Oi, meu amor.
Embora quase sempre apareças quando eu mais preciso de alguém, juro que não é só quando a carência bate que me fazes falta. Começo a sentir saudades de ti já do momento em que tens que ir embora.
Por tudo o que fazes por mim. Por tudo o que eu quis e quero fazer por ti, se eu for atenta e generosa o bastante e se o tempo permitir. Pelos dias em que essa saudade fica mais forte - tanto pelas minhas inseguranças quando pelo simples fato de eu me perguntar o que estás fazendo e se estás bem, neste caminho sinuoso e acidentado que sei ser parecido com o meu.
Talvez o bom da saudade seja a capacidade de manter aqueles que amamos sempre ao alcance nas portas da memória. De certa forma, a distância faz com que permaneças perto, apesar de tudo o que eu não sei... E só me faz valorizar tua presença e saber mais de quem és, foste e serás.
Espero pelo dia em que, mesmo com o coração partido pela melancolia na tua voz ao dizer que queria que eu ficasse mais um pouco, eu posso dizer que sim num sorriso. Porque o teu desejo só corrobora o meu - só resta fazer acontecer.
Nem que seja para dar um pouco de coragem e adiar a chegada da saudade. Não porque tenhas algo que falte em mim, mas pelo que acrescentas e do que me lembras.
Com carinho,
Da tua amiga.
14/02/2019
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
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