sangue inocente derramado
a vermelhidão, o teu
que suja minhas mãos desde grito
que silenciou tudo
A culpa é minha.
Sonihely Castro e Letícia B. Silva
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
terça-feira, 17 de maio de 2016
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Fibromialgia II
Dói O quanto eu quero amar. Como dói o quanto eu quero viver! Muito me dói todo o amor que não dei... e me corrói cada palavra que não disse...
-
Não precisa se explicar, só não cala essa carícia no ar, queimadura doce de bala... Deixemos para depois os erros e acertos dos heróis...
-
Uma coisa que com o tempo percebi ser muito peculiar é a de que, no contexto em que vivo, existe muito contato físico. Como ainda preciso de...
-
O que é rima? Não é apenas palavras de parecidos sons Talvez da inspiração seja prima Ou como um quadro de diferentes tons... Como...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo feedback!