Vivo o paradoxo de querer ter o mundo na mão e ao mesmo tempo morrer de medo de sair de onde estou, de perto de tudo o que conheço e sempre tive… Mesmo sabendo que todo mundo está indo embora e o lugar onde estou nada ter a me oferecer em termos de trabalho, vida social e oportunidades em geral. Este medo estranho e sem sentido faz com que eu acabe não abrindo a cabeça como deveria.
Acho que grande parte disso se origina do modo como fui criada, até mesmo minha preguiça. De muitas maneiras dependente dos pais e os tendo por perto o tempo todo, observando cada movimento meu. Onde eu vou, algum deles vai junto. Até para fazer coisas normais e que fazem com que eu me sinta normal, como por exemplo, passar algumas horas sozinha com outra pessoa, exigem grande esforço e negociação da minha parte.
Muitas vezes sou chamada de anti-social por eles por quase não sair de casa. Mas eles não enxergam a minha dificuldade, até porque todo mundo tem sua vida e coisas para fazer, então é complicado achar alguém disponível para conversar. Quando surge a oportunidade, eu a agarro com unhas e dentes.
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
sábado, 12 de março de 2016
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