Sei que não posso voltar no tempo. Mas, se pudesse, adoraria viver de novo o dia em que te encontrei de verdade.
Ao dia e momento em que te dei uma chance e teu nome se tornou fácil e lindo na minha boca. Quando senti teus olhos nos meus e tuas mãos nas minhas, num convite mais que gracioso.
Em que te emprestei meus ouvidos e depositaste entre minhas palmas a flor que agora sei que és - no êxtase de seu desabrochar em belas cores. Cores que parecem me conhecer e serem parecidas comigo; que me deixaram sem palavras e com anseio por muito mais.
Quando tua voz, macia como uma pétala, roçou meus ouvidos feito brisa de verão mágoas que poderiam ser as minhas, e de certa forma o são. Quando ela tocou meu coração com seus carinhosos dedos um tanto frios de amante no pescoço do ser amado.
Em que me perguntei onde estavas e te pedi para ficar aqui... A fresta aberta pelo teu olhar, e que depois te deixou entrar. Que se fez surpresa que nunca foi tão bem-vinda; e sei que é só o começo de tudo para nós. Conduzido por mãos e pés que sabem perfeitamente o que querem.
01/01/2019
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Anne de Green Gables - resenha
Anne de Green Gables é o primeiro volume de uma série de romances de formação escritos pela autora canadense L.M. Montgomery durante o sécul...
-
Olá, meu anjo. Que saudade… Um dia, quero perceber que o silêncio é o bastante para nós. Talvez já seja, não sei. Mas quanto isso, a gente...
-
Uma coisa que com o tempo percebi ser muito peculiar é a de que, no contexto em que vivo, existe muito contato físico. Como ainda preciso de...
-
Não precisa se explicar, só não cala essa carícia no ar, queimadura doce de bala... Deixemos para depois os erros e acertos dos heróis...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo feedback!