É estranha
a despedida,
mesmo quando
não é
um adeus.
Por isso
eu demoro
a partida,
pela tua
presença aqui...
Nem mesmo
meu corpo
quer deixar
a paz,
o conforto.
Tu te
foste embora
e levaste
teu calor,
tua mão.
Assim, o
frio voltou
a envolver
meu corpo,
meu coração...
E aqui
fiquei com
aquela falta,
querendo silêncio.
O silêncio
da intimidade
da nossa
parceira solidão;
de fora.
Que aos
poucos permite
que possamos
doar os
nossos ouvidos.
Mas é
um consolo
saber que
mesmo quando
há "barulho"
que parece
sem sentido,
tempo gasto,
ainda é
tempo amado.
Tempo passado
bem junto,
na saudade
sempre presente,
mas suportável;
o contato
comigo basta
para te
fazer feliz,
fazer sorrir.
Mesmo quando
não escavamos
as profundezas
de nossas
velhas almas...
Traz aqui
teu amor,
teu carinho,
porque eu
estou gelada.
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