domingo, 2 de junho de 2019

Vernáculo

Certas palavras deixam de ser apenas palavras, dependendo de quem as diz. Deixam de ser meros sons que se ouve - ou mesmo perdem o seu superficial e original significado. Para virar música, adquirir outro peso ou um peso que antes não estava ali.

O "meu amor" hoje enche a minha boca mais do que nunca. Não só porque te amo, mas porque contigo ele sai fácil; porque não é algo que tenho que guardar para mim por falta de retorno e principalmente de consideração, como um eco jogado fora ou que simplesmente se perde no ar junto com tantas doçuras que hoje, à sua maneira, são nossas. Porque tu também me amas, simplesmente.

Ser "Pequena" diante de ti nunca me diminuiu; do contrário, desde sempre só me engrandece a ponto de caber em teus braços e coração não me deixar não querer algo maior tanto quanto as aves anseiam pelo céu. Um dos grandes sinais do teu amor.

A tua "linda" só é assim pela generosidade dos teus olhos e por quem ela é e deseja continuar a ser por estar contigo. A "menina" não me ofende na tua voz por não deixar de ser quem eu ainda sou de muitas maneiras. E porque, ao teu lado, não há problema em sê-lo... A "mulher" que trouxeste é tão grande, tão quente, sublime e suave pelo ar e contra as paredes, como nenhum homem até agora havia posto diante de mim. Em tudo o que ela é, pode ser e merece. Mesmo que eu quase nunca me sinta assim...

Toda a melodia que só pertence a nós dois e aos ouvidos um do outro, no meio dos sorrisos e caretas de afeição. Como nomes que nos demos em nossos corações e que transbordam pelos lábios com suavidade - no lugar das convenções ou andando de mãos dadas com elas como as maiores verdades, mesmo que depois possam ser repetidas por qualquer outra pessoa.

5 de abril de 2019

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo feedback!

Anne de Green Gables - resenha

Anne de Green Gables é o primeiro volume de uma série de romances de formação escritos pela autora canadense L.M. Montgomery durante o sécul...