Que aos poucos surjam sorrisos no rosto
dos que hoje choram por dores
impossíveis de explicar.
Que a justiça seja feita
para que quem se foi
possa evoluir e descansar.
Que as feridas abertas que hoje sangram
por mais que de verdade nunca se curem
um dia parem de tanto latejar
e possam ao menos um pouquinho cicatrizar.
Que aos poucos a ausência sofrida
se torne lembrança de uma vida
que mesmo cedo ceifada
inutilmente sufocada
certamente foi bem vivida.
Que aos poucos os que ficaram
lembrem-se de que agora está tudo bem
cada um deles, à sua maneira, lhes olha
de um ponto bem mais além
e nunca lhes abandonarão.
Que aos poucos surja um mundo melhor
em que ainda existam boas lembranças
perduram os sonhos e verdadeiro amor
poesia e violões para tocar
com novas esperanças.
Que aos poucos, nas rodas de mate
em que nos contamos os causos
ainda sintamos a parte boa da saudade
sabendo quem somos de verdade
e que além de dividir a cuia
eles e nós ainda andamos os mesmos passos
embora de maneiras diferentes, sem deixarem de nos amar.
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
sexta-feira, 29 de março de 2013
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