Ainda fujo pra Porto Alegre
Dizendo adeus ao que me faz mal
Pra tentar me encontrar.
Cada carro na Usina do Gasômetro
Tem pessoas indo sabe-se lá pra onde
E tem um rumo mais certo que eu.
Pela avenida Farrapos
Procuro algo que me preencha
Onde eu tinha muito pra contar
O que era meu
Não foi justo eu ter perdido
Mas eu não posso viver
Se não conseguir esquecer.
Mas talvez o Guaíba me escute
Entenda que há amor aqui dentro
E não conseguiu morrer,
Só não queria ir embora
Da minha Capital.
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
sexta-feira, 24 de junho de 2011
quarta-feira, 22 de junho de 2011
PORTO ALEGRE I
E eu vago pelas ruas
Tentando esquecer
Um passado que me atormenta
E não tem fim.
Minha capital
Que eu não vejo há muito tempo
Sabe muito de mim
E a quem eu não queria
Precisar dizer adeus...
Vejo pessoas felizes na Redenção
Num tempo que não passa
E procuro o que sobrou do meu coração.
Tento me esconder do mundo
Enquanto na solidão eu afundo
Em Porto Alegre
Vou tentar me encontrar.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
CORAÇÃO DE TINTA
Eu só quero saber quem eu sou.
O papel na minha frente chora
Sem saber por que nele não há palavras
Mas nem eu mesma consigo entender
O motivo de tamanho vazio.
Quando o silêncio me sufoca
Não há quem possa ouvir meus devaneios
Sem sentido algum;
Interrogo meu coração
O desmancho em palavras
Pra sempre transformadas
Em nada mais que tinta
Que fica pra sempre
E mancha minha mão.
Pelo menos se ninguém me diz nada
Nem me ouve
Ou mesmo me julga
Pode me conhecer de verdade
De um outro jeito;
Palavras que só se perderão
Se também manchadas de tinta
Ou ardendo no fogo
E no desprezo.
sábado, 18 de junho de 2011
ÚLTIMA VEZ
Essa é a última vez.
Vou dormir
Num lugar em que o mar me encontre!
Quero a paz eterna
Pela luz do sol
Florescer outra vez,
Como a única exceção.
Miséria interna
Catarse na escrita de palavras mudas.
Vou dormir
Ninguém vai poder me acordar
Da caligrafia incerta
Quando o mar me levar.
Continuo ignorando minhas vontades
Contendo a água
Até que o mar me leve.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
CANÇÃO II
Meu anjo
Todos os dias te vejo
Na companhia
De um velho violão
Que sei ser tua fonte de alegria
Nas horas de solidão.
Vejo que através das notas
Expressas o que sentes
Da mesma maneira
Que eu e a poesia...
Há algum tempo
Escrevi alguns versos
Que talvez mereçam se tornar
Música em nossos ouvidos.
Te peço que abras teu coração
E faças uma melodia pra mim
Pra acompanhar essas palavras,
A minha melodia no teu violão
A tua poesia pela minha mão
Pra que seja a nossa canção.
Todos os dias te vejo
Na companhia
De um velho violão
Que sei ser tua fonte de alegria
Nas horas de solidão.
Vejo que através das notas
Expressas o que sentes
Da mesma maneira
Que eu e a poesia...
Há algum tempo
Escrevi alguns versos
Que talvez mereçam se tornar
Música em nossos ouvidos.
Te peço que abras teu coração
E faças uma melodia pra mim
Pra acompanhar essas palavras,
A minha melodia no teu violão
A tua poesia pela minha mão
Pra que seja a nossa canção.
terça-feira, 14 de junho de 2011
CANÇÃO I
Chega mais um inverno
E ainda estou sozinha
Te buscando nas estrelas
Na breve primavera
De outra vida.
Outra vez
Tecendo outro tempo
Que me acostumei a esperar,
E não sei se você vai voltar...
Sinto falta das rosas que recebia
Do destino que eu tinha
Na antiga canção
Que escreveste pra mim.
E ainda estou sozinha
Te buscando nas estrelas
Na breve primavera
De outra vida.
Outra vez
Tecendo outro tempo
Que me acostumei a esperar,
E não sei se você vai voltar...
Sinto falta das rosas que recebia
Do destino que eu tinha
Na antiga canção
Que escreveste pra mim.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
CONFUSA
A cada dia
Fico mais confusa
E meu coração
Também.
O tempo passa
E eu ainda não tenho
A resposta do que quero;
Preciso saber
O que sinto direito
Pra não magoar
Nós dois.
Me ajuda!
Fico mais confusa
E meu coração
Também.
O tempo passa
E eu ainda não tenho
A resposta do que quero;
Preciso saber
O que sinto direito
Pra não magoar
Nós dois.
Me ajuda!
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Sobre a coragem
O que é a coragem?
Para mim, alguém corajoso é alguém humilde, determinado, que luta por justiça todos os dias e não esconde que também tem medo, mas o anula pelo bem comum. Coragem é aquilo que te leva onde você quiser se você sabe usar seu coração, que é o verdadeiro significado da palavra.
Corajoso é aquele que corre perigo para ajudar quem quer bem, mesmo que para isso seja necessária uma completa mudança de vida também para salvar pessoas queridas. Coragem é não ter vergonha de assumir quem se é e ter algum objetivo porque se lutar.
Para mim, alguém corajoso é alguém humilde, determinado, que luta por justiça todos os dias e não esconde que também tem medo, mas o anula pelo bem comum. Coragem é aquilo que te leva onde você quiser se você sabe usar seu coração, que é o verdadeiro significado da palavra.
Corajoso é aquele que corre perigo para ajudar quem quer bem, mesmo que para isso seja necessária uma completa mudança de vida também para salvar pessoas queridas. Coragem é não ter vergonha de assumir quem se é e ter algum objetivo porque se lutar.
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