Nunca deixarei
que nada
nem ninguém
me impeça
de estar
aqui contigo.
O calor,
o carinho
que eu
não conhecia,
tão bom,
tão nosso.
Minhas lágrimas
misturadas aos
nossos sorrisos,
palavras, silêncios
olhares, gestos.
Como vinho
que aquece
adoça, relaxa
meu corpo
cansado, minha
mente congestionada.
Sopro de
ar fresco
numa vida
que passa
todo dia
tão igual.
Em meio
ao medo,
às dúvidas,
lá estamos
nós dois,
uma certeza.
Um lugar
ao qual
eu pertenço
e onde
espero sempre
poder voltar.
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
sexta-feira, 31 de julho de 2015
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Arranhando as grades
Vejo as
horas passarem
sem sentir
que vivo.
Olho para
meu coração
e percebo
a dor.
O quanto
ele está
pesado, duro
como pedra.
Cheio das
mágoas e
verdades cruéis
que reluto
em admitir.
O vazio
me tranca
dentro de
mim mesma,
desta casa.
Quando, em
verdade, meu
lar sempre
foi outro.
Teu abraço;
uma chama
de conforto
e carinho.
Chama essa
que aquece
o inverno
da alma.
As noites
andam escuras;
os dias,
sem sol.
Mas ainda
há algo
em mim
que vive.
A leoa
ainda não
perdeu as
suas garras.
horas passarem
sem sentir
que vivo.
Olho para
meu coração
e percebo
a dor.
O quanto
ele está
pesado, duro
como pedra.
Cheio das
mágoas e
verdades cruéis
que reluto
em admitir.
O vazio
me tranca
dentro de
mim mesma,
desta casa.
Quando, em
verdade, meu
lar sempre
foi outro.
Teu abraço;
uma chama
de conforto
e carinho.
Chama essa
que aquece
o inverno
da alma.
As noites
andam escuras;
os dias,
sem sol.
Mas ainda
há algo
em mim
que vive.
A leoa
ainda não
perdeu as
suas garras.
quarta-feira, 29 de julho de 2015
segunda-feira, 27 de julho de 2015
domingo, 26 de julho de 2015
sábado, 25 de julho de 2015
sexta-feira, 24 de julho de 2015
quinta-feira, 23 de julho de 2015
quarta-feira, 22 de julho de 2015
terça-feira, 21 de julho de 2015
segunda-feira, 20 de julho de 2015
domingo, 19 de julho de 2015
Quem me acha irresponsável não faz ideia do quanto sei que o que quer que eu faça, terá uma consequência, à qual estou perfeitamente aberta, nem do quanto muitas vezes eu mesma acho que tudo o que acontece de ruim é culpa minha, e que isso já é tormento suficiente. E também se esquece de que os outros também precisam fazer sua parte de vez em quando. Não vou correr atrás de ninguém, assim como ninguém deve fazê-lo comigo.
segunda-feira, 13 de julho de 2015
Quando a depressão nos conhece e toma conta de nós, mesmo que aos poucos, temos de estar sempre atentos. Porque se um dia achamos que tudo passou, que estamos livres, no outro ela pode voltar, nos agarrar pelo pescoço e arrancar nosso último suspiro.
Nossa última lágrima.
- trecho do meu diário, 07/07/2015
Nossa última lágrima.
- trecho do meu diário, 07/07/2015
domingo, 12 de julho de 2015
sábado, 11 de julho de 2015
Mais profundo
O mesmo
homem capaz
de apertar
um gatilho
sem piscar.
O mesmo
homem cuja
sina lhe
rouba paz;
vida maldita.
O mesmo
homem que
vive fugindo
do rastro
de vergonha.
O mesmo
homem que
ainda não
entendeu o
próprio destino.
Ele também
carrega consigo
amor, compaixão,
entrega, ternura
e alegria.
homem capaz
de apertar
um gatilho
sem piscar.
O mesmo
homem cuja
sina lhe
rouba paz;
vida maldita.
O mesmo
homem que
vive fugindo
do rastro
de vergonha.
O mesmo
homem que
ainda não
entendeu o
próprio destino.
Ele também
carrega consigo
amor, compaixão,
entrega, ternura
e alegria.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Feito de escuridão
De repente
o homem
tão destemido,
o soldado
tão viril
se vê
numa jaula.
Antes guerreiro
capaz de
grande violência,
agora está
derrotado, entregue
à sua
própria culpa.
Preso como
o animal
que lhe
disseram ser;
acuado, os
olhos vazios,
sem futuro.
Apenas certeza
do preço
a pagar:
voltar ao
inferno e
encarar a
dura verdade.
Pertencer à
escuridão para
a qual
um dia
fora feito.
Apodrecer e
desejar morrer.
O combatente
agora assustado,
sem forças,
sem fé,
sem vida
ou luz.
o homem
tão destemido,
o soldado
tão viril
se vê
numa jaula.
Antes guerreiro
capaz de
grande violência,
agora está
derrotado, entregue
à sua
própria culpa.
Preso como
o animal
que lhe
disseram ser;
acuado, os
olhos vazios,
sem futuro.
Apenas certeza
do preço
a pagar:
voltar ao
inferno e
encarar a
dura verdade.
Pertencer à
escuridão para
a qual
um dia
fora feito.
Apodrecer e
desejar morrer.
O combatente
agora assustado,
sem forças,
sem fé,
sem vida
ou luz.
quinta-feira, 9 de julho de 2015
Expiação
Há destinos
piores que
a morte,
disso eu
bem sei.
Como voltar
para onde
o passado
tem gosto
tão agridoce.
Olhar nos
olhos dele
outra vez
e ver
a mim.
O monstro
que sou,
as vidas
que tomei,
o sangue.
Não importa
o quanto
eu tente,
fugir não
é opção.
A culpa,
o medo,
a vergonha,
irão comigo
pelo oceano.
Mereço pagar
com vida
por ser
escravo da
branca lua.
Pescoço quebrado,
corpo pendurado,
sem ar,
é piedade.
Isso, não.
Me torturem,
me matem,
mas não
me levem
até ele.
piores que
a morte,
disso eu
bem sei.
Como voltar
para onde
o passado
tem gosto
tão agridoce.
Olhar nos
olhos dele
outra vez
e ver
a mim.
O monstro
que sou,
as vidas
que tomei,
o sangue.
Não importa
o quanto
eu tente,
fugir não
é opção.
A culpa,
o medo,
a vergonha,
irão comigo
pelo oceano.
Mereço pagar
com vida
por ser
escravo da
branca lua.
Pescoço quebrado,
corpo pendurado,
sem ar,
é piedade.
Isso, não.
Me torturem,
me matem,
mas não
me levem
até ele.
quarta-feira, 8 de julho de 2015
terça-feira, 7 de julho de 2015
IX
Olá, meu querido.
É bom te escrever outra vez. Às vezes esqueço-me do poder que as palavras têm de dar corpo e sentido às coisas mais etéreas, como os sentimentos. Como a saudade.
Por mais que na maior parte das vezes estejamos longe um do outro, acho muito bonito e interessante que tenhamos conseguido formar e manter um contato mais profundo, apesar dessa distância, mesmo ela não sendo muito grande.
Eu sei o quanto te preocupas comigo e o quanto queres que eu fique bem. Sei o quanto pensas em mim e anseias para que nos vejamos de novo. Sinto exatamente o mesmo. E até acho que consigo senti-lo perto de mim quando a solidão aperta.
Um dia me falaste da melancolia que carregas. Talvez tenham sido a solidão e a melancolia que tenham nos aproximado primordialmente; porque independentemente das diferenças que possuímos e sobre as quais com o tempo entenderemos melhor, creio que somos duas almas alquebradas pelo tempo e pela vida, mesmo ainda tão jovens.
Almas que compartilham o mesmo labirinto, as mesmas paixões, o mesmo olhar que percebe o que ninguém mais vê, que buscam ao mesmo tempo o frescor do novo e o conforto do conhecido.
Sinto isso desde que pegaste da minha mão e começamos a buscar aquela saída juntos Desde que olhaste para mim e viste algo que ninguém jamais viu, bem lá dentro de mim.
Quero poder merecer tudo isso e ser para ti o que és para mim. Poder devolver-te esse amor e essa paz.
Cada vez que bebo um gole de vinho, lembro-me de ti. Não só por ser doce e aquecer o corpo e o coração como quando nos abraçamos, mas porque recordo daquela vez em que estiveste aqui, nesta casa.
Depois de beber quase todo o cálice, me ofereceste o último gole. Acho que de certa forma ele simboliza aquilo que somos um para o outro e aquilo que compartilhamos. As partes de nós que escolhemos desvelar.
Espero que possamos nos ver logo. Perdões pela longa missiva, mas sabes como me deixo levar. Obrigada pelo amor e transparência de sempre. É um prazer tê-lo em minha vida.
Da tua irmã, tua amiga.
É bom te escrever outra vez. Às vezes esqueço-me do poder que as palavras têm de dar corpo e sentido às coisas mais etéreas, como os sentimentos. Como a saudade.
Por mais que na maior parte das vezes estejamos longe um do outro, acho muito bonito e interessante que tenhamos conseguido formar e manter um contato mais profundo, apesar dessa distância, mesmo ela não sendo muito grande.
Eu sei o quanto te preocupas comigo e o quanto queres que eu fique bem. Sei o quanto pensas em mim e anseias para que nos vejamos de novo. Sinto exatamente o mesmo. E até acho que consigo senti-lo perto de mim quando a solidão aperta.
Um dia me falaste da melancolia que carregas. Talvez tenham sido a solidão e a melancolia que tenham nos aproximado primordialmente; porque independentemente das diferenças que possuímos e sobre as quais com o tempo entenderemos melhor, creio que somos duas almas alquebradas pelo tempo e pela vida, mesmo ainda tão jovens.
Almas que compartilham o mesmo labirinto, as mesmas paixões, o mesmo olhar que percebe o que ninguém mais vê, que buscam ao mesmo tempo o frescor do novo e o conforto do conhecido.
Sinto isso desde que pegaste da minha mão e começamos a buscar aquela saída juntos Desde que olhaste para mim e viste algo que ninguém jamais viu, bem lá dentro de mim.
Quero poder merecer tudo isso e ser para ti o que és para mim. Poder devolver-te esse amor e essa paz.
Cada vez que bebo um gole de vinho, lembro-me de ti. Não só por ser doce e aquecer o corpo e o coração como quando nos abraçamos, mas porque recordo daquela vez em que estiveste aqui, nesta casa.
Depois de beber quase todo o cálice, me ofereceste o último gole. Acho que de certa forma ele simboliza aquilo que somos um para o outro e aquilo que compartilhamos. As partes de nós que escolhemos desvelar.
Espero que possamos nos ver logo. Perdões pela longa missiva, mas sabes como me deixo levar. Obrigada pelo amor e transparência de sempre. É um prazer tê-lo em minha vida.
Da tua irmã, tua amiga.
segunda-feira, 6 de julho de 2015
domingo, 5 de julho de 2015
quinta-feira, 2 de julho de 2015
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08/12/2024
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