Talvez eu seja mesmo uma lutadora de algum modo, como ele diz. Não só pela minha condição e tentativa de viver uma vida o mais normal possível, mas provavelmente porque eu ainda tenho esperança.
Esperanças de que as coisas mudem e eu não sinta a dor que sinto hoje.
No fundo, em muitos aspectos, não me sinto boa o bastante. Talvez justamente por eu guardar dentro de mim essas pequenas coisas ditas pelos meus pais que são simplesmente excruciantes. Algumas mais particularmente ofensivas.
Eu vivi a vida inteira fazendo e sendo o que os outros esperavam de mim e isso só me tornou uma pessoa insegura e medrosa para muitas das escolhas que hoje tenho a oportunidade e até mesmo a obrigação de fazer.
Eu não percebia que mesmo mais jovem do que hoje eu já deveria ter começado a me impor para lutar pela minha própria vida. E hoje é claro que ninguém vai tirar isso de mim. Mesmo com as dificuldades que eu ainda enfrento para fazê-lo. Não quero que os anos passem por mim sem que eu tenha sentido que vivi de verdade uma única vez que seja.
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
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