Todos somos quebrados. Todos nós.
Segundo a teoria do Corpo sem Órgãos, embora nosso corpo seja um conjunto de sistemas interligados, de certa forma vivemos e devemos viver para que ele não se torne algo instrumentalizado que tenha uma utilidade determinada pela cega sociedade.
Segundo este pequeno pedaço da filosofia, talvez a chave para nossa infelicidade e fraqueza de espírito esteja no fato de que o corpo é tratado como algo com função para além de si mesmo, uma função social.
Somos cobrados para agir assim, para nos encaixarmos em padrões que nós mesmos não vemos o quanto são nocivos e paralisantes. Acabamos vivendo como os outros desejam, e não de acordo com aquilo que consideramos o melhor para nós. Limitamos nossas capacidades de percepção das coisas, mesmo as mais simples e físicas.
E a própria sociedade não vê e apenas replica o discurso. É como se ninguém pensasse.
O corpo humano é essa “máquina” (im)perfeita que não deveria ser vista assim. Somos a maior maravilha da natureza e como é que vivemos? Querendo ser máquinas, porque vivemos em um mundo de indústrias e capital; se produz coisas em série e nosso corpo deve ser tratado assim: senta assim, assado, não faz isso, não faça aquilo.
O que prova que estamos longe da verdadeira evolução. Nos concentramos na evolução tecnológica e não a humana. Ela fica bem distante e é muito importante na educação. A capacidade de agir, de pensar, de mudar. O mundo é muito grande e nós ficamos aqui, parados, esperando as coisas acontecerem.
Mas nada acontece. Temos que ir atrás, mas o mundo não quer que o façamos.
Ana Virginia Panerai e Letícia Bolzon Silva
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
sábado, 29 de novembro de 2014
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